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Robert fala com a revista Fortune sobre seus projetos pessoais e novas ideias.

Robert Downey Jr. se tornou um dos mais poderosos contribuidores de Hollywood. Mas o ator, de 48 anos, admite que não faz muito o tipo “internauta”. “Eu penso nas pessoas, e eu tenho conversas com elas na minha cabeça,” ele diz. “Mas eu tendo a não ingressar no assunto.” Em uma entrevista sobre sua carreira e sobre o futuro da industria do cinema, o ator que interpreta o Homem de Ferro e Sherlock Holmes fala ao Fortune sobre suas discussões da vida real, que influenciaram seu pensamento sobre tecnologia, negócios e entretenimento. Partes editadas da entrevista vão aparecer na edição de 13 de janeiro da revista Fortune, que é uma parte mais longa dos Q&A que você confere a seguir.



Entrevistador: Essa não é a primeira vez que sua imagem aparece na capa de uma revista de negócios. O rosto de Tony Stark agraciou a capa de alguns outros títulos.



Robert: Sim! Eu queria completar o circulo.



Elon Musk vem sendo comparado a Tony Stark e parte de Homem de Ferro 2 foi filmado em uma instalação SpaceX. Vocês já se encontraram?



O gênese disso volta para a pré-produção de Homem de Ferro, quando o SpaceX estava em uma menor instalação e Elon Musk não era um nome muito familar. Como parte da minha pesquisa, eu queria entrevistar duas pessoas: John Underkoffler (o cientista chef na companhia de interface computadorizada, Oblong) e Elon. Eu achei muito interessante que ele tinha literalmente se decidido em se tornar um cientista espacial. E mesmo que as semelhanças tenham meio que acabado em uma determinada – o que você diria? – incrível agência autônoma, que você sabe, eu acho que Elon realmente encorpora o assunto. Eu estava procurando em Underkoffler tecnologia de primeira linha. Você se lembra em Minority Report, o personagem está usando aquelas luvas e se movendo entre as telas? Ele e sua empresa construíram isso em uma realidade, então eu estava tomando algumas dicas com ele: se Tony desenvolveu seu próprio software e seus próprios programas e a maquinaria para operá-los, que tipo de linguagem ele iria produzir para manipular seu ambiente? E ao longo de todos os filmes, essa tem sido uma parte de Tony como qualquer outra coisa.

O espírito de Elon foi muito inspirador para mim por que Tony vai de fazer uma coisa tão bem e com tanto sucesso, para fazer algo muito mais arriscado e bem mais abrangente. E, então, no segundo Homem de Ferro, Tony Stark tem uma conversa com Elon Musk sobre fazer um projeto juntos. Acho que são jatos elétricos se não me engano.



Tiveram outros líderes de comércio ou pessoas poderosas que inspiraram sua performance?



Tem um pouco de Howard Hughes lá. Mas nesse personagem, nessa franquia em potencial, eu vi uma oportunidade de sucesso enorme pra mim mesmo. O que me foi requirido era me pôr em uma linha um pouco diferente da qual eu tinha antes imaginado, pensar que eu estava sendo visto um pouco mais arrojado, mais masculino. Essencialmente, você aspira uma personalidade que te põe em uma luz diferente, que você pode arriscar mais oportunidades.



Isso te deu uma capacitação maior?



Claro. A graça era algo que pelo meu próprio poder, meu próprio espírito, pelo meu próprio trabalho ou até mesmo sorte, eu não poderia alcançar. Isso pra mim está meio que no coração da fortuna.

Porque existem muitos tipos de fortuna. Tem a fortuna que é previsível, e então tem as pessoas que gostam de dizer que não tem precedentes. Mas toda fortuna, todo grande negócio, todo grande movimento, seja político, industrial ou artístico não tem precedentes antes que se torne a norma.

