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1 de novembro de 2010 às 14:56 9 views

Com suas letras, os cenários harmoniosos e as paixões adolescentes eram recorrentes no canto daqueles novos artistas. As situações cotidianas representadas por meio dessas canções eram geralmente dotadas de um clima descontraído e por situações de natureza cômica. A euforia de um beijo roubado, o passeio de carro pela cidade ou a ida ao cinema se tornavam pano de fundo de situações ficcionais que povoavam o imaginário dos fãs daqueles jovens ídolos. Muitos de nós não tivemos o prazer de acompanhar essa época, porém, essa semana iremos nos dedicar a trazer um pouco dela pra cada um que se interessar, aproveitem!

Especial Cultural Jovem Guarda:
| O começo | Jove Guarda Mirim | Sucesso de Arromba | Mpb e a Jovem Guarda | Outros Sons |

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Em meados dos anos 1960, um "movimento" explodiu no Brasil, mobilizando a juventude nacional como jamais ocorrera na história cultural do país. Projetado por uma empresa de publicidade, o programa Jovem Guarda, ironicamente, surgiu como uma alternativa para ocupar a grade de programação da TV Record no lugar da transmissão dos jogos do Campeonato Paulista de futebol, que havia sido proibida. Também fruto da circunstância, o programa acabou sendo apresentado por uma trinca de amigos, com uma menina descolada, ideia perfeita para a época, e diferente do plano original – e tradicional –, de apresentar a dupla Roberto & Celly Campello (a cantora não aceitou a proposta). Era ainda para ser chamado de Festa de Arromba, na carona do hit de Erasmo Carlos, mas os próprios músicos advertiram que a passagem do sucesso enfraqueceria seu nome.

Com sua aparente ingenuidade política, a jovem guarda provocou incompreensível reação dos expoentes da tradicional MPB e da intelectualidade oficial, que declararam guerra "ao iê-iê-iê de Roberto Carlos e seu programa Jovem Guarda". Num dos maiores micos da história da música brasileira, um grupo de artistas foi às ruas em manifestação que ficou conhecida como "a passeata contra as guitarras elétricas". No entanto, distante do surto de nacionalismo equivocado, Maria Bethânia tratou de acordar seu irmão para o poder daquela nova linguagem musical. "Largue esse violão e cante com uma guitarra. O violão é muito pouco para você! Escolha um instrumento que tenha o mesmo grito, que tenha o seu gesto", disse ela a Caetano Veloso.

Além do conflito com a MPB tradicional, as relações da jovem guarda com o rock vigente naquele momento não era das melhores, com uma nítida separação entre os dois movimentos. Os roqueiros mais tradicionais, fiéis aos padrões externos em voga, principalmente americanos, recusavam-se a aceitar a linguagem da jovem guarda, classificada por eles como "brega". Essa falsa dicotomia foi rompida pelo tropicalismo, que passou a incorporar em seu repertório canções de Roberto Carlos e de outros autores, de que são exemplo os primeiros discos de Gal Costa. Nos anos 1970, o grupo A Bolha chegou a gravar um LP sob o título de É Proibido Fumar e, nos anos 1980 e 1990, o gênero foi sendo gradativamente incorporado pelas novas gerações roqueiras. Atualmente, não apenas Roberto Carlos, mas a jovem guarda e a maioria de seus artistas compõem o universo de referências e influências das novas gerações do rock nacional.
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