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✧ 𝐸𝑠𝑡𝑟𝑢𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑚𝑢𝑠𝑖𝑐𝑎𝑙 𝑒 𝑔𝑟𝑎𝑣𝑎𝑐̧𝑎̃𝑜

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A maioria das músicas de B'Day foram criadas usando instrumentação ao vivo e diversas técnicas, algo evidente em "Déjà Vu", cuja instrumentação consiste em baixo, congas, chimbau, cornetas e Roland TR-808. Além disso, o tema contém elementos de música soul, bem como de dance-pop, e aprenta vocais de rap de Jay-Z, uma adição de último minuto. "Assim que ele a ouviu [a música], eu notei que os lábios dele se estavam a mover. Então fiquei do tipo, 'Gostarias de ir ao estúdio e gravar o que acabaste de fazer?' Agora fazemos brincadeiras sobre como teremos canções suficientes para lançar um álbum de compilação curto," disse Beyoncé em entrevista à MTV. "Quando gravei 'Déjà Vu' [...] eu sabia que antes de eu sequer começar a trabalhar no meu álbum, queria adicionar instrumentos ao vivo para todas as minhas canções ..." O seu título faz referência ao fenómeno déjà vu e o seu conteúdo lírico descreve uma mulher a ser constantemente recordada de um amante do passado, evidenciado nos versos: "Is it because I'm missing you that I'm having déjà vu?".[n 1] Vários analistas musicais olharam para "Déjà Vu" como musicalmente similar a "Crazy in Love" (2003), outro trabalho colaborativo dos vocalistas. "Get Me Bodied", a segunda faixa de B'Day, foi descrita como um tema predominantemente R&B e bounce com influências de dance-pop, dancehall e funk de andamento moderado cujo conteúdo lírico apresenta uma protagonista que sai para curtir a noite com um traje adequado para deixar uma impressão duradoura e conseguir o que almeja. Beyoncé usou a sua irmã Solange Knowles, co-letrista, como inspiração no processo de composição de "Get Me Bodied", bem como Kelly Rowland e Michelle Williams, antigas colegas de banda. A instrumentação de "Get Me Bodied" inclui bateria, cornetas e sintetizadores, e a canção usa ainda sons de palmadas e estalos de dedos sincopados entreligados que, por sua vez, são entremeados com cânticos no pano de fundo, bem como exclamações e ginásticas vocais.

A obra seguinte, "Suga Mama", é de R&B e soul de andamento moderado e batida jazz e hip hop influenciada por trabalhos da década de 1960 e funk e rock dos anos 1970. Ademais, contém ainda alguns elementos de música da década de 80 e soa mais parecida com música ao vivo do que os trabalhos anteriores de Beyoncé, com a guitarra de blues sendo o instrumento predominante. As suas letras foram consideradas um contraste com as de "Bills, Bills, Bills" (1999) de Destiny's Child, visto que descrevem uma protagonista a oferecer as chaves da sua casa, seu carro, e seu cartão de crédito apenas para manter o seu interesse amoroso no lar, presumivelmente para que este possa escutar a sua colecção de álbuns de soul antigos. Essas interpretações são mostradas nos versos: "It's so good to the point that I'll do anything to keep you home / Tell me what you want me to buy, my accountant's waiting on the phone."[n 2] Além disso, a protagonista vê também o homem como um objecto sexual, pedindo-lhe para se sentar no seu colo e se despir enquanto ela assiste.

"[Em 'Ring the Alarm'] Swizz teve uma abordagem berra, como se o homem tivesse traído, e eu quis escrever algo honesto. Se você está em um relacionamento, mesmo que o homem tenha traído e você já não o queira mais, a ideia de uma outra mulher tirar proveito dos ensinamentos que você deu."

— Beyoncé a explicar que não teve a intenção de parecer irada em "Ring the Alarm".

