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7 de junho de 2018 às 18:47 2 views

Foto: Torre de Paine, Chile



Torres del Paine – parte 8

 

Quando eu acordo, a neblina voltou, mas dessa vez com toda força, não parece que vai dar trégua hoje. Essa é a vantagem de ter 10 dias aqui. Não faz mal se o tempo não ajudar, ainda tenho bastante tempo. Não estou nem um pouco afim de sair com essas condições, a visibilidade deve ser uns 30 metros apenas. Hoje vou ficar de bobeira aqui, vou aproveitar para trabalhar no livro e ver algumas coisas na internet, que chega por antena.

E hoje eu me dou conta do mico, depois que o Santi chegou, descobri que o nome do Fabric não verdade é Patrick…rs
Estou virando mestre nisso, outro dia num cliente chamei o cara do marketing de Carlos o dia inteiro, e no final do dia descobri que na verdade era Rodrigo. Mas ele não reagiu também, então culpa dividida, né?...rs

 

O Santi e o Patrick tentam arrumar o problema do congelamento enquanto eu fico sentado de frente para a lareira. Efetivamente a neblina somente começa a dissipar na hora do escurecer. A janta é deliciosa: costela de cordeiro patagônico acompanhado de vinho. Hoje a vizinha do hotel do lado nos faz companhia, não tem nenhum hóspede.

 

Quando acordo umas 7 horas, decido encarar o frio e acender a lareira que apagou. Mas eu peguei dois pedaços de madeira que não estão secos e após um início promessor se apagam. Pqp. Sair da cama quente de novo? Mas pelo menos de manhã, na hora de levantar vai estar quente.
Em torno de 9 horas escuto barulho de chuva. Hmm. Sinal de ficar mais tempo na cama. Somente saio quando a chuva está passando. Eu olho para o céu e vejo que o tempo vai abrir: maravilha!

Após o café da manhã, eu me despeço do Santi, ele está voltando para Punta Arenas. Um cara muito gente fina e muito simpático, que pena, mas ele tem família lá. Hoje eu vou até o ponto mais distante, que fica a exatamente 69 quilômetros de distância: Laguna Azul. Por isso é necessário ter gasolina extra, ida e volta 140 km, um tanque não da para nada. Ainda bem que o Santi trouxe mais 20 litros, porque o meu já está quase pela metade de novo e ainda tenho 3 dias aqui. Antes de sair faço umas fotos perto da Lodge, tem uns Flamingos no rio hoje e a cadeia de montanha tem umas nuvens interessantes.

No meio do caminho eu paro algumas vezes para fazer fotos. Um lugar fantástico é a cascata do Rio Paine. Muito lindo e fica bem de frente para as Torres. Depois eu sigo até a Laguna Azul. O nome é bem preciso, ela realmente se destaca pelo azul. Quando eu começo a caminhar já são umas 14:40, eu preciso ficar ligado no horário provavelmente não vou poder fazer o caminho todo, porque em torno de umas 17:30 tenho que estar perto da praia.

Ainda mais quando vejo umas pegadas perto do lago que definitivamente são de um Puma. Elas definitivamente são de hoje, porque em algumas partes o chão congela de noite e tem gelo e nas partes onde o solo descongelou, tem mais pegadas, ele deve ter andado pela trilha. Na África acontece direto também, que os leões andam nos caminhos; como bons felinos não curtam muito a grama molhada. Tem muita madeira seca pelo caminho e eu pego dois pedaços que se encaixam para usar como bastão para andar. Se eu tiver um encontro indesejado, certamente vai ser útil também, embora prefiro não dar de cara com o Puma.
Voltar nem pensar, o caminho é lindo demais. A paisagem deslumbrante, desse lado as Torres del Paine ficam muito diferentes e igualmente lindos, até porque o sol  bate de outro ângulo também.
No meio do caminho encontro dois guarda-parques. Aqui dizem que é mais fácil encontrar um Puma do que um guarda, ou seja, consegui uma proeza, porque já encontrei 2x guardas…rs
Ele me pergunta para onde que eu vou e eu lhe digo que somente irei caminhar mais uns 15 minutos para frente e depois voltar, pelo horário. Ele me indica que tem um mirante daqui uns 20 minutos, ótimo.
Eu consigo usar as árvores secas como moldura para a foto. Esse lugar aqui realmente foi premiado e me lembra muito da Islândia em algumas partes. No final da trilha eu tomo um chá quente (o Patrick me emprestou uma garrafa térmica) e como umas batatas. Essa é a única refeição além do café da manhã farto e a janta depois.

No caminho de volta eu vejo umas fezes de Puma. Realmente tem um na área. Ainda bem que não está interessado em mim, porque certamente já deve ter me visto. Talvez até passei perto dele, porque a grama está bem alta nessa área, o que oferece uma camuflagem perfeita para ele.

Na volta ainda paro para fazer algumas fotos. Já estou ansioso para tomar aquele banho quentinho e tomar um vinho; a fome é grande também, mas geralmente a gente janta em torno de umas 21 horas. Amanhã vamos ganhar companhia de um mexicano que vai ficar vários dias também. Ele deve chegar no final da tarde.

 



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