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Entrevista com Vintage Produções.

Fala galera , então uma das entrevistas mais esperadas , com a super banda forfun , falando sobre curiosidades , o novo cd e muito mais . A entrevista conta tb com perguntas de fans retiradas da comunidade oficial da banda !!! Foi respondida por Rodrigo ... Confiram !!!



1 - Como vocês resumiriam o ano de 2008 para o Forfun ? Conquistas , melhores shows etc :



O ano de 2008 pra nós foi importantíssimo. Ok, todos são hehe, mas dizemos isso porque foi o ano de fechamento de turnê do nosso disco anterior, ‘Teoria Dinâmica Gastativa’, e também o ano da gravação do novo, intitulado ‘Polisenso’. Vínhamos no decorrer dos anos anteriores tocando bastante e ao mesmo tempo pré-produzindo esse novo trabalho. Felizmente pudemos fazer tudo com calma. Alguns, e inclusive nós mesmos, queixavam-se pela demora do disco, já que o ‘Teoria...’ é de 2005, mas hoje percebemos que essa demora foi na real gratificante, e até necessária. Pudemos trabalhar melhor nas músicas, nos timbres, gravar mais relaxados, e nos solidificar em relação à nova fase que vivemos em termos profissionais.Conquistas nesse período foram muitas, já que cada passo dado é uma, cada segundo de vida é uma. E os shows acreditamos que vêm sendo sempre melhores. A cada um vamos nos tornando mais experientes, seguros, e tendo novas idéias, e tentamos traduzir tudo isso em qualidade pra rapaziada que assiste.



2 - O que vocês citariam como uma boa referência nas músicas da banda ?



Acho que a tentativa nossa de ter uma visão sempre a mais aberta possível, enxergando os assuntos sobre diferentes óticas, buscando temas variados, e exaltando o enorme prazer em viver e aprender.



3 – Vocês tocaram aqui em Salvador há alguns anos no festival de verão como foi o show e o que acharam do público baiano ?



O show foi maravilhoso, tocamos cedo, era início de noite, e mesmo no palco alternativo conseguimos reunir uma galera grande pra compartilhar a experiência com a gente. O público baiano, como o do nordeste brasileiro no geral, é muito caloroso, muito atencioso, gosta de puxar papo, trocar idéias, e isso pra gente é um prato cheio, já que também gostamos muito. Por isso somos muito agradecidos à turma baiana e esperamos ansiosamente a hora de voltar à sua terra.



4 – Sempre rola muita “gastação” nas viagens da banda. Qual a história mais engraçada que rolou nas turnês?



Cara, nossa equipe é sensacional, só tem figurassa, e rimos o tempo todo. Talvez até por isso seja difícil escolher um momento só dentre tantos. Além disso, a maioria das histórias quando se conta, já não tem a mesma graça de quando ocorreu hehe então preferimos deixar essa questão no ar...



5- Qual a opinião de vocês sobre a influência da internet no cenário musical?



É a melhor coisa que já aconteceu no mundo da música em termos de divulgação. A internet possibilita o acesso a uma infinidade de artistas, canções, culturas...Você ouve o que quiser, na hora em que quiser. Acabou com o monopólio ideológico das grandes gravadoras e seus conchavos com as rádios, que coordenavam o que a sociedade deveria ouvir, e conseguintemente, pensar. É tudo mais livre agora. E com essa liberdade de criação e exposição, também houve um incrível aumento de estilos musicais e artistas, tornando o mercado cada vez menos dominado por ‘superastros’, pra dar espaço a nichos menores, mais especificados. É tanta coisa que existe também o perigo de se perder em meio à quantidade de conteúdo audível. Mas como música boa é sempre música boa, quem tiver talento e souber se divulgar – já que esse é um campo que ganhou enorme importância – naturalmente se sobressairá.



6- Fale um pouco sobre a cena independente atual no Brasil e cite algumas bandas que vocês gostam.



Essa divisão entre cena independente e mercado ‘Major’ parece estar desaparecendo cada vez mais. As duas tão se fundindo, já que as grandes gravadoras tem perdido poder em progressão geométrica enquanto que os artistas independentes já conseguem muito mais facilmente hoje gravar seu trabalho e colocá-lo pra jogo. Tem gente que era medalhão que hoje é indepentente, e gente que era independente que hoje tem o suporte de gravadora.Infelizmente ainda hoje rola a panela, as rádios ainda são dominadas pelo jabá, nos grandes festivais só tocam sempre os mesmos artistas subsidiados pelas gravadoras, os prêmios são eles que ganham, enfim, a coisa vem mudando, mas ainda falta uma pá de tempo pra que possamos ver um mercado justo. Não é tão fácil vencer as práticas capitalistas e seu poder de renovação. Hoje os artistas independentes, como nós, conseguem sobreviver muitas vezes, mas ainda não colhem os louros que poderiam. Mas o processo está em curso, e por mais que os dinossauros lutem contra a extinção, acreditamos – não que certamente vá acontecer, mas porque realmente gostamos de acreditar - que ela mais dia menos dia virá.Agora, de bandas independentes que tenham chamado a minha atenção ultimamente, não me lembro de nenhuma, mas o erro é meu, to meio desinformado mesmo, certamente existe coisa muito boa por aí. Eu é que tenho ouvido mais coisas antigas do que novas.



