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■ [CRÍTICA] do “Louder” pela revista brasileira QUEM ■

Louder recebeu mais uma crítica, dessa vez pela revista brasileira QUEM, confira abaixo :

Depois de anos cavando um espaço na música, após o furacão Glee, Lea Michele conseguiu, finalmente, estrear como cantora. O resultado de dois anos de trabalho é Louder, um álbum que exala a sua vulnerabilidade como artista e, que apesar de não ter muitas canções assinadas por Lea, se torna quase autobiográfico se considerado tudo que ela passou até a morte do namorado, Cory Monteith.

A maioria do disco, de acordo com Lea, foi gravada antes da fatalidade, mas as músicas incluídas depois do ocorrido deram um toque necessário para a o catálogo da cantora. EmLouder, ela não tenta ser o que não é, e essa falta de pretensão torna a sonoridade do disco mais simples e, às vezes, até repetitiva.

As letras abordam o amor como o tema central e passam por todas as vertentes de um relacionamento. Por este motivo, ela pode atrair mais curiosos, afinal, é difícil não sentir empatia por toda a sua história.

Com músicas mais lentas e melancólicas, o disco até tem canções mais comerciais e feitas para pistas como a faixa-título Louder, Don’t Let Go e On My Way, mas até as mais dançantes não deixam de tocar em assuntos como insegurança. Para quem conhece a caminhada de Lea, fica quase impossível não ouvir o disco como se ele fosse um livro ou um filme romântico, mas com final trágico.

Cada faixa representa uma fase. You’re Mine, por exemplo, fala de quando duas pessoas se descobrem apaixonadas. “Você é meu para a vida inteira”, Lea canta com força, hiperbolizando cada sentimento, coisa que, aliás, ela faz repetidamente, deixando o seu lado atriz tomar conta, por vezes, da sua interpretação musical.

Em entrevista para a mídia internacional, Lea revelou que enquanto Cory era vivo, ela tentava ajudá-lo contra os “seus demônios”. A faixa Louder fala exatamente desse assunto. “Eu quero ouvir a sua voz, não tenha medo. Por que você não grita mais alto?”. Um pedido para que uma pessoa cheia de inseguranças abra o caminho para ser amparada.

Outro fator importante para Lea era ter a sua voz em primeiro plano, sem que fosse ofuscada pela produção. Para isso, ela recrutou Sia, famosa por conseguir extrair as melhores performances vocais de cantoras como Christina Aguilera, Rihanna e até Britney Spears. A parceria faz todo o sentido e resultou em canções melodicamente lindas e cheias de potenciais como Battlefield e a já citada You’re Mine.

Além dessas, Lea Michele teve a oportunidade de gravar mais duas músicas após a morte do namorado: Cannonball e If You Say So. Enquanto a primeira aborda a superação após uma perda, a outra, que conta com a cantora como uma das compositoras e fecha o álbum, fala do luto. “Faz sete dias que estou sem o seu abraço. Quero ver o seu rosto. Tenho algumas coisas a dizer”, canta, transparecendo toda a sua dor e vulnerabilidade.

Cannonball:

Produzida pelo duo Stargate e co-escrita por Sia, mesmo time por trás de Diamonds, de Rihanna, o primeiro single extraído de Louder é quase um hino pop de superação. Uma das últimas a ser incluída no álbum, Cannonball relata o momento em que Lea percebeu que não podia deixar a depressão tomar conta de sua vida.

On My Way:

A segunda faixa é direcionada para as pistas de dança. A canção fala sobre ficar com alguém que não é certo para você. Aqui, ela usa metáforas como “meu coração está muito bêbado para dirigir” para abordar a falta de razão e o sentimento de se levar por uma noite.

Burn With You:

Em entrevista a Teen Vogue, Lea contou que Burn With You era a canção favorita de Cory. Cheia de drama, a faixa começa tranquila até o refrão poderoso que traz Lea cantando: “eu não quero ir para o céu se você for para o inferno. Eu vou queimar com você”.

Battlefield:

Mais uma balada, mas dessa vez, a letra aborda um tema mais duro como ter que partir o coração de alguém. Em Battlefield, Lea fala sobre aquele relacionamento que se tornou em um campo de batalha. O pesar de admitir que a vida a dois não está dando certo e ter de deixar o outro partir é sentido na voz da cantora. “Parecíamos uma ótima ideia”, canta, de forma vulnerável.

You’re Mine:

Outra composição de Sia e produção de Chris Braide, You’re Mine faz Lea voltar à época em que participava de musicais da Broadway. Com instrumentos produzidos para lembrar espetáculos orquestrais, a canção usa, sem forçar, 100% da potência vocal da cantora.

Thousand Needles:

Lea Michele deixa todo o seu sofrimento sair em Thousand Neddles ao cantar sobre a dor perder um amor. Com produção minimalista, a voz da cantora é novamente o centro da atenção enquanto ela diz que ver alguém te deixar é como ter mil agulhas no coração.

Louder:

Com estrutura parecida com Titanium, hit de David Guetta, essa seria uma das escolhas certas como single se o interesse for comercial. Em Louder, Lea canta sob os riffs de uma guitarra até chegar ao clímax no refrão. A letra também aborda a superação de obstáculos, mas, ao invés de ser autobiográfica, funciona mais como uma palavra de apoio.

Cue The Rain:

Como na maioria dos discos, Louder tem alguns pontos fracos e Cue The Rain é um deles. A canção, que é uma das duas composições de Lea, repete temas já abordados nas canções acima e não traz novidades para a compilação.

Don’t Let Go:

Don’t Let Go entra na lista de faixas dançantes de Louder. O fato curioso fica por conta da semelhança com músicas de Demi Lovato. A faixa poderia fazer parte do Demi, o mais recente álbum da estrela da Disney.

Empty Handed:

Destaque do álbum, Empty Handed tem tantas semelhanças com o som da banda britânica Coldplay, mais precisamente com a canção Yellow, do álbum Parachute. Desde a evolução até a composição. A faixa que foi escrita por Christina Perri é de uma sensibilidade extrema e cheia de potencial. “Se eu deixar você entrar na minha vida, você vai me mostrar o que é o amor?”.

If You Say So:

A música mais vulnerável de Louder. Após a morte de Cory, Lea teve a oportunidade de escrever a canção ao lado de Sia, o que resultou em If You Say So, que fala de luto, dor e o choque de receber uma notícia como essa. “Eu não consigo fugir dessa dor que está em mim. Como você pode me deixar assim?”, canta sem se preocupar com a voz, por vezes, falhada.