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Rafaela Mariani Monjardim: De Vitória para o estrelato ...

Do outro lado da linha, atende o telefone uma voz meiga e alegre, quase de criança. Uma voz empolgada, que ganha força quando o assunto é música. É a capixaba Rafaela Mariani Monjardim, 19 anos, uma das selecionadas para integrar a banda Girls, formada no programa “Fábrica de Estrelas”, do canal Multishow, pelas mãos do Midas do pop, o produtor Rick Bonadio.

Antes chamada de Rafa, agora de Ani – que não é só um nome artístico, e sim um apelido que carrega desde criança –, a cantora afirma que está tão ocupada com os compromissos do grupo que não parou para pensar no sucesso instantâneo que virou ao lado de Bruna Rocha, Caroline de Almeida, Jennifer Nascimento e Natascha Piva, as outras selecionadas. “Minha ficha ainda não caiu. Estou vivendo bastante o momento, e ainda não tive tempo para pensar: ‘caramba, aconteceu mesmo!’, sabe?”, declara a jovem ao C2.

Ani Monjardim nasceu em Vitória e já morou em bairros como o Centro, Bento Ferreira e Fradinhos. Antes de partir para São Paulo, em 2012, viveu por um ano nos Estados Unidos. “Foi um ano inteiro de escola, onde tive muitas aulas diferentes e estudei um pouquinho de música também. Aprendi a falar inglês e fiquei fluente no final”, conta.

Sua estreia na televisão não foi no “Fábrica de Estrelas”. Antes de ir para os EUA, resolveu mandar, de brincadeira, um vídeo para o “Programa Raul Gil” (SBT). “Eu tinha 16 anos. Foi um tiro no escuro. Quando mandei, ninguém sabia. Só avisei minha família quando me chamaram para participar do programa”, lembra. Ainda sob o nome Rafa Monjardim, escolheu a música “Can’t Be Tamed”, da cantora Miley Cyrus. Saiu-se tão bem que fez uma segunda participação, com a música “Catch Me”, de Demi Lovato. Foi quando a vontade de ser cantora aumentou.

Em seu último mês nos Estados Unidos, viu uma foto de Rick Bonadio e traçou seu destino. “ Não sei o que me deu. Mostrei a foto dele para a família com a qual morava e falei: ‘olha, está vendo esse cara aqui? Um dia vou trabalhar com ele. Vou pegar no pé dele até ele trabalhar comigo.’ Fui determinada”, revela.

Quando Ani voltou ao Brasil, a mãe deu um ultimato e disse que a filha tinha seis meses para decidir o que faria da vida. “Fiz minha malinha e vazei para São Paulo, sem dinheiro nem nada. Minha mãe só pagou a passagem. Fiquei em albergue e logo estava na frente do estúdo do Bonadio. Fiquei três horas em pé, mandei uma mensagem no Facebook e disse que ficaria lá até conhecê-lo”, diz. O produtor disse para Ani que tinha o projeto de um programa de TV, e pediu para a jovem esperar. “Aí, voltei para casa. Quando abriram as inscrições, estava trabalhando em um hotel na Praia de Camburi. Saí, peguei meu salário e me joguei no programa”, conta.

Amor pela música

Filha de Carlos e Dona Beth, Ani sempre gostou de cantar. Porém, por timidez, não arriscava algo em público. Aos 12 anos, fez dança de salão e pediu um violão de presente. “Comecei a tocar e fui aprendendo na internet. Mas nunca pensei que ia trabalhar com isso.”

Eclética, cresceu ouvindo os mais variados tipos de música. “Minha mãe é 40 anos mais velha, então cresci indo a serestas, ouvindo coisas antigas. Roberto Carlos, Alcione... tudo isso me influenciou. E, mais atualmente, Ana Carolina”, lista Ani, que na adolescência acrescentou aos seus artistas favoritos nomes como Miley Cyrus, Pink, Bruno Mars e Gavin DeGraw. “Assistia muito a ‘Hannah Montana’. Agora, posso dizer que Pink é a minha maior referência. Adoro sua personalidade, atitude, o modo como ela transmite o que pensa.”

No início do reality show “Fábrica de Estrelas”, Any conta que teve dificuldades. Mas, batalhadora como é, tirou de letra. “Nunca tive aula de canto, nunca trabalhei com música. Pensava: ‘quem sou eu?’. Então comecei a fazer aula, a dançar, emagreci. Foram seis meses de ralação e de preparação, de foco no trabalho”, diz. O segredo foi se manter relaxada, para evitar decepções. “Se eu não passasse, voltaria para casa e tentaria de novo. Queria me convencer que tinha dado o meu melhor.”

Com o disco das Girls já gravado – sai em setembro –, Ani divide seu tempo entre os compromissos de popstar e a saudade de casa. “Meus colegas, meu melhor amigo e minha prima fazem muita falta. Minha mãe, a comidinha dela, a Maristela que fazia minha unha... Mas continuo a mesma Ani, que vai de pijama e pantufa à padaria, que vai à boate, que dança forró, que dorme no canto enquanto todo mundo está na festa...”, declara a nova estrela.