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9 de janeiro de 2018 às 06:30 4 views

Foto: Chimpanzé, Uganda...



Diário de viagem – Kili-Serengueti-Uganda – parte 23

 

As 6 da manhã eu tenho que acordar e tomar um banho. Eu ligo o chuveio e cadê a água? Somente caem algumas gotas; ah não, de novo não? Mas eu percebo que quando é somente a torneira, tem mais água. Hmm, eu desmonto a cabeça e deixo somente o cano, assim consigo tomar meu banho. A gente come um ovo remexido e duas fatias de pão na cantina que o James havia organizado para a gente na véspera. Porque o tour com os chimpanzés começa as 7:30 e termina sabe-se-lá que horas, então é melhor comer algo.

 

A gente dirige cerca de uma hora através do parque national até o Rift Valley, onde vivem os chimpanzé. O lugar é espetacular, há milhares de anos atrás houve um terremoto tão intenso que abriu um rasgo na crosta terrestre que se estende por 12 quilômetros. É muito interessante observar que na planície tem poucas árvores e somente grama amarela alta. Já dentro do vale há uma floresta que se chama Kyambura gorge e aonde vive um grupo de cerca 27 Chimpanzés. Dessa vez eu não dou a mesma sorte, deve ter umas 13 pessoas no grupo, e infelizmente a minha intuição se confirma, é um grupo de babacas, tudo casal, 4 casais de garotas com caras mais velhos que parecem ser tchecos, mas uma fala também suiço e as outras alemão, um casal que parece ser russo e um outro casal gay da Alemanha. Não tem nem interação e nem conversa. Porque eu falo que são babacas? Sabe quando anda na floresta, os galhos agarram em você e vão feito um chicote na cara do próximo quando não toma cuidado? Pois é, isso é coisa de babaca, e embora eu possa ser um, esse tipo de coisa eu tenho a maior cautela. Já aprendi com guias que todo grupo tem um babaca e eu descubro logo de cara quem é. Isso me da um certo alívio, porque dessa vez escapei dessa…rs
O cara parece estar cagando para todos e numa situação onde finalmente vemos o primeiro chimpanzé, ele se atira no chão com a máquina e fica bloqueando a visão de todos e não está nem aí.

 

Quase mandei ele se fuder e tomar no centro do cu quando ele reclama numa situação posterior comigo por estar na frente dele. Porra, tu caga para geral e agora quer que alguém ligue para você, ô babacão? Ainda respirei e pensei se isso valesse a pena. Mas cheguei a conclusão que não e fiquei calado, mas vontade não faltou.

 

Somente tem um único guia, que está armado, os outros que deveriam ter vindo não chegaram, T.I.A., né? Então todo mundo tem que ir junto. No vale tem um rio onde vivem hipos e alguns animais pode ir bebendo por lá, elefantes, búfalos e certamente há leopardos e as vezes pode até ter leões.

 

Ir com um único guarda que está indo pela frente, é uma total irresponsabilidade, porque um grupo com tantas pessoas forma uma fila grande que em algumas partes pode chegar a 30-40 metros, no mínimo deveria ter um ranger armado no final. Mas fazer o que, né, já estamos aqui, então vamos nessa. Medo eu não tenho nessas situações, mas eu sei que somos os intrusos e que os animais são selvagens e agressivos e por isso deveria se tomar certas providências. Um hipo fora d’água, um elefante que tenta cruzar o teu caminho, um leopardo na espreita (eles são oportunistas) ou alguns leões atrás da vegetação densa podem ser facilmente fatais. A gente busca por pegadas, frutos que os chimpanzés comem e fezes para tentar encontrá-los. Mas eles se movem muito. Eu estou com o equipamento completo nas costas que pesa cerca 17 quilos e eu estou suando pacas. Meu t-shirt está totalmente encharcado, embora as subidas e descidas não sejam tão íngremes quanto na montanha dos gorillas, com tanto peso nas costas, é bem cansativo. Somente as duas máquinas e lente grande devem pesar uns 9 quilos, fora o resto. 



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