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13 de junho de 2019 às 20:48 5 views

Torres del Paine - parte 2

 

A gente come uma coisa, e depois tomo um banho e me instalo. De noite uma supresa, o Patrick preparou uma costela de porco na brasa, que puta que pariu… muiiiiiitoooo boaaaa!

A gente bate um papo ainda e depois vou para o meu quarto para dormir. No dia seguinte o tempo amanhece meio sol, meio nublado. Eu decido subir o Ferrier, perto do Glacial Grey, no meio do caminho um arco-iris, porque o tempo abre e fecha o tempo inteiro. Mas quando estou subindo o vento começa a soprar. A caminhada leva umas 4 horas no total. Ainda aguento umas 10 minutos no topo, porque o vento está bastante forte e gelado. Mas o cenário com as nuvens dá um ar de dramático.

 

No final da tarde eu volto para a Lodge e tomo um banho e claro, um vinho, enquanto a janta não está pronta. Hoje tem arroz, carne e salada, fiquei mal acostumado por ontem, mas a Cecilia cozinha muito bem. De dia comi uma maça e umas frutas secas.

 

De noite chegam o Santi e seu pai, o Santiago que são os sócios de Patrick e vão ter uma reunião para discutir as coisas no domingo. Enquanto eles se reúnem eu vou na parte mais distante do Park, na Laguna Azul, ida e volta devem ser umas 140 quilometros, por aí podem ter uma idéia da extensão do parque. O tempo está mais ou menos, um pouco de neve, um pouco de chuva, e depois alguns raios de sol. Mas a cordileira está praticamente o tempo inteiro nas nuvens. Dessa vez ainda não vi muita coisa do principal charme do parque, que é justamente a formação da cordileira de Torres del Paine. Eu caminho ao lado da Laguna azul, é bastante frio e tem muito vento. Infelizmente não tem como ver as Torres, que estão nas nuvens. Não lembro se eu já falei que nessa aréa tem bastante Pumas, embora não se tem conhecimento de ataques, andando sozinho certamente estou mais exposto do que quando o parque está cheio no verão. Do outro lado, os Pumas, que podem até caminhar 90 Km num único dia, não são muito perturbados na sua caça. De qualquer maneira sempre caminho com um pedaço de madeira. Mal não pode fazer. Na volta eu vejo umas pegadas bem frescas de Puma. Dizer que estou 100% confortável, seria uma mentira, mas medo também não chego a ter.

 

O caminho de volta é longo e eu chega no escuro já. No caminho de volta um monte de coelhos cruzam a pista, tem que tomar cuidado para não atropelar nenhum. Após a janta, começa a nevar, a primeira neve do ano no vilarejo. Amanhã deve amanhecer branquinho. Quando eu acordo, eu vejo que caiu muita pouca neve, algumas horas depois, ela já deve ter desaparecida. Eu tomo meu café da manhã e decido voltar para o parque. O tempo não ajuda muito, até agora a cordileira não se mostrou e está soprando um vento muito forte. Não quero ir para muito longe, talvez uma caminhada no Salto grande. Quando eu chego lá portanto, o vento ainda aumenta. Eu saio do carro e ando uns 20 metros e decido voltar. Não vai ter como. Aquela area tem ventos muito fortes e tem uma placa que indica a escala de perigo. A maior parte das mortes que ocorrem no Parque são por conta dos ventos que podem chegar a 120-140 km. O problema é que vem em rajadas, que te atira facilmente no chão. Na última temporada um cara morreu, porque caminhou com as mãos no bolso e saiu rolando até bater com a cabeça numa pedra. Não da para subestimar os perigos. Eu paro um pouco mais na frente para comer alguma coisa, mas eu tenho que sair do lugar, porque o vento desloca o retrovisor, por aí podem ter idéia da força dele.

 

Não faz muito sentido continuar e eu volto cedo. Além da chuva, o vento não deixa fazer nada. Assim tomo meu banho mais cedo e fico batendo papo com a Karina, a Cecilia e o Patrick. Após o jantar a gente joga cartas até quase meia noite. O dia amanhece todo nublado e chovendo, nem vale a pena ir até o parque. Eu combinei com Patrick para dar uma caminhada por perto da lodge, mas ele vem com uma surpresa: vamos pescar no Rio Serrano que passa do lado da Lodge. Ele tira o Jeep da garagem para irmos no lugar secreto dele. Mas a isca que ele escolheu está muito grande e a gente volta para a Lodge para trocá-las e vamos pescar perto da Lodge mesmo. Tem muitas Trutas aqui no Rio, tem uma época, onde há Salmão também. A gente vai caminhando na chuva, que esteve fraquinha, mas aos poucos começa a apertar e molha a minha luva, além do resto da roupa. A gente vai avançando e de repente o Patrick pega a primeira Truta. A minha linha não é de Nylon e por isso não consigo arremessar a isca suficiente longe. Como o frio está intenso, e as mãos dos dois congelando, o Patrick me passa a sua vara e gente vai revezando. Ele pega mais uma e eu até agora somente uma tentativa, mas o peixe se soltou. Mas finalmente chegou a minha vez: mas infelizmente é uma fémea que está cheia de ovos, a gente decide então jogar ela de volta. Mas na volta a minha mão descongelou um pouco e eu tento mais uma vez. Oba! Eu pego mais uma, e dessa vez é um macho. Essas 3 trutas dão um belo jantar para as 4 pessoas, cada uma deve medir uns 40 centimetros. 

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