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AUTOGRAFOS

O autógrafo sai com a rapidez de um rabisco no papel, como se fosse um drible. E não deixa de ser. Afinal, quando o fã de Neymar olha seu bloquinho para conferir a assinatura do craque, corre o risco de ver ali o nome de Pelé. Essa é uma das muitas brincadeiras da turminha da Vila, que passa o tempo na concentração ensaiando passos de dança e estudando a assinatura de craques do futebol.

“Pronto, agora você já tem um autógrafo... do Pelé”, avisa Neymar, já apressando o passo para não ser alcançado. E, de longe, ainda grita: “Também sei assinar igual ao Kaká!”

Pura travessura. O menino gosta do assédio, mas é do tipo que perde o amigo e o fã, mas não a piada. No fundo, Neymar está feliz por ser referência para a garotada, ainda que seja caro imitá-lo: ele ganha R$ 160 mil por mês, tem um Volvo, dois brincos reluzentes, correntes no pescoço e, segundo o pai, mais de 50 pares de sapatos.

“O pessoal está cortando o cabelo, né? Fico feliz por ver todo mundo querendo ser igual ao Neymar e ao André. Estão tentando até usar a mesma chuteira! É gratificante para alguém, com apenas 18 anos, servir de espelho”, diz o rapaz.

Se Neymar der volta olímpica com a taça do Paulistão, não será imitado somente pela garotada, mas também pelo próprio pai. Seu Neymar, o homem durão que controla os gastos do filho, prometeu cortar também o cabelo no estilo moicano.

“Promessa é promessa. Se o Santos for campeão, vou ter que fazer. Mas cabelo cresce logo”, avisa seu Neymar, um ex-jogador de futebol.

“E vai ter outro pai moicano por aí”, anuncia Neymar. “O pai do André (seu Lenílson) também vai cortar o cabelo”.

Ser referência entre a garotada não embaça a consciência de Neymar, que, ao imitar a assinatura de Pelé, está mesmo reverenciando o Rei. Ele não se esquece das outras gerações que tiveram seu lugar na história do Santos. Quer ser como eles.

“Estou ainda no começo da história e quero ficar marcado como o Robinho, o Diego, o Pelé e o Coutinho. O Robinho, aliás, não é coadjuvante nesse time. Ele é o cara. É o líder. E ainda tem o Giovanni, um craque. Será um presente se agora, no início da carreira, eu for campeão ao lado dele, que está para encerrar”.