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• A herança de Clarice •

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••• PERTO DO CORAÇÃO SELVAGEM •••


Perto do Coração Selvagem é o romance de estréia de Clarice Lispector. Publicado originalmente em dezembro de 1943, o livro é marcado pelo estilo introspectivo da escritora. Recebeu muitas críticas positivas na época, sendo premiado como melhor romance de estréia pela Fundação Graça Aranha em 1944.
A vida de Joana é contada desde a infância até a idade adulta através de uma fusão temporal entre o presente e o passado. A infância junto ao pai, a mudança para a casa da tia, a ida para o internato, a descoberta da puberdade, o professor ensinando-lhe a viver, o casamento com Otávio. Todos estes fatos passam pela narrativa, mas o que fica em primeiro plano é a geografia interior de Joana. Ela parece estar sempre em busca de uma revelação. Inquieta, analisa instante por instante, entrega-se àquilo que não compreende, sem receio de romper com tudo o que aprendeu e inaugurar-se numa nova vida. Ela se faz muitas perguntas, mas nunca encontra a resposta.

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••• O LUSTRE •••


O Lustre, segundo romance de Clarice Lispector, é penetrante. É a vida interior de Virgínia, a personagem principal, que tem sua história narrada desde a infância e também aparece sob o signo do mal, tal como Joana, personagem do primeiro romance. É uma obra em que a ação, personagens, diálogos estão marcados por aquela às vezes angustiante interiorização, a percepção de sentimentos cruéis, de desejos delicados, de medos impensáveis, de intimidades inconfessáveis, de ódios e amores entrelaçados, de paciências, de inocências, de culpas, de pudores, de euforias, de tristezas, de compaixões, todo um mundo muito mais do que feminino - um mundo em que praticamente só a alma tem a palavra.
É um "romance" em que a ação, personagens, diálogos estão marcados por aquela às vezes angustiante interiorização, a percepção de sentimentos cruéis, de desejos delicados, de medos impensáveis, de intimidades inconfessáveis, de ódios e amores entrelaçados, de paciências, de inocências, de culpas, de pudores, de euforias, de tristezas, de compaixões, todo um mundo muito mais do que feminino - um mundo em que praticamente só a alma tem a palavra.
É uma obra de muitos símbolos, muitas mensagens: há um chapéu de um afogado, no começo, que reaparecerá no final do livro, e há um lustre, de um casarão, onde Virgínia e o irmão Daniel passaram a infância e que é sempre um ponto de convergência do seu passado e de sua volta. Quando o personagem deixa a Granja Quieta, e que lembra Virgínia no trem é o fato de ter saído do casarão e não ter olhado o velho lustre.

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••• A MAÇÃ NO ESCURO •••


Seriam os atos do homem, às vezes os mais cruéis, necessários para elevá-lo à condição de imagem e razão? Em A Maçã no Escuro, Clarice Lispector faz crer que sim, transformando o atordoado Martim em um novo homem após ter supostamente assassinado a mulher. Fugindo do crime, Martim acaba descobrindo-se como homem, desprezando os antigos valores estabelecidos em sua vida. Na corrida por uma nova existência, ele se revela numa outra condição.
Sua fuga, em vez de isolá-lo, remonta à criação do homem, de um novo ser surgido do nada. A narrativa, próxima da criação bíblica, em vez de julgar os personagens culpados ou inocentes, faz deles aprendizes do mundo, onde cada etapa funciona como uma gênese de um ser recém-criado.
Mas é a natureza, com a qual Martim passa a conviver de forma mais acentuada ao chegar à fazenda de Vitória, que se transforma em pano de fundo da diferenciação e da combinação entre o homem e o animal, das atitudes racionais contra os atos impensados. No contato com a dona da fazenda, sua prima viúva Ermelinda e a cozinheira mulata, Martim se envolve não numa relação de antítese entre homem e mulher, mas na descoberta de pessoas complementares e ambíguas, dominantes e dominadas que invertem seus papéis a todo momento.
Clarice Lispector coloca-se na narrativa como um espectador capaz de alterar os destinos dos personagens. Agindo como um Deus, a autora muitas vezes abandona as características próprias de cada um deles para fazer uma descrição própria de seus papéis na história maior contada no livro: a vida, a criação, a dor e o prazer de ser. E se por um lado o leitor fiel de Clarice pode estranhar que a figura principal deste livro seja um homem - é Martim, o herói-vilão, estopim de mudanças em si e nos outros -, ao mesmo tempo acabará identificando nele uma característica comum aos protagonistas da autora: um profundo mergulho em seus próprios valores, a visão ensimesmada da existência, que os aproxima e os iguala em grau, sofrimento e gozo a qualquer pessoa.

