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12 de janeiro de 2018 às 03:15 56 views

A gratidão que eu sinto por poder fazer essas viagens que tenho feito, foi ainda mais intenso dessa vez, tantas foram as emoções vividas. No dia seguinte da minha chegada já comecei a subir o Kilimanjaro, que tem dois cumes, o Stella Point de 5735 e o Uhuru Peak de 5895, chamado de “Roof of Africa” que é o objetivo de todos. Nos acampamentos sempre se encontra pessoas muito interessantes e dessa vez não foi diferente. Na noite de natal, chegando perto do Stella Point, reencontrei com Brad que estava com um gorro de papai Noel a Go-Pro fazendo um video. Ele sabia que essa era minha segunda subida ao Kili e ele me perguntou como eu me sentia: “O mesmo homem não sobe a mesma montanha duas vezes. Na última vez o Kili estava cheio de neve, hoje ele está coberto de gelo, causado por esse vento e essa neblina que faz congelar tudo, e eu mudei muito também nesses últimos anos!”

 

Quando nos reencontramos no portão da saída, o Brad me disse que as palavras mexeram tanto com ele, que aquele era o momento do cume para ele. Depois de ver o video no Instagram, eu o entendi, porque realmente era um momento de pura emoção de ambos. As montanhas em geral são algo muito pessoal, cada um busca uma coisa diferente ali. Dessa vez levei 6 horas e 20 minutos para chegar no Uhuru Peak, as 7:20 estava ali, muito contente comigo mesmo.

 

Quando voltei do Kili, fiquei sabendo que eu iria fazer o Safari com Patrick e Ali, dois velhos conhecidos. Fazer um tour com esses dois é diversão garantida, principalmente o Patrick é muito figura, além de um guia muito competente. A única coisa que dessa vez foi um ponto negativo, foi o camping de Ngorongoro que cresceu demais, mas de resto foi espetacular. Na noite de revéillon tive um verdadeiro “orgasmo fotográfico”, nunca havia visto condições tão perfeitas. A foto do arco-iris e dos leões no tronco caído é apenas uma pequena parte do material que me deixou literalmente em exstasy. De um lado armou um temporal daqueles, do outro lado um pôr do sol, uma parte do bando dos leões no tronco caído, o outro debaixo de uma árvore, recebendo os últimos raios do sol. As 9 horas da noite o batucar da chuva na tenda me fez adormecer feliz. O meu reveillón não teve queima de fogos, mas sim um belo espetáculo do Serengeti.

 

A última parte trouxe o tão sonhado encontro com os Gorillas no Uganda. Mas antes de chegar lá, fui presenciado pela companhia de um africano com pensamentos espetaculares, o James que foi meu guia nos 6 dias. Os papos foram tão interessante que gravei três videos que vou publicar depois no meu canal do youtube, porque acredito que possam ser inspiradores para muita gente.

 

Ele não chegou a conhecer o pai dele que havia sido morto no regime do Idi Amin quando a mãe estava grávida e esta morreu supostamente de Aids quando ele tinha 7 anos. Um empreendedor e um vencedor, muito dedicado e sempre querendo dar o melhor de si. Duas coisas muito interessante que ele disse: “Aquele que nunca viajou, acha que a comida da sua mãe é a melhor do mundo” Olha o que disse sobre a maioria dos africanos: “As pessoas passam a vida sonhando, mas se esquecem, que o sonho deve ser guardado para a noite, durante o dia deve trabalhar na realização dele!”
Ele me contou uma história que ele estava com 3 italianas preso num engarrafamento e que elas certamente iriam perder o vôo, quando o carro da polícia parado ali lhe despertou uma idéia. Ele foi negociar com os policiais, quanto saíra uma escolta e conseguiram chegar a um acordo: Elas chegaram 15 minutos antes até. T.I.A! This is Africa!...rs

 

Nunca vi um país mais verde do que Uganda, pelo menos na parte central e na parte que faz fronteira com o Rwanda e o Kongo onde fui. O solo é muito fértil e a maioria vive da agricultura. Ali certamente não há fome, os alimentos são abundantes. Alguém me perguntou como me senti quando estava diante dos Gorilas. Sereno! E de fato eles estão bem acostumados aos seres humanos, o que seria diferente com Gorilas que nunca tiveram esse contato. No último dia ainda teve um tour para ver os chimpanzés. Tirando o macho dos Gorillas, os chimpanzés chegam a ser maiores, seu tamanho impressiona!

 

Mais uma vez eu venho fazer propaganda desse continente fascinante! Vou deixar uma sugestão: ao invés de levar teu filho para conhecer o Mickey, te garanto que ele vai ser muito mais marcado por um Safari. Toda vez é diferente e algo inesquecível.

 

Uma vez África, sempre África, se Deus assim permitir voltarei muitas e muitas vezes ainda.

 

Um grande beijo para todos!

 

Rolf Müller

 



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