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9 de março de 2011 às 20:37 132 views

'...sabe, podia tudo ser de outra forma depois de pensar nisso eu ficava alegre quem sabe, quem sabe um dia aconteceria mas depois pensava também que não ia adiantar nada e tudo começaria a ficar igual de novo.

no momento que um homem qualquer resolvesse trocar duas pedras por um pedaço de madeira porque a madeira valia mais e de repente outra vez iam existir essas coisas duras que vejo da janela na televisão no cinema na rua em mim mesmo e que eu ia como sempre sair caminhando sem saber aonde ir sem saber onde parar onde pôr as mãos os olhos e ia me dar aquela coisa escura no coração...

e eu ia chorar chorar durante muito tempo sem ninguém ver, é verdade tenho pena de mim e sou fraco, nunca antes uma coisa nem ninguém me doeu tanto como eu mesmo me dôo agora mas ao menos nesse agora eu quero ser como eu sou e como nunca fui e nunca seria se continuasse, me entende?

eu não conseguiria, não você não me entendeu nem entende nem entenderia, você nem sequer soube sabe saberá, amanhã você vai ler esta carta e nem vai saber que você poderia ser você mesmo e ainda que soubesse você não poderia fazer nada nem ninguém eu já não acredito nessas coisas por isso eu não te disse.

compreende talvez se eu não tivesse visto de repente o que vi não sei no momento em que a gente vê uma coisa ela se torna irreversível inconfundível porque há um momento do irremediável como existem os momentos anteriores de passar adiante tentando arrancar o espinho da carne, há o momento em que o irremediável se torna tangível eu sei disso não queria demonstrar que li algumas coisas e até aprendi a lidar um pouco com as palavras apesar de que a gente nunca aprende mas aprende dentro dos limites do possível...

[...]

podia falar de quando te vi pela primeira vez sem jeito, de repente te vi assim como se não fosse ver nunca mais e seria bom que eu não tivesse visto nunca mais porque de repente vi outra vez e outra e outra e enquanto eu te via nascia um jardim nas minhas faces.

Não me importo de ser vulgar não me importa o lugar-comum dizer o que outros já disseram não tenho mais nada a resguardar, um momento à beira de não ser eu, não sou mais tudo se revelou tão inútil à medida em que o tempo passava tudo caía num espaço enorme, amar esse espaço enorme entre mim e você, mas não se culpe, deixa eu falar como se você não soubesse.

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applee

1. applee 10 de março de 2011 às 05:10

bom diaaa fan

gabiih

2. gabiih 9 de março de 2011 às 20:43

[eu gosto tanto de você, deixa eu falar como se você não soubesse]

juniior_

3. juniior_ 9 de março de 2011 às 21:37

cainho!

xmaaah

4. xmaaah 10 de março de 2011 às 11:39

de repente vi outra vez e outra e outra e enquanto eu te via nascia um jardim nas minhas faces. heartheart

hannasena

5. hannasena 10 de março de 2011 às 07:19

"amar esse espaço enorme entre mim e você"
caio sempre lindo e apaixonante