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16 de setembro de 2018 às 14:25 114 views

Foto: Bariloch



Bariloche Setembro 2018 – parte 4

 

 

Tem um passeio de barco que vai até o puerto Blest e depois até o Puerto Alegre, a rota que o Che Guevara fez com a moto, inclusive tem uma replica lá. Thomas me recomenda muito esse passeio, tem uma cascada linda, enorme que certamente renderá boas fotos, somente se chega nessa região de Bariloche de barco. A minha idéia é fazer no último dia, e ir direto do porto para o aeroporto. Mas a reserva somente pode ser feita com 48 horas de antecipação. A gente decide ir na agência primeiro, mas infelizmente o horário não vai bater, mas a mulher do guichê me fala, que tem uma saída hoje 12:30 e que o tempo está perfeito para isso. Ok, mudamos os planos, eu faço o passeio hoje e fico um dia a mais com Thomas para explorar uma região que ainda não conheço e depois vou direto para o aeroporto.

 

Quando chego no porto eu reencontro um pai com sua filha com quais fizemos batemos um papo num mirante, eles vão fazer o passeio também. Os dois supersimpáticos, a gente senta junto. Sabe aquela harmonia familiar e muito gente boa? Da gosto de ver, ainda mais nos tempos atuais que somente tem tira e bomba em cima da paternidade. Ele é advogado e ela jogadora de hóquei, além de estudante de medicina. Uma graça de menina que todo pai queria ter!

 

O barco leva cerca de uma hora até chegar no ponto de desembarque. Tem quatro miradores. Eu decido subir logo ao primeiro, assim pego tudo vazio, já que as pessoas certamente vão parando, tanto na subida, quanto na descida. O lugar é realmente lindo. De 365 dias, chove em torno de 270, aqui cai 3000 milímetros de chuva por ano! Então mais um dia de sorte, porque o dia está deslumbrante. No segundo mirador o spray forma um arco-iris e no primeiro tem duas arvores logo em frente do spray e o sol ilumina a água, muito lindo.

 

Tenho duas opções: ou eu pego o barco as 15:15 ou faço uma caminhada pela floresta para ir até o Puerto Blest, da onde sai um omnibus que nos leva até o Lago Frias. Claro que faço mais uma caminhada, que leva uns 45-60 minutos. A floresta é linda tem uma parte onde as árvores abrem a visão para a baía que tem 3 cores, amarelo da praia, verde da floresta e o azul que reflete na água. Marvilhoso! Como eu amo o contato com a natureza, por isso saio logo fora de cidade grande. Aqui eu me revigoro e reabasteço as baterias.

 

O lago Frias é bem pequeno, tem uns 5 km quadrados no total e está bem de frente para o Tronador, uma montanha mais alta de uns 3500 e que tem um glacial. Aqui a maioria dos montanhas são baixas, em torno de uns 1800-2500 e por isso não conseguem formar glacial, no verão ficam sem neve. O passeio de hoje rendeu muitas fotos legais. Em torno de 18:30 o barco volta e o Thomas já me espera para a gente tomar mais uma cerveja artesanal e depois comer um cordeiro. Como é o último dia, eu o convido para jantar comigo. Ele tem sido uma companhia ótima e acredito que ele tenha aprendido muito com as conversas, já que é muito ansioso e gostou de ouvir o que a vivência e a experiência fizeram de mim, já fui muito ansioso também.

 

Já são quase 23 horas quando voltamos para o hotel e o telefone toca. Parece que ainda vai rolar muita água debaixo dessa ponte, porque os relacionamentos neuróticos parecem ser mais díficieis de terminar?

 

Eu decido fazer uma massagem depois do café do manhã, afinal devo ter caminhado umas 50 quilômetros ao longo dessa semana, é bom para dar uma relaxada. Eu escolho o Shiatsu, faz tempo que não recebo nenhuma aplicação e o Shiatsu é uma das massagens que mais me agrada. A única coisa que eu estranho que essa terapeuta me atende vestido, nunca havia feito massagem assim antes.  (vestido, digo eu, não ela…kkk) Em torno de 12:30 eu termino e o Thomas me busca no hotel. A gente vai até Villa la Angustura, um cidadezinha que fica a uns 70 quilômetros de Bariloche. Nada demais, mas é melhor do que ficar no hotel mofando. O único inconveniente é que saímos um pouco atrasado de lá e temos que correr para chegar as 18 no aeroporto. Em algumas partes vamos a 130: “listo llegamos”.

 

O pôr do sol vai ficar um espetáculo hoje, pena que não da tempo; eu vou pedir um lugar na janela, acho que da para fazer umas bellas fotos da janela. Eu me dispeço de Thomas, foi muito legal ter seguido minha intuição, acho que os dois se divertiram bastante. É bom quanto fica a sensação de ter deixado mais um amigo pelo mundo. Acredito que a maioria dos guias ficam contente quando volto e torcem até para isso.  Embora possa não parecer para muitas pessoas, mas sou bem mais descomplicado nesse tipo de convívio do que a maioria acha.

 

A primeira parte do vôo realmente é lindo e rende umas imagens bonitas, pena que o sol está um pouco atrás, mas ainda assim valeu a pena de ter pedido a janela. Chego em Buenos Aires umas 21 horas, faço o checkin e saio para jantar. Me recomendaram o Don Julio que está bem perto, mas tem uma fila enorme, a mulher me informa que o tempo de espera é de 90 minutos. Iiih, tô fora! Vou no restaurante que está bem de frente, tenho menor saco nem para fazer reserva e muito menos para esperar. Só quero comer algo e dormir, já que no dia seguinte preciso acordar as 5. A carne e a salada está muito gostosa, é isso que conta. Não se pode mais do que comer, sorry Don, fica para a próxima…rs

 

De manhã no caminho para o aeroporto ainda passo por um susto, chove muito e o carro do motorista ameaça engasgar no meio da autopista. Após umas tentativas portanto, o carro pega e a gente chega no horário… ufa…

 

Tirando a comissária mais antipática que já vi na minha vida, o vôo ocorre tranquilo…rs

 



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