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••• UMA APRENDIZAGEM OU O LIVRO DOS PRAZERES •••


Há um livro que pede para ser escrito. Na nota introdutória, Clarice afirma que humildemente tentou escrevê-lo. Mais do que um artifício de sedução, ou receio das críticas, esta nota revela a luta que é para Clarice Lispector escrever cada livro: narrar o indizível, os pequenos nadas, sem cair no vazio e na ausência.
Sintomática, a abertura do livro faz-se com uma vírgula. Entendida como demonstração da dificuldade que Clarice teve em agarrar a narração, após penosos meses de escrita infrutífera, tem o efeito de tornar o leitor um invasor, que cai no meio da história, sem preparação, sem coordenadas, obrigado a saltar em andamento.
Esta aprendizagem tem por plano de fundo o relacionamento entre Lóri e Ulisses, em que ela está apaixonada por ele, mas este atrasa a evolução do relacionamento para que possam aprender previamente - a amar, a ultrapassar a ausência e o silêncio. Enquanto se espera a construção da nova realidade, há o olhar sobre a "mediocridade de viver"; a vida mínima, composta essencialmente pelo não ter e pelo medo de não poder ter, apenas colorido pelo desejo. Sobreviver é ter de enfrentar a angústia silenciosa da ausência.
A literatura de Clarice faz-se de vida, de realidade crua e dura. Neste livro expõe a sua escrita, o seu estilo, e as razões porque a sua obra é ímpar, apesar de por vezes esquecida e incompreendida. Nome grande da literatura universal, a sua total consagração não poderá ser adiada por muito mais tempo. Mas são muitas mais as justificações desta leitura, muitas mais.

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••• A PAIXÃO SEGUNDO G.H •••


A Paixão segundo G. H., romance de 1964 de Clarice Lispector, é uma obra inquietante, angustiante e, ao mesmo tempo, intrigante. Nesse romance, Clarice Lispector consegue transmitir ao leitor as preocupações de ordem emocional da personagem G. H., uma mulher bem-sucedida profissionalmente, mas que não conhece a sua própria identidade e, por isso, vai em busca do conhecimento interior.
É através de um universo de questionamentos e reflexões que o leitor toma contato com a atmosfera de instabilidade emocional em que G. H. se encontra, nela mergulhando conforme apresenta a narradora no início da narrativa: "[...] estou procurando. Estou tentando entender".
É em um pequeno quarto, estimulada pela visão de uma desprezível, nojenta e escatológica barata que se desencadeia, em G.H., todo um processo interno de reflexão e de busca de identidade. Ela experimenta, diante da barata viva, aquilo que considera a sua pior descoberta: "a de que o mundo não é humano. E de que não somos humanos".

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••• A DESCOBERTA DO MUNDO •••


A descoberta do mundo é o primeiro trabalho de crônicas de Clarice. Mais do que ousar em um novo estilo literário, até então incomum em sua obra, a escritora faz desta publicação um diário de bordo da sua vida: paixões, histórias, entrevistas, filmes, enfim, tudo o que participou de alguma forma de sua existência.
São 468 títulos de crônicas publicadas aos sábados no Jornal do Brasil — certos dias agrupam várias delas, pequenas — entre 1967 e 1973 e, curiosamente, muitas delas poderiam ser republicadas hoje sem que ninguém percebesse a passagem dos anos. Algumas reflexões são atuais e atemporais. Personagens e pessoas que passaram por sua história, como suas empregadas Aninha e Jandira, e uma jornalista, Cristina – ela não cita os sobrenomes –, são retratados em passagens da memória de Clarice. O livro é dividido em dias, como se fosse um diário, mas sempre entre realidade e ficção. Esta última, no entanto, revela com fidelidade as incertezas que cercavam sua enigmática personalidade.


••• A CIDADE SITIADA •••


Na mesma atmosfera de silêncio e isolamento, vive Lucrecia, de A Cidade Sitiada. Escrito em Berna, por Clarice Lispector, e publicado em 1949, o romance é uma espécie de inventário da monotonia. No início, Lucrecia está a procura de um marido capaz de livrá-la do tédio na pequena cidade, o subúrbio de São Geraldo - onde o silêncio é sepulcral - e levá-la para a metrópole. Depois da morte do marido, contudo, ela retorna à vida e de lá espera por alguma outra coisa - algum outro homem talvez - que pudesse novamente "salvá-la" da rotina.
A simplicidade do enredo reflete-se na simplicidade da técnica narrativa. Dividido em doze capítulos, o texto é construído por frases curtas, marcadas mais por pontos finais do que por vírgulas. Não há fluxo da consciência, nem surpresas poéticas no curso das sentenças. O universo da narração, igualmente marcado pelo silêncio, parece estreito e plano como uma paisagem que jamais se modifica.

