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13 de junho de 2017 às 08:44 6 views

Eu...



As amizades banais da internet

 

O mundo virtual em geral tem tornado as pessoas mal educadas. Ao vivo você cumprimenta antes de falar e se despede antes de sair. Virtualmente muitos se conectam e se desconectam, sem oi, sem tchau, frequentemente retirando algo que precisam para depois te deixando no vácuo. Algumas pessoas simplesmente ignoram uma mensagem que mandou inbox. Depois alegam falta de tempo e posteriormente esquecimento. Ora, se não tem tempo para responder, eu escolho não querer ter mais contato, nem virtualmente.

 

Mídias sociais como Twitter, tem tornado as pessoas superficiais; como é preciso resumir as caráteres, não tem mais como aprofundar o raciocínio.  Por conta disso muitas pessoas aparentam ter sérias dificuldades para ler e interpretar textos. É nítido que somente se interessam por “soluções prontas”. (embora a vida infelizmente não funciona assim…) Não é por falta de capacidade intelectual e sim por pura falta de treino.

 

O mundo portanto não gira mais rápido, a natureza não mudou, ela não deu saltos e nem conhece a palavra “urgência”. As plantas continuam crescendo no seu próprio ritmo. Os animais somente tem um único momento em que suas ações urgem: quando estão com fome ou ameaçadas por algum predador.

 

O tempo tampouco corre mais rápido para o ser humano. Aquilo que a maioria chama de “urgência” na realidade é ansiedade neurótica. Muitas pessoas não são mais donos do seu celular, elas se tornaram escravo dele. Ficam desesperados quanto estão sem bateria ou sem conexão. Somente desligam o celular no avião porque são obrigados. Pensa bem portanto: até hoje ninguém morreu porque não conseguiu falar contigo. Você violenta constantemente teu ritmo natural porque acha que tem que estar disponível. Sequer se permitem desfrutar seu almoço. O fluxo de informação está nos sobrecarregando. Você se torna neurôtico, ansioso e a longo prazo vai adoecer por conta disso.

 

Quantas vezes você já se sentiu desrespeitado por conta de um celular? O que pode ser mais importante do que aquela que está na sua frente? Estou falando daqueles que tem 50 mensagem “urgentes” para responder quando estão contigo. Ninguém é tão importante que não possa deixar o celular de lado por 2 horas. O mundo não acabará se fizer isso. Não sei vocês, mas eu perco totalmente o tesão de estar com uma pessoa assim. A pior solidão que se pode sentir, é aquela vivida em companhia de outra(s) pessoa(s)…

 

Ontem fiz a primeira limpeza no meu facebook, eliminando uma lista muito extensa de pessoas que nem interagem e nem apoiam meu trabalho. Tem 188 na lista de espera, que quer ser “amigo”, mas sequer me cumprimentaram ou mandaram uma mensagem. Simplesmente ignoro, porque tem uma mensagem clara sobre isso no meu perfil. Se não tem tempo para ler, eu não quero ter tempo para aceitar a tua “amizade”.

 

Estou cansado desse mundo superficial, estou na contra-mão faz tempo. Ou acrescenta alguma coisa, ou será ignorado ou descartado. Além de não ser amigo, o “voyeur” frequentemente manda energia deletéria na tua direção. Ou no seu intímo torce contra vocie ou fica contente quando vê alguma derrota tua.

 

Fora aqueles que não convivem contigo, mas acham que te conhecem. Eu tenho plena consciência de que alguns dos meus textos ou falas, passam uma idéia de dureza ou agressivida, porque não escuta a intonação da minha voz, não vê nem minha expressão facial e nem meus gestos. Já percebi várias vezes que no fundo me julgam pela interpretação equivocada, e não pelo conteúdo em si. Quando eu falo pessoalmente aquilo que eu escrevo, dificilmente se sentem “ofendidos”. Ao vivo me perguntam quando não entendem alguma coisa. Virtualmente frequentemente tiram conclusões precipitadas e definitivas. Já recebi vários retornos positivo de pessoas me dizendo algo do tipo “você ao vivo parece ser outra pessoa”.

 

Eu sou responsável pelo que eu falo e não pelo que os outros interpretam equivocadamente. E se alguém não se quiser dar o trabalho de mergulhar mais fundo para tentar entender os meus pontos de vista através de uma interação, ele está livre para me excluir. Ninguém é obrigado a nada, jamais serei unanimidade e nem pretendo ser. Eu desprezo profundamente aquelas pessoas que já não convivem comigo, mas se acham no direito de me julgar. No mínimo estão sendo injustas, porque julgam uma pessoa que já não sou mais.  Qualquer pessoa muda o tempo inteiro. O que sabe de mim se não convive mais? Você tem todo direito a rejeitar minhas idéias, jamais te concederei o direito de me julgar como pessoa! Quando você fala sobre meu valor, na verdade fala sobre o teu. E ao me diminuir você não cresceu, pelo contrário!

 

Declaro oficialmente que estou encerrando amizades virtuais banais. Se não quiser passar disso, não terá mais espaço.

 

 

 



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