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10 de janeiro de 2018 às 03:40 6 views

Hippo, Rift Valley



Diário de viagem – Kili-Serengueti-Uganda – parte 24

 

Uma das mulheres parece que está com seu filho. O nome Otmar na Suiça é um daqueles nomes que por si já são meio rídiculos. Tem país que parecem querer castigar seu filhos e escolhem nomes que certamente vão ser um fardo para a vida toda, Otmar é um deles…rs

A mulher grita seu nome 3x porque ele ficou um pouco atrás para fotografar algo. Não satisfeita ela lhe paga um esporro quando ele volta e ele se desculpa: “Eu vi que vocês ficaram esperando algo”. Cara, sinceramente, quando eu vejo esse tipo de situação, eu mesmo me invejo por estar solteiro, porque uma relação dessas eu não quero nem fudendo…rss


Algo que é interessante e que eu já havia constatado várias vezes: parece que existe uma quantidade enorme de homens que buscam uma mamãe substituta depois de grandes. Aí encontram uma mulher com esse instinto materno e formam um casal que me parece de mãe e filho. Acho que se você não estiver disposto a entrar numa dessa a longo prazo, você já elimina 50% de chance de ter um relacionamento. Talvez quem vive uma relação assim não vai entender o que estou falando, mas aqueles que estiverem dispostos a observar um pouco melhor o que estou falando, vão poder me dar razão…

 

Mas voltando para o outro tipo de chimpanzés…rs
A gente já mudou de direção várias vezes, o russo está visívelmente de saco cheio e falo para o guia que eles deveriam colocar coleiras com trackers nos animais para facilitar o trabalho. Eu tenho uma resposta na ponta da língua: “This is not discovery channel, this is fucking nature buddy!” Mas como não me sinto nem um pouco à vontade no grupo prefiro ficar calado. Geralmente eu brinco muito, mas é preciso que o grupo esteja na mesma vib e esse definitivamente não está. De fato já estamos andando há quase 3 horas quando finalmente avistamos o primeiro Chimp. Como falei acima, o babaca bloqueia a vista de todos. Eu não falo nada, porque tem muitos galhos e folhas no meio, as fotos que ele faz tão desesperadamente vão ficar uma merda, até porque ele está olhando para o outro lado. O guia espera um pouco e tenta se aproximar, no que o Chimpanzé foge. A gente desce e vai atrás, pois ele estava num barranco. A nossa sorte é que a gente involuntaramente bloqueou a passagem de um membro do grupo, que precisa atravessar uma ponte para se juntar com o resto do grupo. Isso possibilita com que eu me aproxime bem e consigo umas fotos maravilhosas. O ponto negativo é que para fazer isso eu tive que ajoelhar e foi justamente num formigueiro e agora estou pagando o preço…rs

 

Tem uma ou duas que conseguiu até penetrar minha calça e fica me mordendo na virilha. Ah não, meu saco tu não vai pegar! Eu começo a dar tapas na calça na esperança de neutralizar as suas tentativas de me desferir mordidas na área genital e finalmente consigo. Mas tem outras no braço, no pé. Pouco a pouco consigo me livrar delas. Mas valeu a pena, as fotos estão muito legais. A gente abre o caminho para o chimp para poder se juntar com o resto do grupo e finalmente subimos o vale para esperar os guias nos apanhar. Sinceramente? Eu me sinto aliviado de poder sair da presença daquelas pessoas antipáticas.

 

Agora somente resta dirigimos cerca 380 Km até Entebbe e as férias estão chegando no final. Foram tantas bençãos e emoções nessa viagem que parece que estou há meses longe de casa. A gente aproveita para anotar os nomes dos pássaros e dos lugares durante o almoço e quando finalmente chegamos já são quase 20 horas. Eu combino com James um rápido citytour por Kampala pela manhã, porque as 13:30 tenho que estar no aeroporto. Dessa vez não podemos pegar a a estrada que ainda não foi inaugurada, o James diz que toda hora vamos ser parados e não vai valer a pena. Não resta outra alternativa ao não ser pegar uma estada toda empoeirada. Eu nunca me senti tão bem vindo num lugar quanto no hotel que escolhi. Quanta gentileza, quanta antenção, tanto na recepção quanto do cara que me ajuda na bagagem e posteriormente no restaurante. Eu fico deslumbrado quando entro no quarto, que parece uma suite presidencial. A única coisa que não funciona é o roteador no quarto, mas no restaurante tenho uma conexão que parece a minha de casa. Após a janta eu vejo um filme, somente agora me dou conta que fiquei 20 dias sem TV. Se o mundo tivesse acabado, eu nem saberia...

 



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