rolfmuller

11 de setembro de 2018 às 21:29 4 views

Bariloche



Bariloche Setembro 2018 – parte 1

 

Quando a modelo da Soulier comunica que vai ficar uma semana com a família, era a deixa que eu precisava. Viajar! Mas para onde? Eu começo a pesquisar e logo de cara eu vejo que Bariloche está bastante em conta. Pelo que já conheço do turismo, deve ser uma época boa. Ainda dever ter neve, mas não tanto, ou seja, não vai estar muito cheio e as paisagens devem ser muito especiais.

Os vôos baratos tem horário inconvenientes: sai as 23:00, chegando em Buenos Aires as 2:00 e lá eu preciso trocar de aeroporto, de taxi leva uns 40 minutos. A conexão sai as 6:45, ou seja, vou ter mofar com sono no aeroporto. Claro que tem bancos e tal para dormir, mas e o medo de perder o vôo? Eu chamo esses vôos de “Silvia”, homenageando amiga minha sambista que adora a madruga, já eu sou totalmente do dia. Esses vôos são mortais para mim, a madrugada tem me cansado muito.

 

Quando eu chego, eu logo aproveito para trocar um dinheiro. Nossa, como sempre, uma fila enorme e isso porque é de madrugada, imagina de dia com o aeroporto cheio? O Real está valendo 8, o dólar 36 e o Euro 43, uma boa época para turismo, o peso está muito desvalorizado, o taxi normalmente daria uns 40-50 dolares, está dando 30. O motorista é muito gente boa e a gente conversa sobre a economia local que segundo vai de mal a pior. O governo do Macri tirou os subsídios da energia, ele me diz que pagava 200 pesos na conta, hoje 3000. A gasolina aqui também aumentou em torno de 40 %.

 

Por isso que eu falo que esquerda e direita é tudo a mesma bosta e que democracia indireta é tudo menos democracia! Um aumento de energia desse é mortal para a indústria de um país. O que é subsídio? Imposto. Claro que a carga de imposto não diminui, já que o governo não precisa mais arcar com essas despesas, a pergunta nunca quer calar em todos os governos: para onde vai esse dinheiro?!

 

Eu chego umas 4 horas no Aeroparque, o aeorporto que tem mais vôos nacionais. Teoricamente as 6 é o embarque. Digo teoricamente porque o vôo atrasa quase 1 hora. Nossa, estou parecendo um zumbi no aeroporto, não sirvo para a madrugada. Quando finalmente sento no avião eu chapo. Mas o pescoço fica logo duro e eu acordo. Para resumir, chegamos umas 9:15 em Bariloche, eu pego um táxi e chego a tempo do café da manhã no hotel. Geralmente a entrada para o quarto é somente as 15 ou 16 horas, por isso fiz reserva desde ontem, assim pelo menos entro direto no quarto. Existem economias porcas, essa seria uma dela, é preciso ter um pouco de conforto.

 

O café da manhã é maravilhoso, eu como frutras e ovos principalmente. Depois eu vou para o quarto, alias, é um chalé que fica a uns 150 metros da recepção. O Wifi funciona, então maravilha. Depois de dormir umas 2 horas eu decido seguir a dica de um cara e subir o Cerro Campanario, uma subida de umas 40 minutos a pé. Eu peço um “remis”, um taxi e o motorista é muito simpático, um garotão de 25 anos, muito gente boa. Eu me deixo muito guiar pela minha intuição nessas horas, e eu lhe pergunto se tem interesse de ser meu “motorista/guia” esses dias. Estou sem saco de alugar um carro e se ele fizer um preço bacana fechou. Eu fecho com ele a volta para o hotel, ele vai me busar as 20 horas, já que o sol desde as 19:30.

 

Tem um teleférico, mas eu quero ir a pé mesmo. A vista é formidável, eu chego cedo e sento lá para tomar um cerveja. Um garoto de uns 22 anos senta perto de mim e a gente começa a conversar. Que molque maneiro, ele tem umas idéias muito na frente da idade dele e a gente bate um papo até quase o pôr do sol. As vezes quando encontro pessoas assim, a fotografia fica em segundo plano, nem sempre cruzamos o caminho com pessoas tão interessante. Ele está há pouco tempo em Bariloche e trabalha como salva vida numa piscina de um hotel. A gente se despede, muito enriquecidos, e eu vou fazer umas fotos do pôr do sol. Surgiu uma neblina somente em alguns vales, o que da um charme todo especial para as fotos.

 

continua...