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Tradição que tomou fôlego com “Os Simpsons”

Desde os anos 60 – e especialmente nas duas décadas seguintes – são produzidos desenhos animados para o público não-infantil. No geral, produções alternativas para o cinema, como os filmes do diretor Ralph Bakshi e o longa “Heavy Metal – Universo em Fantasia” (isso sem levar em conta a animação japonesa, vanguardista desde sempre em vários sentidos).

O surgimento de “Os Simpsons”, em 1989, mostrou para público e emissoras de TV que desenhos inteligentes e ousados, para pais e filhos e abordando diversos temas, eram viáveis. Ainda assim, o sucesso da família amarela não significou uma avalanche imediata de outros desenhos com propostas mais adultas. No começo dos anos 90, as bobagens de “Beavis & Butt-Head” e a visionária ficção científica “Aeon Flux” fizeram a cabeça dos espectadores da MTV (que também levou ao ar “Daria”).

A Nickelodeon, que daria ao mundo “Bob Esponja” na virada do século, também contribuiu com os cascas-grossas “Ren & Stimpy” (1991). Mais ligado ao público infantil, o Cartoon Network investiu timidamente em animações alternativas, geralmente exibidas nas madrugadas – isso anos antes do surgimento da sessão “Adult Swim” (no Brasil, em 2005).

Sem papas na língua, “South Park” (1997) foi outro divisor de águas. Depois da série, passou a valer tudo. Ainda assim, “Uma Família da Pesada” só emplacaria em 2005, mesmo ano da estreia de “American Dad”.