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31 de dezembro de 2023 às 00:29 10 views


Diário África 2023 parte 7

Umas 21 horas eu como alguma coisa, vou ao banheiro e volto a dormir. As 6 da manhã o Honest me acorda com um copo de café e logo em seguida já começamos a caminhar, o caminho é longo, no total 28 km. O café da manhã eu tomarei no primeiro acampamento após 9 km de caminhada. 
Foi a melhor decisão que tomei, pois o corpo está parcialmente reestabelecido, embora ainda esteja bem cansado, além de bastante dor na ponta dos dedos do pé. Isso é normal, porque na descida vão batendo na ponta da bota, o que acaba machucando. 
Os portadores são verdadeiros ferraris de montanha. Quando chegamos no acampamento o café da manhã já está pronto: ovo com bacon para variar. A gente está descendo pela ruta Marangu, que também é chamada de “ruta coca cola” porque tem “huts” (barracas) e até uma área VIP (100 dólares extra) com chuveiro quente. As paisagens dessa ruta  são muito bonitas, gostei muito mais dela do que da Machame (a mais comum). 

Logo em seguida voltamos a caminhar, porque o caminho é longo ainda. As pernas pesam cada vez mais e sentem o acúmulo, afinal, incluindo as 14 km até o cume e a volta até o campo alto, já foram até 54 km, mais os 28 km de hoje, aí já justifica, né. 
A gente chega no limite do tempo no segundo acampamento e o Honest prefere chamar um resgate. É o seguinte, esse resgates estão incluídos no preço, mesmo que não o use. Se passar da 18 horas, vai ter que pagar mais uma diária. Isso me poupe 5 km, porque o ponto de resgate é 3 km depois do acampamento. Umas 16:20 o carro nos pega. Quando você já está cansado e olha o quanto ainda teria que ter caminhado, do outro lado você se da conta o quanto já caminhou. 

A gente assina a saída, eu recebo o dimploma de ter conseguido o cume e no meio do caminho a gente para no bar, para comer umas costelas de porco assados. Assim que eu chego no hotel, a primeira coisa é obviamente um banho bem demorado, o primeiro após 6 dias na montanha. 
Após o banho eu retomo o diário no restaurante do Hotel, enquanto eu tomo uma cerveja e como uma macarrão. Não tarda muito e eu caio na cama.

Eu marquei no dia seguinte com Castro as 9 para discutirmos os planos do Mount Meru. Em torno de uma 8 horas eu acordo. Parece que um caminhão passou por cima de mim. Eu ainda enrolo quase 1 hora na cama para descer, tomar o café da manhã e encontrar meu amigo. Batemos um breve papo e eu volto para meu quarto e durmo um pouco mais, até que a recepcionista bate no meu quarto, perguntando se eu poderia mudar de quarto, porque o hotel já cheio e no meu quarto tem duas camas. Locigamente eu aceito e aproveito para marcar uma massagem para as 15 horas. Tarefa árdua essa que a massagista recebe: reanimar um defunto. Ela chega pontualmente: é uma daquelas “big mamas” (como são carinhostamente chamadas) e está com as mãos fortes. Acho que nem no sexo mais selvagem da minha vida eu gemei tanto, quanto nessa massagem, os músculos da perna estavam muito doloridos. Após a massagem eu desço para comer algo. Mas eu continuo me sentindo muito mal. A comida não desce direito. Algumas horas depois eu descubro o motivo: desarranjo. Ou o porco estava muito pesado ou não 100%. 

Eu acordo umas 19 horas e estou com preguiça de descer, eu tento ver um pouco de TV. Somente tem o Al Jazera, aonde está passando sobre a guerra na Faixa de Gaza, mostrando um monte de atrocidades cometidos por Israel. É muito interessante: dependendo do canal a tal “verdade” muda totalmente. Todo esse lance de quem são os bons e os outros são maus depende do sua fonte de informação. Vale para qualquer coisa. Se você crescesse num campo do MST, provavalmente acharia justo invadir fazendas. O Schwab e seus comparsas certamente acham que são os salvadores da humanidade. Por isso eu sempre digo que eu desconfio de todos aqueles que estão cheias de certezas. Pelo menos duvide do seu sistema de crenças. 

 

continua.,

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