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Trio dos “ex e quase NBA” compensa ausência de Leandrinho

A ausência do ala-armador do Toronto Raptors Leandrinho Barbosa na Seleção Brasileira é mais facilmente compensada que a falta dos pivôs Nenê e Anderson Varejão no garrafão, pois no perímetro, apesar de não contar com LB que foi seu cestinha nas últimas competições internacionais, o Brasil conta com melhores peças de reposição, o trio dos “quase NBA”, jogadores que tiveram passagens breves por times da poderosa liga americana: o ala do Pinheiros Marquinhos Sousa (ex-New Orleans Hornets), o ala-armador do Brasília Alex Garcia (ex-Hornets e San Antonio Spurs) e o veterano ala Marcelinho Machado, que fez testes de pré-temporada no Portland Trail Blazers no passado. No primeiro jogo da Seleção no ano, vitória tranquila na preparação para o Pré-Olímpico, 84 a 48 (41 a 21 no intervalo) sobre o Panamá na rodada de abertura do Torneio Super Four de La Guaira, na Venezuela. Destaque para os 16 pontos de Marcelinho e 14 de Marquinhos, Alex é o componente surpresa para força defensiva e quando o técnico Ruben Magnano precisar de mais cadência e ajuda na armação para Marcelinho Huertas ainda tem o armador/ala Vitor Benite no banco. Ninguém é insubstituível, Leandro, bem o sabe sua esposa atriz Samara Felippo que vem destacando sua participação na peça “Mulheres Alteradas” em substituição à bela Adriane Galisteu, ex do piloto Ayrton Senna. Nas críticas aos jogadores que pediram dispensa da Seleção, até o técnico americano Larry Brown engrossou o coro na coletiva de apresentação de sua clínica deste fim de semana em São Paulo.
A Seleção Brasileira adulta masculina derrotou o Panamá nesta sexta-feira (5 de agosto), por 84 a 48 (41 a 21 no primeiro tempo), atuando no ginásio Poliesportivo Jose Maria Vargas, na cidade de La Guaira, na Venezuela, na abertura do ‘Super 4 – Copa Israel Sarmiento’, torneio preparatório para o Pré-Olímpico de Mar del Plata, na Argentina. Os maiores pontuadores do selecionado brasileiro foram Marcelinho Machado, com 16 pontos, Marquinhos Sousa, com 14 tentos, e o ala-pivô MVP do NBB pelo bicampeão Brasília Guilherme Giovannoni, com 12 pontos.
“Foi muito bom, pois conseguimos colocar em prática tudo aquilo que vinha sendo trabalhado nos treinamentos. Este foi o nosso primeiro jogo e temos muito a evoluir, mas posso dizer que as coisas funcionaram bem, já que atuamos com bastante intensidade, independente do placar”, comenta Marcelinho Machado, cestinha do Flamengo.
Na segunda rodada, o time comandado pelo técnico Ruben Magnano encara Cuba, já neste sábado (6 de agosto), às 16h30min (de Brasília).
“Este é um torneio amistoso, mas estamos encarando com a máxima seriedade, pois queremos chegar bem preparados ao Pré-Olímpico. Cuba é um adversário que vamos encontrar em Mar del Plata, por isso, temos que encarar com seriedade e atenção”, finaliza Machado.
Após um mês de treinamentos fechados em São Paulo, no primeiro jogo preparatório para o Pré-Olímpico das Américas, os comandados de Rúben Magnano aproveitaram a fragilidade do adversário e venceram com facilidade os panamenhos. Com o armador Marcelinho Huertas poupado, o Brasil teve como destaque o ala Marcelinho Machado. Mas o veterano jogador converteu apenas três dos 11 chutes de três que arriscou.
