thamiresferreira
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1 de novembro de 2011 às 13:45 12 views

Queria alcançar o céu, e só por ter esse desejo em mente, já se acalmava e conseguia sorrir, imaginando-se lá. Aliás, imaginar era uma das coisas que ela mais adorava fazer. Imaginar o inalcançável, que sonhando, podia ser capaz de chegar lá.
E muitas coisas ela nem esperava que se tornassem reais, sabendo que aquilo existia de alguma forma dentro de sua mente, já lhe faziam sentir-se completa, e eram esses os instantes em que sentia-se bem, entre os tantos outros que lhe atordoavam e embrulhavam o estômago.
Essa era a menina, que sabia muito bem em qual dos mundos queria viver, mas como não tinha essa opção, já que sabia que quem comandava era o mundo real, costumava se rebelar contra ele, de teimosa que era, e gozava da felicidade de ter seu próprio mundo, perdido entre sonhos.
Era uma luta constante contra tudo e todos que por aqui queriam lhe impedir de sonhar o impossível. Uma luta contra sua vida real.
Não desejava coisas possíveis, mas de certa forma não era isso que a frustrava, se dava muito bem com seus sonhos mirabolantes. Seu problema na verdade sempre foi fazer os planos se tornarem atos, os planos do mundo real, como costumava chamá-los. E tudo que tinha a ver com a realidade, ela costumava tratar de forma totalmente pejorativa e hostil, sem nem ao menos disfarçar ou fingir que lhe faziam bem.
Tinha a estúpida mania de querer ser várias e estar em mais de um lugar ao mesmo tempo. Sonhava em possuir asas e sair voando por aí, sentindo apenas o vento e o barulho da paz que aquilo lhe representava.
Talvez gastasse todas as suas fantasias nos momentos inoportunos e então ficava sem idéias quando era necessário possuí-las, para então conseguir fugir daqui.
Era uma tarde como outra qualquer, em que se viu olhando para o nada e pensando, costumava pensar excessivamente, e esse era seu mal. Pegava-se pensando em tudo, tanto na vida real, nas coisas lógicas, das quais mesmo ela sendo tão lunática tinha a péssima mania de também querer tê-las sob controle.
E quando esse controle não acontecia como havia planejado entre seus milhares de pensamentos, aí ela corria daqui, se escondia entre suas palavras, frases, tentando ocupar a mente e distrair sua cabeça, tão cansada de pensar no complicado de se achar soluções.
Sempre foi muito simples para aquela garota encontrar a saída de emergência, mesmo que essa também fosse uma mera ilusão, um dos vários oasis que sua mente projetava para suas horas vagas, ou as nem tão vagas assim.
Autor Desconhecido

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