Então, sabe, é muito interessante também. E eu tenho alguns momentos onde eu estudo o ponto de vista menos-ocidental desse tipo de coisa, e eu sempre acho que isso é uma espécia de, você sabe, “o caminho é o caminho é o caminho”

Uma coisa é você participar de um grande hit, outra coisa é você repetí-lo, porém em uma outra esfera. Eu tive muita sorte entre as pessoas que estavam ao meu redor. Quando Jon Fraveau e Kevin Feige lançaram Homem de Ferro, foi essa coisa nova que tinha apenas o dinheiro suficiente pra tentar competir com o que os outros estúdios vem fazendo muito bem por anos, nossa pele estava nisso, e se nós falhássemos, ninguém se surpreenderia. Então a gente se sentiu como crianças no colegial que pensam, ‘vamos ver se conseguimos fazer essa engrenagem e fazê-lo voar.’ Não muito depois disso, eu tive a sorte de trabalhar com a minha sofredora esposa, Guy Ritchie e Joel Siver em Sherlock Holmes e reinterpretar esse super herói original, do qual super poder é seu próprio cérebro, e isso acabou muito bem, também.

Então, uma vez que você reproduz algo, o ônus está lá, e então você quer voltar e fazer o tipo de engenharia reversa e dizer “O que teve em comum com os processos em ambos os projetos?” E o engraçado, hilariante – e humilhante – é que você sabe quando está nisso, mas é incrivelmente indescritível.



Em 2004 você lançou seu álbum, The Futurist. Qual foi sua inspiração?



Eu tive algum tempo livre, eu não estava trabalhando muito na minha profissão escolhida. Um aspecto de fortuna é que quando está chovendo você tem que trabalhar dentro do celeiro, sabe?

E tem algo que eu venho notando em toda pessoa que eu conheço, seja homem ou mulher, eles todos são sempre multifacetados. E eu acho que um certo tipo de distimia, depressão existencial, se encaixa em todos e cada um de nós, quando nós não estamos fazendo o que queremos, mas também não estamos fazendo o que podemos. Porque há um tipo de aposição tipicamente ocidental para, você sabe, ‘isso é o que eu quero, e isso é o que eu devo fazer’, mas muitas vezes trabalhar em qualquer parte de si mesmo de forma construtiva é para o bem maior e irá ajudá-lo, finalmente, a alcançar outros objetivos.

Eu escrevi uma letra, “a futurist knows” — como, um futurista sabe o que está vindo para nós. Só que eu disse “a futurist nose”, como o nariz em seu rosto. É esse tipo de parte intuitiva de nós que, quando estamos relaxados, podemos prever um senso de para onde nossas vidas estão indo.

A parte engraçada foi em torno do momento da escrita dessa música, e então, um ano ou dois depois, se preparar para o primeiro Homem de Ferro, eu me encontrei realmente atraído por esses pensamentos e essas ideias.



Você faria um outro álbum?



Claro. A transição, geralmente do cinema para a música, é vista menos favorável do que talvez costumava ser. Mas também há pessoas icônicas que são músicos e aparecem em filmes regularmente. Eu vi Adam Levine(cantor do Maroon 5) em Can A Song Save Your Life? E então eu o liguei e fiquei amigo dele, porque ele é uma dessas pessoas que conseguem fazer essa transição. Justin Timberlake ainda não vi em Inside Llewin Davis, mas ouvi que ele também consegue.

Mas eu acho que isso é apenas o momento onde as fronteiras, provavelmente um subproduto da era da informação, são que você pode desfocá-los sem tanto silêncio ou sem tanto retorno quanto puder, contanto que faça bem bem feito. No que diz respeito à minha explicação, eu fui criado cantando madrugais e compondo músicas fora da Broadway e vim, sabe, pensando em escrever um musical por algum tempo. Então eu digo que eu meio que sempre tive ligado a isso — Eu sou meio estúpido quando composição ou execução se torna a pauta e eu não sou um bom jogador, mas eu escrevo bem o bastante e consigo cantar muito bem.



Você tem uma companhia de produção, Team Downey. Qual a sua visão pra isso, e o que você e Susan pensam de seus papéis como líderes dessa organização?



