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7 de janeiro de 2024 às 09:39 11 views

Diário África 2023 parte 9

Em torno de 8:30 eu desço com a bagagem; o Honest, o Castro, o Ali (cozinheiro) e o Mr. Kiboko já estão lá nos últimos detalhes, grana para os parques e a gasolina, que dia, qual parque etc. 

Em torno de 9:30 a gente começa pegar estrada, após encher os dois tanques do cruiser. O trânsito está um pouco melhor do que nos outros dias, embora é sempre uma tortura ter que ir até Moshi ou Arusha (o aeroporto fica a cerca de 40 km de cada uma duas cidades). Embora sejam apenas 80 km, o caminho entre Moshi e Arusha leva na média pelo menos 2 horas. Era para ter duas vias ou quatro até, porque a velocidade em grande parte é de 50 km, mas quando tem um caminhão na frente, as vezes não alcança mais do 30 km e é praticamente impossível ultrapassar. 

Depois de contornar Arusha (pelo menos não precisa passar mais no meio), a gente tem mais umas 2 horas de estrada, que portanto está praticamente nova. Chegando num certo ponto, a gente larga o Ali para ele ir no camping de omnibus, enquanto a gente faz um gamedrive no parque National de Tarangire. Em torno de umas 14:30 a gente adentra no parque e logo de cara da com alguns elefantes. Como estou contente por estar de volta para fotografar e observar os animais. É sempre como se fosse a primeira vez. 
De brinde conseguimos ver uma leoa em cima de um morro de termitas, que está observando de longe umas zebras, mas esses percebem a sua presença e fazem uma volta. Os outros leões não conseguimos ver, eles estão deitados em algum lugar. 

Em torno de 18 horas saimos do parque rumo ao lugar aonde vou dormir “Mosquito River” e de fato o nome faz jus ao lugar. Como tem mosquitos naquele lugar! A parede do banheiro do camping tem dezenas na parede. 
Hoje é revéillon, há uma festa no camping e a gente está convidado para participar; bom melhor se juntar do que se estressar com o som alto…rs

Em torno de meia noite eu volto para a barraca. Eu não sei por onde a porra dos mosquitos entram, mas eu sei se já tem um zunido no meu ouvido. Pqp, se tem um animal que eu detesto, é definitivamente mosquito. Os piores são aqueles que parecem estar voando perto do seu ouvido só de sacanagem. Mas não perderão por esperar, deixa o dia amanhecer que eu me vingarei com um prazer quase que sexual…rs

No dia seguinte, as 6:30 estou acordado e resolvo tomar logo um banho antes do café da manhã. A gente vai sair cedo para conhecer o Lake Natron. O Patrick está meio bolado, porque no passado havia alguns assaltos a carros no trecho rio dos mosquitos – Lake Natron. Ele disse que a estrada estava muito mal preservada, o que facilitava a vida dos bandidos que vieram da Somalia, provavelmente ligado ao Al Shabab. 


A primeira hora e meia a estrada de terra está muito boa, parece que ela foi refeita há pouco tempo. Somente a segunda parte deixa a desejar. No meio do caminho tem umas ave struz e umas girafas. Em torno de umas 11 horas chegamos na guarita do parque. A gente é obrigado a levar um guia local da tribo dos Masai que habitam aquela área. O moleque é super gente boa e a gente bate um papo bem interessante sobre os mais diversos assuntos, enquanto a gente caminho até o lado salgado aonde tem os flamingos. Infelizmente a quantidade deles está um pouco decepcionante, eu confesso que esperava muito mais, porém boa parte já migrou. 

Surge o assunto das sopas estragadas e ele me pergunto porque as chamo de veneno. Eu lhe explico da maneira mais didática que encontrei: 
Imagina que você tenha um cachorro que ama muito. Aí o veterinário dele vira para você e diz que lhe precisa aplicar uma injeção para evitar que ele pegue raiva. Após alguns meses o veterinário te liga e diz precisa dar aplicar um reforço. Ok. Não tarda 6 meses e você recebe outra ligação para dar uma 3a dose. Você leva o seu cachorro de novo. Aí um belo dia, algum tempo depois seu cachorro está estranho. Você o leva no veterinário e ele diagnostica que teu cão está com raiva. SERÁ QUE NESSA HORA VOCÊ IRIA COMEÇAR A FAZER ALGUMAS PERGUNTAS? Eu conheço gente que já tomou 5 pratos de sopa e continua pegando a doença contra a qual em teoria deveria estar protegida. 

O garoto Masai me responde assim: “Ah sim, então a conclusão clara seria, que a substância que injetam, não funciona!”

Olha que maravilha, você vai no meio do nada, encontra uma pessoa simples sem maiores estudos, sua faculdade foi a natureza, mas ele entende de cara. Do outro lado tem “doutores”, “pós doutores” etc. que não enxergam um palmo na frente da sua mão e se bobear, vamos tomar mais 50 doses, achando que são prevenidos, responsáveis e anos luz na frente dos tais “negacionistas”. 

continua....

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