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Quando lançou em 2003 o CD Coverage, com releituras de clássicos não tão óbvios do rock e do pop, Mandy Moore deu provas de que não entrou na carreira musical apenas para ganhar um dinheiro fácil. O disco é muito bom.
Era o início de um processo que chega ao ponto alto com Amanda Leigh, seu sexto álbum, que a gravadora Lab344 acaba de lançar no Brasil. Uma boa surpresa para quem não a conhece, e a confirmação de seu talento, para quem a acompanha há mais tempo.
Com 26 anos de idade, a jovem cantora e atriz resolveu investir em uma sonoridade fortemente calcada no rock agridoce dos anos 70, especialmente o feito por artistas como Joni Mitchell, Carole King, James Taylor e Jackson Browne.
Sua voz doce e agradável se encaixa feito luva no formato musical que resolveu seguir, repleto de elementos de country, folk e rock, arranjos basicamente acústicos e instrumentos com timbres vintage (clássicos).
Fern Dell, a primeira faixa de trabalho, é deliciosa, e aparece em duas versões. Song About Home é delicada e elaborada, lembrando bastante algumas canções do CD Court And Spark (1974) da canadense Joni Mitchell, mas sem soar como cópia.
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I Could Break Your Heart Any Day Of The Week é sacudida e muito bem-humorada. A produção e arranjos, a cargo de Mike Viola, são de extremo bom gosto, apostando no simples mas não largando mão de sutilezas precisas.
Se continuar nessa direção, Mandy Moore certamente conseguirá obter o respeito da crítica especializada, além de cativar um público interessado em música elaborada, inteligente e boa de se ouvir. Aliás, o título do CD é bem indicativo de sua intenção. Trata-se de seu nome de batismo, prova de que a moça quer mostrar mesmo a própria cara.