7 - Que recado vocês dariam para as bandas que estão começando?



Esqueçam, cursem a FGV e se tornem belos economistas, orgulhos do papi.Brincadeira rapaziada, mas viver de música numa cultura onde não se dá tanto valor a ela como arte, como a coisa maravilhosa que é, e onde tentam fazer com que o mercado a regule, e não o contrário, é difícil, muitas vezes dá tristeza, muitas vezes dá raiva ou dá apenas um sentimento de ‘porra, não entendo...’Mas ao mesmo tempo é uma coisa maravilhosa...viver exercitando a criatividade, compondo melodias, letras, tocando música pros outros ouvirem, ver que eles apreciam, que eles dançam, cantam...Isso te faz deixar pra trás os infortúnios citados pra dar lugar à uma sensação incrível, impagável, e intransferível.





PERGUNTAS DE FANS DA COMUNIDADE OFICIAL FORFUN !!!



· Chai http://www.orkut.com.br/main#Profile.aspx?uid=14802601511320053788

8– Como vocês se sentem sabendo que ensinaram muitas coisas para nós através do polisenso?Ele seria um tipo de ensinamento a ser seguido? ja que muitos fazem o contrário do bem, e que alguns já levam o polisenso como estilo de vida!



Sentimo-nos felizes em contribuir de alguma maneira pro pensar dessa galera, mas de jeito nenhum achamos que o disco é um ensinamento a ser seguido. Quem somos nós pra dizer isso...Cada um pensa como quiser, e age como quiser. Se quer fazer o bem, faça, se quer fazer o mal, faça...não existe diferença entre os dois, os dois um e são parte de nós, não são dois pólos isolados distantes, mas sim complementares. Eu pelo menos acredito na lei de ação e reação universal, lei do karma, e portanto acho que se você planta maçã, colhe maçã. Então aja como quiser, e receba o fruto de suas ações de braços abertos e conscientemente.



Thaisa http://www.orkut.com.br/main#Profile.aspx?uid=1107147708325714473

· 9– Como é saber que são influências para adolescentes, pesa muito?



Acho que a responsabilidade pesa quando não estamos certos do que fazemos. Acho que se você vive plenamente fica de cabeça tranqüila, e a partir daí suas ações fluem melhor, você vive em paz, em um só consigo. Mas quando estamos divididos, quando não temos certeza do que fazemos, criamos essa divisão dentro do nosso próprio ser, não tendo nossa própria aprovação sobre nossos atos, procurando adquiri-la através dos conceitos dos outros, da aprovação dos outros, e aí passa a pesar. Aí tudo o que fazemos vai carregar a incerteza, a vontade de agradar antes aos outros pra que depois possamos pensar que estamos fazendo certo ou errado.Portanto a responsa pesa quando estamos assim, e quando estamos plenos, não. Vivemos no aprendizado como todos, tentando ser cada vez mais sinceros conosco, pra naturalmente ser com os outros.



Eduardo http://www.orkut.com.br/main#Profile.aspx?uid=11013672909273666667

10 – Qual a opinião de vocês em relação a essa crise financeira mundial? vocês acham que esse é um dos processos até chegar o "dia do alívio"?



Na minha opinião a crise é decorrente do modo de vida atual. Capitalista, desumano, visando o Ego, o benefício próprio em detrimento do dos outros. De tanto quererem ganhar, através de mentiras e trapaças, de tanto cobiçarem patamares sempre mais altos de poder e prestígio, levaram o próprio sistema à crise, quando vieram à tona seus papéis podres e falsos.Não entendemos que somos um. Passando seu irmão pra trás, vai tá passando você mesmo. Pra que existam milionários, terão de existir miseráveis. Quanto mais alto for um pólo, mais baixo será o outro.Somos como um organismo, como um corpo humano por exemplo. Não adianta se encher de músculos, e deixar seu fígado apodrecer, não adianta fazer as unhas dos pés e das mãos, e não nutrir-se de vitaminas pra que elas cheguem até as extremidades de seus membros através do sangue, senão as mesmas unhas ficaram fracas e de nada adiantará pintá-las. Pra um organismo funcionar bem, é necessário que esteja ele todo bem cuidado, precisamos nos dar conta disso rápido, antes que deixemos ele morrer.O dia do alívio pode e deve ter muitas interpretações, uma delas pode ser essa, a do dia em que entedamos o que estamos fazendo aqui realmente, que tenhamos consciência do processo, consciência do todo que nos envolve, que vai além das dualidades as quais estamos acostumados a tratar tudo...alegria/tristeza, bem/mal, bom/ruim, preto/branco.



