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➮ 14/08/2012.

Pai de Ricky Martin: "Maldito dia em que você entrou no Menudo"

Entre as celebridades gays, o pai mais famoso é o cantor Ricky Martin. Ele é pai dos gêmeos Matteo e Valentino. Os filhos foram gerados por uma barriga de aluguel, um caminho procurado por muitos homossexuais para realizar o sonho da paternidade.

Na Índia, na cidade de Hyderabad, uma clínica recruta essas mães de aluguel e cobram cerca de R$ 50 mil de pais endinheirados (muitos de casais gays) pelo pacote da barriga de aluguel. As mulheres pobres ganham cerca de R$ 18 mil para carregar um filho gerado em proveta, por inseminação artificial, em que os homens gays escolhem um óvulo de uma doadora anônima para gerar seus filhos.

Ricky Martin já declarou que adora tudo na paternidade e nem se incomoda de ficar sem dormir esperando que seus filhos adormeçam. Muitos gays recorrem à barriga de aluguel porque sonham em ver suas características físicas em seus filhos, transmitir sua herança genética, o mesmo desejo de pais heterossexuais. Outros preferem adotar filhos.

O cantor disse que pretende aumentar sua família. Ele quer ter uma menina como companhia para seus gêmeos. Só que desta vez ele cogita adotar a criança, em vez de encomendar a uma clínica de reprodução assistida.

O ex-Menudo está amando a experiência de criar suas crianças, já que a vida com seu pai foi difícil devido às viagens constantes do seu antigo grupo musical. Em sua autobiografia, lançada em 2010, Ricky contou que a vida de integrante do Menudo o tirou da convivência com sua família.

“Meu pai uma vez me disse: Maldito dia em que você entrou no Menudo. Naquele dia perdi o meu filho. Ele estava absolutamente correto. Em certa medida, ele perdeu o filho e eu perdi o pai. Naquele tempo era difícil saber o que estava por vir”, escreveu o cantor.

Leia um trecho do livro Eu:, livro sobre a vida do cantor.

Meu pai uma vez me disse: "Maldito dia em que você entrou no Menudo. Naquele dia perdi o meu filho". Ele estava absolutamente correto. Em certa medida, ele perdeu o filho e eu perdi o pai. Naquele tempo era difícil saber o que estava por vir. Nós não conseguíamos nem começar a imaginar o que estava pela frente. Eu só via as incontáveis oportunidades, as milhares de coisas maravilhosas que ainda me aguardavam, o sensacional caminho que estava se abrindo diante de mim. Nenhum garoto - nem mesmo quando é homem feito - pode discernir o que vai acontecer quando o caminho da sua vida é alterado.

Era impossível compreender quanto custaria alcançar o que desejava. Naquele momento, tudo o que sabia era que ansiava por aquilo com todo o meu ser - meu coração e minha alma. Eu tinha dado duro, com muito esforço e determinação, e sabia quão longe queria chegar. Estar no palco era o meu sonho e estava disposto a fazer o que quer que fosse para chegar lá. Nesse sentido, o Menudo era uma obsessão - eu só conseguia pensar naquilo. Entre os dez e os doze anos, mal conseguia dormir só de pensar no quanto queria aquilo.