rolfmuller

5 de dezembro de 2021 às 13:12 3 views

O tiro que saiu pela culatra...

Houve uma vez um homem que queria parar o tempo. Ele foi nos morros em frente a cidade e gritou: "Tempo pare!" 
Ai veio um cavaleiro do caminho e falou: Se esse for o teu desejo, assim ele te seja cumprido. E puxou a sua espada e enfiou no peito do homem. 
Para o morto então ele disse: "So há um tempo. Seu tempo. E o ser do tempo é mudança. Quem não quiser a mudança, também não quer a vida". 
E foi embora...

Eu tive 14 anos quando escutei essa história. Ela foi capaz de me mudar profundamente. 

Um dos grande males da sociedade atual é justamente o apego excessivo e a não aceitação da transitoriedade da vida. 

Já faz quase dois anos que há uma multidão de pessoas que parecem acreditar que um pano na cara e posteriormente uma aplicação no braço vai lhes proteger da maior ameaça (segundo a imprensa) que a humanidade já enfrentou. Um pano ou uma agulha vai torná-los imortais e quem não embarca nessa é chamado de negacionista. 

Na sua cegueira espiritual não percebem, que são elas mesmo que se negam a aceitar o fato que a vida é transitória e que são mortais. 

Há alguns meses sou impedido de frequentar eventos, teatros, cinema, etc.
Assim tentam punir pessoas que não querer ceder a chantagem do estado. Sabe o que eles não compreenderam ainda? Eles somente conseguiram uma coisa: eu passei a valorizar ainda mais as coisas simples da vida. Passei a compreender quão pouco precisamos. Uma pedalada no final do dia. Prepara uma comida. Uma conversa com meu porteiro Roberto.

Sócrates adorava passear nas feiras, embora nunca comprasse nada. Um dia um amigo lhe indagnou qual era o sentido desses passeios: "Eu vejo quantas coisas eu não preciso para ser feliz!"

Ainda há um outro aspecto: eu sinto uma onda de gratidão vindo na minha direção por pessoas que eu nunca vi na vida. Muitos estavam em desespero e encontraram paz nas minhas publicações, alguns já me confessaram isso. 
Do outro lado, amigos com quais eu convivia pessoalmente simplesmente desapareceram. 

O mar calmo não revela os bons marinheiros. 
Depois de passar por uma tempestade, o capitão saberá com precisão, quais que ele deve recrutar de novo para a próxima viagem.