O flamenguista é a opção natural para substituir Leandrinho nas bolas de 3 pontos e quando a Seleção precisar de um maior potencial ofensivo nos arremessos de fora, sendo que quando está na posição 2 é bem complementado quando a posição 3 é ocupada por um ala bom de ataque e bm alto (2,07m) como Marquinhos, cestinha do Pinheiros, embora com essa dupla no perímetro o setor defensivo fique prejudicado. Para um melhor equilíbrio defensivo no início dos jogos, uma melhor opção na minha opinião continua sendo o ala-armador do Brasília Alex Garcia, atleta de maior explosão física, garra de marcação e também dono de uma capacidade pontuadora razoável. Todos os três têm grande experiência internacional e passagens por franquias da NBA. E para auxiliar Marcelinho Huertas na armação quando Magnano preferir utilizar uma formação com dois armadores mais de passe e manejo de bola, as opções do banco são Vitor Benite e Nezinho, no meu entender Raulzinho e Rafael Luz são jovens demais para essa responsabilidade e precisam ser utilizados com parcimônia, para ganharem experiência, provavelmente um deles acabará cortado do grupo final. No garrafão, Tiago Splitter (San Antonio Spurs) e Guilherme (Brasília) devem ser os titulares, e disputam posição no banco os hispano-brasucas Rafael Hettsheimeir, Paulão Prestes, Augusto Lima e Caio Torres (contratado pelo Flamengo), um deles provavelmente será cortado também.
Reproduzimos agora a matéria publicada no site UOL Esporte sobre as críticas do técnico americano Larry Brown sobre a Seleção:
Lenda do basquete norte-americano, Larry Brown está no Brasil para ministrar uma clínica voltada a técnicos do país. Integrante do Hall da Fama e único treinador a conquistar títulos na NBA e na NCAA, o norte-americano defendeu a importância das seleções nacionais e criticou os pedidos de dispensa dos brasileiros que atuam na liga profissional dos Estados Unidos.
“É um grande erro os brasileiros da NBA não quererem jogar pela seleção nacional. Não sei por que isto acontece, eles devem ter suas próprias razões. Mas se você tem orgulho de seu país e quer ajudar a desenvolver o basquete, os melhores atletas precisam jogar [na seleção]”, disse Brown. “Estive na França dois anos atrás e vi o quanto os jogadores de lá querem estar com a seleção. O Dirk Nowitzki quer jogar pela Alemanha no campeonato europeu”.
Mais que os resultados da seleção principal, Larry Brown ressalta a importância que os melhores atletas do país têm para o desenvolvimento do basquete junto aos jovens. Para o norte-americano, é essencial que os brasileiros que atuam na NBA passem a valorizar mais a seleção nacional, servindo de exemplo às futuras gerações.
“As crianças vão crescer, querer jogar basquete e ver o quanto é importante representar seu país. Desperta o desejo de evoluir e continuar jogando. Eles veem Spliter jogando, Leandrinho jogando, mas precisam ver todos jogando. Defender a seleção de seu país precisa ser a coisa mais importante, acima da NBA”, comentou o treinador.
Larry Brown também sofreu com problemas de dispensas. Técnico da seleção dos Estados Unidos nas Olimpíadas de Atenas-2004, viu nove dos 11 convocados inicialmente pedirem para não defender o time nacional, que amargou sua primeira derrota olímpica com atletas profissionais e obteve apenas a medalha de bronze.
“Anos atrás, se você perguntasse para um jogador de fora dos Estados Unidos se ele preferia conquistar um título da NBA ou uma medalha olímpica, todos diriam ‘medalha olímpica’. Em meu país, o título da NBA viria primeiro. Isto começou a mudar. Dirk Nowitzki, por exemplo, deve preferir uma medalha olímpica ao título da NBA. As crianças da França também preferem a medalha olímpica”, afirmou o técnico.
Brown também falou sobre o comando de Ruben Magnano à frente da seleção brasileira. O treinador fez questão de elogiar o colega argentino, campeão olímpico em 2004, mas afirmou que os técnicos brasileiros têm razão por se sentirem incomodados com um estrangeiro na direção do time nacional.
“O Brasil tem um grande técnico atualmente, já joguei contra ele algumas vezes. É um treinador fenomenal. Está fazendo um trabalho incrível, mas pessoalmente acharia estranho ter um técnico estrangeiro na seleção dos Estados Unidos. Me sentiria desconfortável com isto, o que não ocorreria se ele fosse apenas um consultor”, disse o norte-americano. “É uma coisa boa ter um técnico local, que está familiarizado com os jogadores desde que são muito jovens e estão em desenvolvimento”.
“Fui convidado para ser treinador da França, mas aceitei ser apenas um consultor, um conselheiro. Achei importante ter um francês como treinador principal e que eu o ajudasse no que fosse necessário”, afirmou Brown, que defendeu um maior intercâmbio internacional entre técnicos. “É importante que os técnicos brasileiros ou norte-americanos viajem a outros países para aprender, porque as pessoas jogam com estilos diferentes ao redor do mundo”.