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1 de janeiro de 2024 às 23:27 11 views

Dário África 2023 parte 8

De madrugada eu vou mais 2 vezes ao banheiro, e depois da última vez eu começo a me sentir melhor. Por isso eu recuso determinadamente medicamentos nessa hora; a melhor coisa é deixar o corpo expulsar esses “demónios” que lhe atormentam. Como eu praticamente só dormi, desde que cheguei, em torno de uma 5:30 eu perco o sono e aproveito para escrever o diário. Mas pelo menos me sinto bem mais disposto e como bastante no café da manhã. Apesar disso, eu sei que as minhas chances de conseguir chegar ao topo do Mount Mero são perto de zero. Diarréia tira substância demais. Já me passou isso uma vez na Bolivia. Dificalmente você se recobra em 2-3 dias. Mas como está combinado e pago, não faz mal, eu vou curtir da mesma forma. |

O Mr. Kiboko me espera as 9 horas no hall do Hotel. O Castro está todo enrolado, porque está com um grupo de 11 austriácos que vão começar o Kili hoje. Algumas coisas como dinheiro, pagamentos, etc, dependem dele e por conta disso toda a minha agenda atrasa também. Eu tomo um café com Patrick e a gente vai batendo papo. O Nationalpark do Meru fica a quase duas horas daqui. Resumo da opéra, a gente chega muito atrasado no parque, mas segundo o Honest, isso foi intencional para a gente ser “subido” de carro até o primeiro acampamento, porque ele viu que meu estado estava precário. Assim pelo menos ganho mais um dia para tentar me recuperar. Os “huts” do Mount Meru são super bem organizados e no meio de umas florestas mais lindas que já vi. A gente janta e dorme em 2500 metros de altitude. 

Além de mim, há um casal de suiços, duas meninas alemãs e uma senhora da Índia que vive no Uganda. Após o jantar eu bato um papo bem interessante com os Suiços. Eles também são sangue puro e questionaram as coisas como eram feitos em 2020. Eu solto vários redpills sobre os mais diversos assuntos. No final ele me dizem que é muito legal de encontrar pessoas que pensam “igual”. Eu os corrijo: “Pensar igual não, que ainda pensam” e ele concordam. Por exemplo, eles são vegetarianos, algo que eu respeito, mas não concordo. Por essas e outras eu sempre falo para sair de dicotomias, etc. Eles são meus aliados em muitos aspectos, jamais em todos. Precisamos abrir um pouco mais a mente e amadurecer para começar a conversar com pessoas que se alinham em muitas coisas, em outras não. Quem se cerca com pessoas que pensam “iguais” acaba se isolando no radicalismo. 

Na manhã seguinte subimos todos juntos, porque tem um guarda armado junto. Claro que estamos num parque nacional aonde podemos dar de cara com animais selvagens como búfalos, elephantes, etc. mas os portadores também sobem e descem sem “ranger”. A subida até 3500 metros é bastante dura e leva em torno de 4 horas e meia. Ela tira bastante substância daquilo que eu havia recuperado. Após o almoço eu vou dormir e somente acorda na hora da janta e depois durmo de novo, porque 11:30 acordamos para começar a subir meia noite. 

Como já imaginado, eu teria que fazer de novo um sacrifício gigante e fazer grande parte da caminhada apenas na força da vontade e como já alcancei meu principal objetivo, pouco após de passar no Rhino Point que fica em 3800, eu falo para Honest que vamos voltar. Ele é pego de surpresa e me pergunto se eu tenho certeza: “Sim, hoje não faz sentido continuar, eu perdi muita sustância nesses últimos 2 dias, estou de boa…”
A gente começa a descer e cruza com o grupo das 3 mulheres que não entendem nada também.

Eu quero curtir a descida dessa vez e fazer algumas fotos dessa floresta linda  e não estar de novo nas últimas. Umas 3 horas da manhã a gente volta para o hut e eu me enfio no saco dormir quentinho. Em torno de umas 8:30 a gente começa a descer sem o ranger e no caminho eu dou uma sorte absurda: a gente encontra 2 camelões em 2 pontos totalmente diferentes, que rendem bellissimas fotos. Um dos dois, o cameleão de um chifre só, que é endêmico no Meru, ou seja, somente existe lá. Um belo presente de despedido. Um ranger me conta mais tarde, que uma vez tentaram encontrar camelões durante 1 semana, sem achar nenhum. Ou seja, recebi uma bela recompensa. 

O Honest “organizou” de novo o resgate que nos leva até o portão, mas dessa vez precisou ajudar a empurrrar o Land Cruiser, porque a gente teve um pneu furado e o carro não pegou depois disso. É um peso e tanto, principalmente porque foi una pequena subida. Em torno de umas 16:30 gente chega no hotel, aonde eu finalmente posso atualizar meu diário atrasado, porque amanhã começa uma aventura diferente: vamos primeiro no Parque National de Tarangire, depois no Lake Natron para tentar encontrar milhares de Flamingos e depois finalmente em direção de Ngorongoro e Serengeti, aonde vamos acampanhar. Lala Salama! (durma bem)…

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