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24 de outubro de 2012 às 17:18 104 views

A adolescência tardia de Saucedo


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O dia 16 de outubro de 2012 ficará gravado para sempre na memória do boliviano Carlos Saucedo. E não é para menos: quantas vezes, em um futebol tão competitivo como o sul-americano, um jogador de 33 anos debutou com a seleção do seu país em um jogo de eliminatórias para a Copa do Mundo da FIFA, contra o poderoso Uruguai e foi logo marcando três gols?

"Eu sonhava em jogar pelo meu país, mas o que realmente queria era finalmente ter uma oportunidade", comenta Saucedo ao FIFA.com, ainda comovido pela histórica vitória de 4 a 1, que renovou as esperanças bolivianas rumo ao Brasil 2014. "Quando soube que seria titular contra o Uruguai disse para mim mesmo que precisaria fazer um gol. Como havia visto tantos atacantes chegarem com cartaz e não renderem, temia não dar conta quando tivesse a oportunidade, mas jamais imaginava marcar três gols."

É por essa espécie de adolescência tardia que a história do atacante destro de 1,80 metro de altura se diferencia da de outros jogadores. Saucedo teve a primeira chance na primeira divisão boliviana pelo Oriente Petrolero em 2006, aos 26 anos, e foi somente após os 30 que se tornou de fato artilheiro, graças aos 17 gols em 22 jogos do Torneio Clausura que marcou com o San José de Oruro em 2012.

O goleador já havia tido temporadas frutíferas com o Bolívar em 2007 (18 gols em 33 jogos) e com o Aurora em 2010 (15 em 41), mas ainda faltava essa oportunidade com a seleçãoO motivo? "Sempre tinha algum atacante no exterior que também estava bem, e terminavam escolhendo a ele", explica o boliviano, que também atuou no Deportivo Quito (Equador), Blooming, The Strongest e Independiente de Medellín (Colômbia).

Porém, 90 minutos contra o Uruguai mudaram a vida esportiva de Saucedo, que vê o próprio nome na tabela de artilheiros ao lado de astros como Lionel Messi, Luis Suárez e Radamel Falcao. "É uma sensação muito especial e algo que me motiva", diz. "Ainda estou longe deles, preciso fazer mais gols para entrar na briga, mas o importante é que não me iluda achando que vou ser o goleador das eliminatórias. Fui bem, mas não sei se vou estar no próximo jogo. Muito além de qualquer dúvida que possa ter causado ao técnico, o que vale é a equipe. O objetivo é estar no Brasil."

Para Saucedo, a Bolívia jamais deixou de ter opções. "No nosso país o torcedor mede tudo por resultados, mas nós não", avisa o jogador, que, a pedido dos colegas, festejou o terceiro gol como se estivesse montando um cavalo. "Assim como não nos sentimos fora após empatarmos com o Peru, também não nos vemos dentro agora depois de ganharmos do Uruguai. Hoje estamos a quatro pontos da zona de classificação e, apesar de ainda enfrentarmos rivais difíceis como Colômbia fora e Argentina em casa, as possibilidades existem. Enquanto isso, jamais deixaremos de crer."

O atacante se define como um "grande oportunista da área", o que demonstrou contra uma defesa tão conceituada como a uruguaia: marcou um gol de canhota, outro de direita e o último de cabeça.

Entre aspirações e méritos
Saucedo agora espera que Xabier Azkargorta volte a levar a Bolívia ao Mundial, como já fez nos EUA 1994 com aquela equipe que ele acompanhou pela televisão. "Tenho lembranças muito vívidas, tanto que ainda não posso acreditar que o mesmo Xabier tenha me convocado pela primeira vez para a seleção", afirma o admirador de Ronaldo e Martín Palermo.

O atacante diz que nunca se esquecerá de um gesto do técnico. "Quando terminou o jogo cheguei perto e agradeci", relembra. "Ele disse que eu não tinha nada a agradecer e que tinha merecido. As palavras dele realmente me tocaram."

As emoções parecem sobrepujar o atacante, cuja voz vacila ao confessar como viveu as horas posteriores à jornada de glória. "Quando cheguei ao hotel comecei a chorar, e o mesmo aconteceu em casa. Pelos meus sacrifícios e os da minha família, que está sempre comigo, precisava me desafogar. Estava tão feliz que quase não dormi."

Saucedo se recompõe para a despedida, mostrando novamente a convicção e a contundência que exibe na área rival. "Tudo foi muito difícil e, como disse o professor, o que consegui no futebol foi com trabalho. Tive méritos suficientes para estar na seleção e não decepcionei. Agora espero me manter e seguir ajudando a Bolívia a estar no próximo Mundial."




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