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8 de janeiro de 2024 às 13:38 10 views

Diário África 2023 parte 11

 

No resto do dia não vemos nenhuma cena de animais valesse a pena ser mencionada. Tudo dentro do script da natureza selvagem. Nesse meio tempo já “descongelei” e falo com Mr. Kibogo sobre o acontecido mais cedo e quero saber de quem foi a falha; oarece que foi o Honest que tem ajudado ao Castro em algumas coisas. Já saquei de outras vezes que o Honesto gosta de tomar umas biritas e por conta disso se torna meio irresponsável com as coisas relacionadas ao trabalho. Sabe aquelas frase: “Sou legal, não estou te dando mole?” Pois é. De bobo só tenho a cara. Muitas vezes me finjo de morto mas começo a ficar de olho nas atitudes e juntando as coisas. A maioria das minhas amizade terminaram dessa forma. Não fico magoado, eu vou desencantando da pessoa aos poucos e quando decido romper de vez, na verdade é apenas a última gota de um processo longo….

However, vida que segue, as 20 hras já estou deitado na minha barraca e logo em seguida já estou dormindo. Aqui a noite é mais fresquinha, porque afinal estamos a quase 2 mil metros. No mosquito river só consegui meio que me cobrir, porque o saco de dormir estava quente demais para a temperatura de lá. Umas 6 e pouca estou acordado. Cono de praxe, já tem uma garrafa térmica com água quente na mesa. Eu preparo um café e enquanto espero o Patrick, vou escrevendo o diário que demanda um certo tempo por dia. 


Em torno de 8:30 saimos do acampamento, rumo ao Serengeti. A estrada de terra está uma merda. Cara, esses parques estão dando muiiiito dinheiro para o governo, se a estrada está assim, é a cara da corrupção. Dinheiro da preservação sendo desviado. Eu nunca a vi num estado tão precário nas últimas vezes que vim. Eu sei que choveu muito por esses dias, mas o mau estado vem há mais tempo. Ao invés de 2 horas, levamos mais de 2 horas e meio. 

Advinha? O Patrick tem que ligar para o Honest, porque esse ainda não mandou o número. Depois de tudo que aconteceu ontem, ele deixou de novo para as 45 do segundo tempo. Óbvio que nem sempre o celular da signal. Ou seja, novamente o Patrick fica uma pilha. Mas dessa vez pelo menos “só” leva 45 minutos. Mas eu vou conversar com Castro. Isso é péssimo. Porra, tu sabe que o cliente ficou putaço e no dia seguinte comete o mesmo erro? Se o Honest quer começar a fazer trabalho de escritório, ele precisa ser mais responsável. Vou ter uma conversa séria com os dois se os encontrar no aeroporto, caso contrário por whatsapp. 

A gente chega umas 14 horas no camping, porque a preservação da estrada realmente deixa a desejar muito. O Ali já havia preparado o almoço de manhã e a gente come antes de ir para o Gamedrive. Por conta das chuvas pesadas dos últimos dias, quase não há animais na área, mas a gente cruza com um carro, que diz que foi visto um leopardo. Como a estrada para lá é péssima, vários carros vão juntos para se socorrer mutuamente caso algum atole. E de fato eu vi 2 carros atolados no trajeto. Uma vez que está atolado, dificilmente consegue sair sozinho, é preciso que um outro carro te ajude empurrando ou com uma corda. 
O caminho até o Leopardo é longo, e infelizmente já chegamos tarde lá e podemos ficar pouco tempo, porque temos que acompanhar os outros carros. Se atolar e ficar a noite toda na lama sozinho, não é muito engraçado. 

Hoje cometi um erro de principiante, coloquei um t-shirt preto, mas nem me lembrei que no Serengeti também havia a famosa mosca zz, que te pica através do tecido. Ela se atrai pelas cores preto e azul, tanto é espalham bandeiras com essas cores e colocam veneno nelas, principalmente perto dos acampamentos. Em alguns lugares essa picada pode transmitir a doença do sono, mas acho que não é o caso por aqui. Alias, outra coisa que você começa a relaxar é com a Malária. Você sabe que ela existe, feito a dengue no Brasil. Praticamente impossível não sendo picado por mosquitos, principalmente na barraca na cidade do Mosquito River. Na meio da savana é mais difícil, porque o mosquito na sua vida inteira percorre cerca de 1800 metros de distância apenas. Ele precisa ter picado alguém que tem malária. O que poderia acontecer, é que algum funcionário vem infectado da cidade e o mesmo mosquito que pica ela, depois pica algum hospéde. A chance disso acontecer é mínima.
 

continua...

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