Lisergico http://www.orkut.com.br/main#Profile.aspx?uid=17570160301457960265

11 - Olhando pelo lado comercial, foi ousado lançar o CD com características 'antagônicas' do mercado musical, mas isso foi recompensado pela aceitação positiva dos fãs. Minha pergunta é... Vocês sentiram-se inseguros ao lançarem o CD, ou já presumiam que a galera iria entender/curtir a mensagem transmitida pelo POLISENSO?



Cara, de alguma maneira tudo bem, lançamos o disco de uma forma que contrariou a prática ainda mais comumente exercida, mas isso não foi unicamente no intuito de contrariar o mercado, não tem a ver com rebeldia ou coisa assim, mas sim por aderir a essa idéia vanguardista que pra nós é a que pega hoje, essa coisa de lançar o cd virtualmente antes do formato físico. Hoje o que vale é colocar a música pra rodar, não vale à pena se prender à venda de discos. O artista consegue seu dinheiro hoje através das apresentações principalmente, não da venda destes, inclusive as ‘Majors’ já se tocaram disso e hoje assinam seus contratos com base nos ganhos por apresentação.A aceitação positiva do público é legal, claro, mas também quem é que não gostaria de antes de comprar o disco poder ouvi-lo, baixá-lo com letras, encarte, tudo, e totalmente de graça? Se alguém não gostar é que é esquisito. Podemos dizer que também há quem desvalorize o produto por ter saído primeiro na internet e não nas lojas, tudo bem, mas esse então achamos que é um amigo ou amiga de costumes um pouco antiquados talvez, mas agindo no seu direito.



Carolyni http://www.orkut.com.br/main#Profile.aspx?uid=14633480196564324707

12 – Como vocês definiriam o Forfun de antigamente para o Forfun de hoje em dia?



Não sei. Pra mim é a mesma coisa. É inclusive difícil definir porque estamos falando de nós mesmos, vamos vivendo o crescimento dia-a-dia. Acho que pra vocês que ouvem os discos, e acompanham os shows mais esporadicamente, pode ser até mais fácil definir. Somos as mesmas pessoas, talvez apenas um pouco mais amadurecidas. Falávamos do que vivíamos na época, com toda a sinceridade, e hoje continuamos assim. A diferença talvez seja que hoje tenhamos outros assuntos como prioridade.



Mila http://www.orkut.com.br/main#Profile.aspx?uid=16373696103671818957

13 – Eu perguntaria no que eles realmente se inspiraram pra fazer a música Cósmica, pq surgiram muuuitas teorias aqui na comunidade!



Cósmica, de início, era sobre uma mulher apenas. Mas fomos aos poucos fazendo modificações na letra, e ela com isso ganhou abrangência. Hoje pode ser uma ode (sem as regras métricas, apenas no sentido de canto) à mulher, esse ser fantástico, como também pode ser a história de um sublime amor entre duas pessoas, pode falar de uma energia sutil ventando por aí, enfim, a escolha é que de quem ouve e a interpreta à sua maneira.



Caroline http://www.orkut.com.br/main#Profile.aspx?uid=13329727080261068789

14 – Qual foi a inspiração para as músicas instrumentais do Polisenso?



Em ‘Uma noite em Havana’, a riqueza cultural e musical de Cuba. Para os estudiosos da salsa, da rumba, do merengue e demais ritmos caribenhos, a música pode até não ser lá essas coisas em termos de reprodução técnica fiel desses ritmos, mas foi apenas nossa maneira de demonstrar humildemente com nosso pouco conhecimento nossa admiração pela ilha. E em ‘Colírio’, a inspiração é o universo praiano, tão relaxante, renovador, energético e prazeroso. Lugar de lazer pra alguns, de trabalho pra outros, onde se misturam as classes, as raças, os costumes...Um lugar que propicia um aprendizado enorme, um contato delicioso com o meio natural e com nossos semelhantes, e onde sem dúvida predomina a alegria e o bem-viver.