Susan teve uma carreira perfeitamente sonora (produzindo) antes de nos conhecermos, e ela começou a produzir os filmes em qual eu estrelava. E o real momento “aha” foi quando decidimos de que nós realmente gostaríamos de fazer era desenvolver nossos próprios projetos juntos. E nós tivemos nossa primeira oportunidade com isso nesse filme chamado The Judge, que vai ser lançado no próximo outono. E nossa visão é que nós sempre tendemos a conversar sobre as centenas de filmes que nós gostaríamos que nossos filmes fossem. E então percebemos que temos um tipo bem generoso de sensibilidade.

Em última análise, realmente se trata de como é ser uma empresa capitalista pra uma grande organização, sabe, nós temos uma parceria com um estúdio(Warner Bros.), e não só a gente não quer fazê-los perder um centavo, nós queremos que eles sintam que nós somos um dos seus maiores lucradores e também que eles realmente apreciem nossa sensibilidade artística.

O que eu tive entre essa década foi um curso de quebra tão grande que eu poderia em alguns dias lhe dizer que esse é o pior trabalho por que certos aspectos nisso são como ser um bombeiro voluntário. É muito ingrato.

Tem – eu acho – a glória nisso é que você realmente se importa em ajudar as pessoas a atingir seus objetivos. Mas vêm sido exatamente o oposto de ser o tipo de ator egocêntrico.



Quando você se direciona a alguém como Adam Levine, você está procurando por talento através das áreas da Team Downey?



Uma parte de mim sabe que há uma intenção em virtude do fato de que eu tenho uma entidade onde nós podemos desenvolver algo. Mas a verdade é essa, sabe, e eu acho que uma das chaves pra mim em que eu noto pessoas que meio que fazem sua própria sorte e são muito afortunadas e tendem a agir bem, é que elas ousam sair da sua zona de conforto e eles realmente fazem uma ligação para alguém e eu acho que estão muito provavelmente imaginando que eles não se importariam de falar com eles.

É como o colegial de algum modo. Sabe, você pensa, tipo, você nunca quer acabar na agenda telefônica de alguém como o “mais tarde”. Ou, por exemplo, a terceira prioridade. Mas eu também acho que uma das maiores coisas sobre estar em uma indústria onde você tem qualquer proeminência é tudo o que você tem – tem um suposto tipo de conectividade, sabe? E eu acho que eu realmente não atingi o suficiente. Sabe, eu penso nas pessoas, eu tenho uma conversa com elas na minha cabeça, mas eu tendo a não ingressar nisso ou faze novas conexões. E isso é algo que eu venho tentando mudar por que eu acho que é daí que vem toda a aventura da vida das pessoas.



Você trabalha como ator por quase três décadas, e agora você está produzindo filmes. Como a indústria têm mudado, e pra onde ela está indo?



Mudou pra mim de um modo onde eu me sinto parte da mobília, e ser alguém que não está mais fora, olhar pra dentro é como se todas aquelas projeções se tornam nulas.

Eu adoro ouvir sobre o que as pessoas estão falando, sabe. “Oh, isso é dirigido apenas por essa grande barraca de fotos e blá blá blá”. Mas tem muito que se tornam essenciais nisso. E eu acho que esses últimos anos tem sido interessante em partes do tipo filmes de médio e baixo orçamento e que tem conseguido bastante atenção.

O motor principal é geralmente um individual que toma a influencia que eles têm e a aplica em uma direção diferente. E eu acho que Matthew McConaughey é um grande exemplo disso esse ano, sabe? Eu acho que em mover projetos como Mud e Dallas Buyers Club para uma posição onde eles não teriam oportunidades e visibilidades, eles não teriam se não fosse por eles, sabe?

Não sei se alguém pode dizer precisamente para onde qualquer indústria está indo em qualquer momento. Se você dissesse 10 anos atrás qe Matthew McConaughey seria o ator mais interessante de 2013 ou que alguém como eu estaria no topo das bilheterias, eu acho que nem eu e nem ele teriam acreditado em você.



De volta ao Elon Musk. Você é um investidor em Tesla(TSLA)?



O engraçado é que eu não tive realmente o dinheiro para investir no momento em que eu estava praticamente no chão. Mas, sabe, verdade seja dita, pra alguém que seja digamos ousado na ocasião, por falta de uma palavra melhor, como eu, em outros aspectos da minha vida, eu sou extremamente conservador com meus investimentos.