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19 de janeiro de 2013 às 06:56 20 views

Foto: Costa de Molokai, Hawaíi




As quatro premissas - parte 4


Existe também o outro lado; aquela pessoa que supostamente errou, fica se remoendo em culpas profundas, porque fez algo que não gostaría de ter feito. Essas pessoas estão parecendo aqueles religiosos medievais, que ficam chicotando as próprias costas, somente porque tiveram uma ereção. Eles acham que jamais poderíam ter feito isso e acham que precisam se autocruxificar para ganhar a redenção dos seus "pecados". Mas a única coisa que ganha, ou melhor perde com isso, é a qualidade de vida aqui na terra. O fato de sentir culpa não vai corrigir o passado! O que foi feito, está feito. Se errou, aproveita a lição que ficou, e faça diferente da próxima vez, porque a culpa somente vai atrasar a tua vida em todos os aspectos.

Ainda que realmente tenha cometido algo terrível, novamente cabe a pergunta: você poderá voltar no tempo para mudar alguma coisa? Aconteceu, tá acontecido! Você diz que jamais poderia ter feito aquilo, mas fez. Bem vindo no time das pessoas falíveis, imperfeitas! Que bom que descobriu que tem a mesma capacidade de todas as outras pessoas do planeta: você erra! Ao invés de encarar isso como derrota, veja como oportunidade: Se você é tão falível quanto os outros, talvez não devia exigir tanto deles, porque amanhã você pode ser vítima das suas próprias exigências descabíveis! Isso pode te ajudar a não se magoar tanto, quando uma outra pessoa comete algum erro contigo. A culpa é um dos maiores atrasos que temos em nossas vidas e é pura perda de tempo.

Quando uma pessoa "magoada" continua convivendo com uma "culpada", a relação certamente vai transcorrer na base da manipulação. Um atrasa a vida do outro, porque na primeira oportunidade ou conflito, o magoado vai reforçar a culpa no outro para obter algum benefício, nem que seja que o outro faça aquilo que no fundo não gostaria de fazer. Por outro lado, ele também fica estacionado na mágoa, porque no dia em que superá-la, ele não poderá mais usá-la para a manipulação. Assim vai se criar um jogo psicólogico neurótico, onde os dois vão perder muito, principalmente qualidade de vida. Podemos lembrar aqui, que somente é manipulado, quem se deixa manipular. Quem se deixa manipular, não se faz respeitar, e não amamos as pessoas que não respeitamos!

Em ambos os casos, tem uma boa notícia porém: se teve a capacidade de deixar uma mágoa ou culpa se instalar, é possível reverter esse quadro, mas é preciso se trabalhar! Você tem a capacidade de se libertar, porque você definitivamente não está na terra para sofrer. Achar que vai garantir o paraíso com esse comportamento nocivo, é pura ilusão, não importa em qual dos dois lados estiver.

Relações humanos são conflitantes por natureza; por mais que você acha que já tenha evoluído, em algum momento vai surgir algum atrito, basta estar vivo para isso. Não temos como eliminar isso da nossa vida. O que podemos fazer, é aprender a "brigar", ou seja, melhorar a forma de resolver os conflitos. Podemos observar que a grande maioria não consegue ficar focado no assunto que gera a discórdia. Quando sente que não tem mais argumentos, ele começa atacar a pessoa: "Você é isso e aquilo outro, por ter idéias assim ou por viver dessa forma!" Ou seja, como um dos maiores prazeres do ser humano é ter razão, quando ele sente que está perdendo o debate, ele tenta desviar a atenção para os valores pessoais do outro, geralmente de maneira muito pejorativa. Quando esse não parte para o contra-ataque e questionar o valor do outro também, ele começa se defender ou explicar.

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