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13 de janeiro de 2024 às 10:39 10 views

Diário África 2023 parte 16

Todo grupo tem uns 3 guardas armados, porque estamos em território de animais selvagens, principalmente os elefantes são muito agressivos e é preciso garantir a segurança dos turistas. 
Após a descida que parecia uma eternidade, a gente é informado que estamos a dez metros dos gorilas e que devamos colocar uma frauda na cara. O lugar de econtro é o pior possível, um barranco íngreme, o grupo de gorilas separados uns dos outros e um monte de galhos e plantas no meio. E sabia de cara, que a gente se ferrou e que dessa vez seria muito difícil de conseguir fotos excelentes, mas wildlife é assim, as vezes ganha e as vezes perde. Hoje infelizmente foi o dia da derrota, mas independemente disso, a experiência é sempre fantástica. 
Eu juro que tentei mantei a fralda na cara, mas por estar suado e fazer esforço para manter o equilibrio, quando eu tento focar, o visor embassa. Não tem jeito, daqui a pouco a fralda está na boca apenas, caso contrário eu não conseguiria fazer uma única foto. Ainda bem que ninguém reclama.
Apesar da falta de sorte, eu sei o quanto estou privilegiado. Quantas pessoas não queriam poder observar esses magníficos animais de perto? Como meu foco principal geralmente são as fotos, é de certa forma compreensível que pinta um pouco de frustração.  

Os grupos de gorilas que são “usados” para visitação, foram acostumados aos poucos à presença humana. Esse processo leva quase 2 anos. Um encontro com grupos “selvagens” de gorilas poderia trazer sérios problemas, eles poderia atacar a gente. 

Somente se pode ficar no máximo uma hora na presença dos gorilas. Além de não poder acostumar demais à presença humana, certamente também por motivos de organização. Há grupos que voltam somente as 17 horas, porque os gorilas estão em movimento. Pelo menos nessa parte fomos privilegiados, somente tivemos que descer um barranco. Agora é preciso subir tudo de novo. A subida é íngreme e o suor escorre. Além disso tem milhões (sem exagero) de mosquinhas que te incomodam. Após uns 40 minutos estamos na estrada de novo. Meio dia e pouco estamos nos carros. Fomos rápidos, o James me diz que na média o tour leva umas 5 horas no total. 

Agora tem mais uma vez um longo caminho pela frente, o destino final são os Murchinson Falls. Como não da para chegar no mesmo dia, a gente vai ter que dormir na cidade de Fort Portal aonde chegamos em torno de 20 horas. A Lodge é pequena, o que permite que o restaurante parece mais um refeitório, algo meio familiar. O James vai jantar na cidade, ele quer uma comida mais local (e provavelmente mais econômico), aí eu como sozinho. Quando eu chego, tem um homem e uma mulher da Slovênia. A gente acaba começando um papo sobre viagens, a senhora tem uma agência de turismo e conhece bem o continente africano, porque sempre acompanha o grupo.  Mas esse assunto sempre acaba puxando as picadas. Eles concordam com praticamente todas as minhas opiniões que são baseado em informações concretas e fatos. Muitas pessoas no mundo todo acordaram para os abusos que foram cometidos, principalmente pelos governos e cia. Quando as consequências te atingem em cheio, acabou aquela história de negacionismo. Muitas pessoas já se deram conta que foram enganadas, embora entre esses muitos, ainda há um número grande que jamais vão admitir isso publicamente, seu orgulho não permite. 

Tem restaurante com as seguintes placas: “Não temos Wifi, façam novos amigos!” Essas conversas com outras pessoas que estão viajando, sempre costumam ser agradáveis e enriquecedores. Como eu não me canso de repetir; eu prefiro um bom papo do que um museu. Eu acho que aprendo muito mais com a experiência viva de outras pessoas do que vendo objetos mortos. 

No dia seguinte vamos até o Parque National de Murchinson Walls. No caminho a gente passa pelo Queen Elizabeth Parque e o James me mostra a estrada aonde uns 3 meses atrás um casal e seu guia foram mortos. O lugar é relativamente perto do Kongo, aonde tem muitos problemas, inclusive nunca consegui fazer turismo por lá até hoje por questões de muita insegurança. Um grupo se escondeu na mata, enquanto um cara de moto abordou o carro com os turistas que inclusive estavam em lua de mel. Isso gerou obviamente uma comoção muito grande no país e os militares na região foram acionados. A caçada humana durou cerca de 5 dias; eles foram pegos, por conta de um detalhe: como começaram a sentir fome, tiveram que acender uma fogo e a fumaça ajudou a localizá-los. Teve uma troca de tiros, aonde uns 5 bandidos foi morto e outros foram presos.  

continua

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