Caroline http://www.orkut.com.br/main#Profile.aspx?uid=13329727080261068789

15 - O termo Polisenso tem alguma relação com o livro Divina Comédia?



Não que saibamos. Acho que nenhum de nós o leu ainda.



Guilherme http://www.orkut.com.br/main#Profile.aspx?uid=17187207085900318604

16 - Vocês frequentam a comunidade do ForFun no Orkut ?



Sim, to sempre lá. Praticamente todo dia. E tenho ficado amarradasso de ver que a galera deixou um pouco de lado os assuntos mais banais pra se dedicar a discutir outros mais enriquecedores. Somos muito agradecidos aos mais de 130 mil amigos participantes dela.



Guilherme http://www.orkut.com.br/main#Profile.aspx?uid=17187207085900318604

17 - O que diriam pra Bob Marley?



Beijaria sua mão, lhe pediria benção e perguntaria: - Whaz up master, do you know Boldinho?



Karoline http://www.orkut.com.br/main#Profile.aspx?uid=17187207085900318604

18 - Com o tempo, a banda mudou bastante, o que se observa claramente nas composições antigas e atuais. Olhando pra trás, o que vocês acham daquele forfun de antes? As influências musicais mudaram muito?



Basicamente a primeira parte dessa pergunta pode ser respondida com a mesma resposta da pergunta 12.

Então falando das influências, sim, mudaram muito. Mas não deixamos de admirar os sons que ouvíamos há alguns anos. NOFX por exemplo pra mim continua sendo umas das tops de preferência, Bad Religion também. Ficamos amarradões com a volta do Blink e a possibilidade de ver um show dos malucos. Só que hoje estamos preferindo, sabe-se lá por que, fazer um outro tipo de som. O 311, uma das bandas que a rapaziada mais ouve e se inspira hoje em dia, eu também já ouvia desde 1996. Red Hot também é das antigassas, mas só me despertou o interesse profundo mesmo há alguns anos. Temos muita influência também do Bob e de reggae em geral, Groundation, Katchafire, SOJA...ouvimos muito Novos Baianos, Raulzito, Nação Zumbi...Então quer dizer, só o tipo de som que fazemos é que mudou, e por isso viramos o foco pra outras influências diversas, e a não ser por poucos casos, o que era bom pra nós antes não deixou de ser, estaremos sempre os revisitando.



Karoline http://www.orkut.com.br/main#Profile.aspx?uid=17187207085900318604

19 - E Deus, vocês acreditam? Qual a relação de cada um com a religião?



Essa pergunta necessita respostas individuais, pois cada um acredita em coisas diferentes. Coisas essas que pra mim, na essência, são as mesmas, mas tem nomes e desenvolvimentos de curso diferentes pra cada um.Respondendo por mim, acredito sim em Deus. Mas enxergá-lo como algo personificado - na minha opinião - é fruto do raciocínio limitado de muitos seres humanos. Não é um coroa barbudo. Aliás é, é todos os coroas barbudos e todos os nenéns banguelas. É tudo. É o todo, e divide-se em tudo o que somos, nas infinitas multiplicidades de todas as formas existentes. Acredito que tudo é energia, às vezes materializada, às vezes em forma sutil, às vezes em sei lá o que. É impossível falar do que não pode ser falado, e essa nossa tentativa de descrição, por mais bonita e poética que seja, vai sempre esbarrar nas limitações humanas. Mas enxergo tudo como o processo evolutivo de zilhões de unidades dentro da totalidade, cada uma em seu estágio rumo à luz. Que luz? Não sei, é só um nome – novamente – pra caracterizar essa interação com o Todo, esse entendimento buscado, ao menos por mim. Tenho muitas vezes a impressão de que quanto mais falo, mais sinto necessidade de falar mais coisas, e mais me perco. Então de repente seria melhor responder a pergunta com um ‘Sim, acredito.’Assim como acredito em todas as religiões, e acho que se existe algum problema nelas é com os humanos que as regem.



20– Valeu ae caras por ceder essa entrevista, deixem um recado para os fãs e o espaço é livre pra falarem o que quiserem



Agradecemos e ficamos honrados pelo interesse em ouvirem o que temos a dizer. Obrigados também a todos os que estão diariamente nos fazendo crescer e aprender, nossos pais, amigos, admiradores, e todas as pessoas que através da sincronicidade cruzam nosso caminho de alguma forma, criando o mundo em que vivemos. Até breve!

http://forfun.art.br/





É isso galera , agradecer aê a Rodrigo pela atenção e pelas respostas , e dizer pra galera tb que forfun sempre rola na nossa radio parceira que vc ta ouvindo agora ( Radio Msn) , inclusive em março vai rolar um especial da banda !!