thaliaoficial

News

≈ Novela: María la del Barrio

María la del Barrio (no Brasil e em Portugal, Maria do Bairro) é uma telenovela mexicana que foi produzida pela Televisa e exibida pelo Canal de las Estrellas de 14 de agosto de 1995 a 3 de maio de 1996, em 185 capítulos. Baseada em Los ricos también lloran (1979), que por sua vez é um remake da produção venezuelana Raquel (1973), María la del Barrio é a última telenovela da chamada Trilogía de las Marías, da qual também fazem parte María Mercedes (1992) e Marimar (1994). Tem por argumento a história de uma garota vivaz e graciosa que, após a morte da madrinha, é levada para morar na mansão de uma rica e influente família pelo patriarca e se apaixona por um dos filhos dele, tendo que vencer a hostilidade dos demais moradores.

María la del Barrio foi exibida em mais de 180 países, a telenovela que alcançou maior internacionalização é o programas mais vistos da história da televisão. No mundo lusófono, foi exibida no Brasil pelo Sistema Brasileiro de Televisão em cinco ocasiões e, em Portugal, pela RTP1. A trama contou com Thalía no papel-título, Fernando Colunga como o par romântico da protagonista, Itatí Cantoral como a Antagonista principal, Ana Patrícia Rojo e Sílvia Caos como as antagonistas secundárias. Ricardo Blume, Irán Eory, Carmen Salinas, Osvaldo Benavides e Ludwika Paleta interpretaram os demais papéis principais da história.

Sua reapresentação no México iniciou no dia 11 de junho de 2012 por sua emissora original e, no Brasil, pela quinta vez, foi reprisada entre 6 de fevereiro e 27 de julho de 2012 pelo SBT sucedendo Marimar, em 120 capítulos e antecedendo María Mercedes.

Antecedentes

María la del Barrio é a terceira telenovela da Trilogía de las Marías, a qual foi iniciada em 1992 com María Mercedes e sequenciada por Marimar, de 1994. Estas telenovelas têm em comum o fato de terem sido protagonizadas pela cantora e atriz mexicana Ariadna Thalía Sodi Miranda, mais conhecida simplesmente por Thalía, onde ela interpreta uma moça muito pobre e ignorante, de nome Maria.Outros pontos em comum são o de serem remakes de produções venezuelanas das décadas de 1970 e 1980 escritas pela cubana Inés Rodena (1905-1985), que baseou-se em radionovelas anteriormente escritas por ela, e de contarem com a produção de Beatriz Sheridan e de Valentín Pimstein.

Produção

Dando continuidade à trilogia, os produtores decidiram fazer um remake de Los ricos también lloran e convidaram Angelli Nesma Medina para encarregar-se da direção. Também optou-se por dar outro título à nova versão, a fim de que esta tivesse identidade própria; o título escolhido foi María la del Barrio (numa tradução livre: Maria, a suburbana).3 A atriz Thalía assinou com a Televisa um contrato de cerca de 800 mil dólares para protagonizar a telenovela.

Filmagens

As filmagens da telenovela tiveram início no ano de 1995.A personagem-título ganhava a vida coletando material reciclável no lixo e, por isso, várias filmagens foram rodadas no maior aterro sanitário da Cidade do México, onde se encontravam várias famílias em extremo estado de miséria e que exerciam, na vida real, o mesmo trabalho que a personagem Maria exerce na ficção. Meses depois, os atores e os profissionais que fizeram parte da equipe voltaram com mantimentos e brinquedos para essas famílias que viviam perto do depósito. Enquanto os catadores vasculhavam as montanhas de lixo reais, Thalía vasculhava um "lixo cenográfico", pré-selecionado pela equipe técnica, a fim de não oferecer riscos à saúde e integridade da atriz ou dos outros membros da equipe. Grande parte da história tem por plano de fundo Lomas de Chapultepec, bairro nobre da capital mexicana e onde ficava a mansão dos Dela Vega. Em uma das cenas da terceira fase, onde a protagonista se vê diante de um incêndio, Thalía sofreu acidentalmente queimaduras em parte da perna.

Em 2011, Thalía publicou uma auto-biografia intitulada Cada día más fuerte, na qual narra alguns detalhes e lembranças deste seu trabalho. "María la del Barrio me lançou a um estrelato internacional inigualável", declara a atriz em seu livro, no qual ela também confessa que sempre vivia o sofrimento de suas personagens e, por isso, entrava muitas vezes em depressão nervosa durante o período em que as telenovelas eram gravadas.

Devido ao excesso de trabalho decorrente das gravações e da divulgação de seu álbum En éxtasis, a artista padeceu, em meados de 1996, de uma crise nervosa, vendo-se obrigada a suspender suas atividades profissionais e a permanecer em repouso absoluto em sua casa durante um tempo.

"[Gravar no aterro sanitário e ver a miséria das famílias que lá estavam] me impactava muito! Sobretudo porque alí se encontravam desde cabeças de animais até mãos e pés de seres humanos, além de fetos em diferentes estágios de decomposição. Realmente muito forte! Quando eu caminhava sobre o lixo sentia que o chão se movia debaixo de mim como um tapete vivo: eram baratas e ratos que corriam debaixo dos sacos de plástico, caixas e papéis. Eu tinha que acabar de gravar e ir ao meu camarim, diretamente para o chuveiro. Não sei se era por querer tirar o cheiro, ou para lavar estas imagens tão fortes que giravam em minha mente." – Thalía, Cada día más fuerte, (2011)

[ L e i a + ]