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••• LAÇOS DE FAMÍLIA •••


Incluï-se entre os melhores livros de contos de nossa Literatura. São 13 contos centrados, tematicamente, no processo de aprisionamento dos indivíduos através dos "laços de família", de sua prisão doméstica, de seu cotidiano.
As formas de vida convencionais e estereotipadas não se repetindo de geração para geração , submetendo-se as consciências e as vontades.A dissecação da classe média carioca resulta numa visão, desencantada e descrente dos liames familiares, dos "laços" de convenção e interesse que minam a precária união familiar.
Os três mais conhecidos são Amor, Uma galinha, e Feliz Aniversário.

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••• UM SOPRO DE VIDA (pulsações) •••


"Quero escrever movimento puro", seja lá o quê isso queira dizer, é assim que Clarice dá início a este romance que é quase que uma meta-literatura. Ou, melhor dizendo, justificativas para a escrita; a relação entre o autor e seus personagens; as ações e emoções que se desenrolam.
Desse modo, Clarice trabalha com a idéia do autor em contraponto com a sua criação. Afinal, o enredo, ou mesmo o emaranhado de sentimentos (o quê, aliás, pertence mais à literatura de Clarice) não saem aleatoriamente, mas sim em função de toda uma vivência, experiência e diversas sensações adquiridas por este no decorrer da vida. Ao contrário do que alguns pensam e teorizam, um personagem nunca está à margem de seu criador, mais sim à beira, em uma eterna espreita.

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••• ÁGUA VIVA •••


Água viva, é um longo texto ficcional em forma de monólogo, que foi publicado pela primeira vez em 1973, poucos anos antes da morte da autora, Clarice Lispector. Neste livro, Clarice leva a extremos a insurreição formal e a desestruturação da forma romancesca, criando um gênero híbrico, marcado pela fluidez, pela aparência inacabada e inconclusa, produto da liberdade.
A obra pertence à terceira geração modernista e foi definido como "um denso e fluente poema em prosa". Nele é aclamada, amaldiçoada, reprimida e expandida a vida.
Água Viva reflete bem o estilo clariceano de narrar: o texto ficcional que constitui objeto de exame do presente ensaio mais parece uma série de anotações.
Não existe enredo em Água Viva, prevalecendo a repetição dos mesmos temas e o desfile de imagens multifacetadas, similares ao jogo de variações existente na música. A circularidade está presente desde a primeira até a última frase do livro: não há começo, meio ou fim. Trata-se de um texto para ser muito mais vivido do que lido, no qual a sensibilidade aflora constantemente, em um fluir de experiências vivenciadas de forma intensa. Clarice rompe com o sistema, virando-o pelo avesso, revelando o indizível, o "proibido". Como já citado, a autora promove a desconstrução e a desautomatização da linguagem, ao decompor e desmontar o próprio sistema de escrita, para tentar se libertar da náusea de viver, através da palavra expressa em neologismos, de construções inovadoras, da busca pelo sentido perfeito e por um equilíbrio entre forma e conteúdo, promovendo a exaltação do ser interior, do sujeito superfragmentado e da passagem da crise psicológica à angústia metafísica.

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••• A HORA DA ESTRELA •••


A hora da estrela é também uma despedida de Clarice Lispector. Lançada pouco antes de sua morte em 1977, a obra conta os momentos de criação do escritor Rodrigo S. M. (a própria Clarice) narrando a história de Macabéa, uma alagoana órfã, virgem e solitária, criada por uma tia tirana, que a leva para o Rio de Janeiro, onde trabalha como datilógrafa.
É pelos olhos do narrador e através de seu domínio da palavra que a existência e a essência são expostas como interrogações. Tal presença masculina retrata um universo de fragmentos, onde o ser humano não é respeitado, mas desacreditado nessa reconstrução de uma realidade mutilada.
Em A hora da estrela Clarice escreve sabendo que a morte está próxima e põe um pouco de si nas personagens Rodrigo e Macabéa. Ele, um escritor à espera da morte; ela, uma solitária que gosta de ouvir a Rádio Relógio e que passou a infância no Nordeste, como Clarice.
A despedida de Clarice é uma obra instigante e inovadora. Como diz o personagem Rodrigo, estou escrevendo na hora mesma em que sou lido. É Clarice contando uma história e, ao mesmo tempo, revelando ao leitor seu processo de criação e sua angústia diante da vida e da morte.

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