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× Tatá Werneck: "Sempre me dizem que sou mais bonita pessoalmente"

Tatá Werneck chama atenção no Terraço Itália, região central de São Paulo, onde as fotos desta reportagem foram feitas, com a vista do alto da cidade. Assim que chega, recebe elogios de que é mais bonita pessoalmente. “Sempre me dizem isso”, afirma, aos risos. Pequena na altura – ela tem 1,52 metro –, a atriz se tornou uma gigante da TV. Desde Valdirene, a periguete de coração mole da novela Amor à Vida (2013), ganhou um fã-clube enorme e milhões de seguidores em redes sociais. Seu jeito brincalhão, o talento de comediante e as piadas – até com ela mesma – conquistaram o coração do Brasil. “Essa zoação que faço comigo aproxima as pessoas de uma maneira legal”, aposta. E agora, aos 31 anos, Tatá ganha sua primeira protagonista, ao lado da amiga Bruna Marquezine: a Danda, de I Love Paraisópolis, nova novela das 7 da TV Globo. A trama se passa na capital paulista, cidade que adotou a carioca, que por sua vez se encontrou na rotina frenética cosmopolita. “Todo mundo imagina que sou paulista. Me apaixonei por São Paulo”, conta ela, que morou na cidade entre 2010 e 2013 e então voltou ao Rio, onde grava nos estúdios da emissora carioca. Na entrevista, Tatá garante não se lembrar de que é famosa, enumera os trabalhos paralelos que já fez para se manter como atriz e diz que não ficaria com um homem sem senso de humor.

QUEM: Você está entre as figuras mais famosas do Brasil...
Tatá Werneck: Menino! Não fala isso! Me dá até tremelique...

QUEM: Você não tem essa percepção? Tem quase 5 milhões de seguidores numa única rede social...
TW: Eu não percebo isso. Eu sempre acreditei muito que um dia ia conseguir viver da minha arte e sustentar minha família com o dinheiro do meu trabalho. Mas eu não imaginava todo esse retorno. Eu nunca imaginei que isso tudo ia acontecer!

QUEM: Já teve que fazer outras coisas para se sustentar?
TW: Muita coisa! Já fiz artesanato, em festa infantil fui a “Tia Pipoca”... Desde que entrei no teatro, aos 9 anos, não parei mais de trabalhar. Aos 18, eu cheguei a um acordo com meus pais de que era importante que eu me sustentasse, então fui fazendo essas coisas todas para manter meu sonho de ser atriz. Eu vendia maquiagem de porta em porta e dava aula de automaquiagem. Na época, fiz trabalhos ótimos em hospitais, por exemplo, com mulheres que estavam passando por algum problema e tinham a autoestima baixa por isso. Eu ensinava maquiagem e elas se sentiam mais bonitas. Eu era a pior vendedora do mundo, mas eu amava! Para uma mulher, a autoestima baixa é algo muito difícil, sabe?

QUEM: E hoje você faz até comerciais.
TW: Eu sonhava em fazer campanha de cabelo! Eu sempre via aquele padrão de mulheres saindo do mar, impecáveis. Achava aquilo o máximo... E eu fiz (uma campanha de cabelos)! Realizei sonhos que jamais imaginaria que fossem acontecer. Eu cantei com o Roberto Carlos! Eu nunca pude nem sonhar com isso... Essa coisa de ser famosa nunca passou pela minha cabeça.

QUEM: Mas você percebe o assédio nas ruas, certo?
TW: Às vezes, se alguém me olha, eu penso se estão me dando mole, se é um assalto ou se é um primo de Macaé! E como sempre fui essa pessoa que fala com Deus e o mundo, isso é algo natural. Só aumentou o número de pessoas com as quais eu falo (risos).

QUEM: E você consegue ir ao supermercado?
TW: Eu adoro! Acho o máximo. Sempre que posso, vou. E a relação das pessoas comigo é de intimidade, carinho, como se eu fosse uma velha amiga. Às vezes, me pegam no colo, me tiram do chão. Contam coisas, perguntam, sabem de mim. Eu nunca deixaria de fazer um supermercado na vida.

QUEM: Você emagreceu bastante...
TW: Você notou? Durante Amor à Vida, eu ganhei sete quilos. Na época, eu pretendia ser vegana – mas comia peixe. E eu acabava abusando durante as gravações, já que a Valdirene estava sempre mastigando, então engordei muito. Como minha mãe e minha avó têm doença celíaca e na casa delas não entra glúten, quando acabou a novela acabei incorporando isso também e retomei minha alimentação.

QUEM: Tem facilidade para emagrecer?
TW: Para emagrecer e para engordar! Meu corpo é meio sanfona. Emagreço e engordo muito rápido. Hoje, você disse que estou magrinha. Mas é capaz de você me encontrar amanhã e falar: “Você engordou um pouco, Tatá” (risos).

QUEM: A idade a preocupa?
TW: Não. Se você me perguntar quantos anos eu tenho, é capaz de eu responder 22. Eu me sinto com 22. Aí, lembro que se passaram mais 10. E, muitas vezes, faço coisas de 12. Agora, na novela, a Danda tem 23 anos. Eu tenho 31. E estou ao lado da Bruna, que tem 19. Vejo as cenas e acho que a personagem parece mais nova, pois tem a ver com a energia que eu coloco ali.

QUEM: É feliz com seu corpo?
TW: Eu tenho uma relação muito boa e amo meu corpo como instrumento de trabalho. Não tenho problemas em fazer coisas muito bizarras, que talvez outras mulheres não topassem na TV. Eu fiz uma personagem, uma taxista no Vai que Cola, e transformei este corpo em uma forma muito estranha: barriga para fora, bunda para dentro... Era horrível! Sou muito grata por ele me permitir tudo isso. Agora, como mulher, são raras as que conheço que estão plenamente satisfeitas com o delas. Então, eu posso dizer que amo o meu. Estou muito satisfeita com meu corpo. Mas eu poderia malhar? Poderia (risos).