Embora T.I. tenha sido originalmente abordado para fazer uma participação vocal em "Upgrade U", Jay-Z acabou por preencher o seu lugar. A faixa acompanha uma mulher que faz promessas luxuosas a um homem, prometendo melhorar o seu estilo de vida e reputação, semelhante ao conceito de "Suga Mama". Dentre as promessas, marcas de luxo são mencionadas, incluindo Cartier, Hermès, Ralph Lauren, entre outras. O seu tema de empoderamento feminino é semelhante ao dos trabalhos iniciais de Destiny's Child. Musicalmente, é um tema predominantemente hip hop influenciado por música pop, soul e R&B contemporâneo com batida baseada em sons de palmadas. A quinta faixa, "Ring the Alarm", uma música de R&B que incorpora elementos de punk rock, é notável pelo uso de uma sirene estridente na introdução e no resto da melodia, criando um tom agressivo ampliado pelo rosnar gutural mezzo-soprano da vocalista. A canção "mostra um extremo mais forte do som de Beyoncé," com as suas letras vendo a intérprete a dar vida a uma mulher ameaçada pelo triângulo amoroso no qual está envolvida, não estando disposta a permitir que outra mulher desfrute do resultado de todo o esforço feito por si para fazer do seu namorado um homem melhor.

A canção seguinte, "Kitty Kat", tem um andamento lento e foi comparada aos trabalhos iniciais da cantora norte-americana Kelis, também produzidos pelos The Neptunes. "Kittky Kat" descreve uma protagonista a expressar sentir-se subestimada pelo homem que ama, sentimento enfatizado nos versos "You know I hate sleepin' alone, but you said that you will soon be home / But baby, that was a long time ago."[n 3] Segundo Sal Cinquemani, da Slant Magazine, a intérprete "arruma a sua rata na mala" e abandona o homem que já não parece estar interessada nela, visto no refrão: "Let's go, little kitty kat / I think it's time to go / He don't want you no more."[n 4] Introduzida por um segmento vocal interactivo curto, "Freakum Dress" é uma música crescendo multi-género que faz uso de um ostinato de duas notas e batidas galopantes, consistindo em assobios frequentes bem como ritmos dominados por pratos estrondosos disseminados na batida "poderosa, espalhafatosa e ousada" por cima da qual a cantora pede a atenção do seu homem e aconselha mulheres a porem um vestido sensual para apimentar a vida sexual amorosa.

"Às vezes uma mulher sente que precisa relembrar ao seu homem o motivo pelo qual ele está apaixonado por ela ou por que gostou dela no início. Todas mulheres têm um vestido sedutor no fundo dos seus guarda-fatos e elas podem simplesmente vesti-lo e ele fá-los-á relembrar."

— Beyoncé a falar sobre o tema principal de "Freakum Dress".

De acordo com Peter Robinson, do The Guardian, o uso dos vocais "uh-huh huh" em "Green Light", uma tema R&B com elementos de funk futurístico sobre um rompimento de relacionamento, é um eco directo de "Crazy in Love", enquanto um editor do The London Paper achou que fosse uma imitação de "1 Thing" (2005) de Amerie. "Green Light" é construída por cima de uma linha do baixo arrebatadora e apresenta uma batida "mais orgânica". A sua instrumentação contém percussão Latina e amostras de trompas soul, com as suas leras usando versos repetitivos como "Give it to mama." Originalmente composta por Ne-Yo para uma outra artista, "Irreplaceable" contrasta com o resto do álbum por ser uma balada pop e R&B de ritmo moderado na qual Beyoncé "suaviza" a sua voz. O tema faz uso de uma guitarra acústica gentilmente dedilhada na qual Stargate, o duo responsável pela produção, combinou a progressão de acordes básica do instrumento, uma batida de bateria 808 moderna e violoncelo. As suas letras abordam o término de um relacionamento no qual a mulher descobriu a infidelidade do seu parceiro. Originalmente gravada pela cantora britânica Victoria Beckham, "Resentment", a faixa de encerramento da edição padrão, é uma balada soul rock suave acerca de uma despedida "corajosa e agitada que adiciona tipos diferentes de drama extenuado." "A canção da qual mais tenho orgulho é provavelmente 'Resentment'. Eu sinto que amadureci vocalmente, eu sinto todas as mudanças de acordes e harmonias bonitas, e as letras são algo do qual tenho muito orgulho," disse a artista em entrevista ao canal de televisão britânico Channel 4. Tal como a faixa anterior, em "Resentment" Beyoncé mostra um lado mais vulnerável enquanto canta sobre infidelidade e um namorado que trai e mente, segundo os versos "I've been crying for too long / What did you do to me? / You lied, you lied, you lied."[n 5]

"Beautiful Liar", um dueto com a cantora colombiana Shakira que abre a edição deluxe, fala sobre duas mulheres que escolheram não terminar uma amizade por causa de um homem que as enganou, com o tema principal sendo a independência feminina. Tem elementos de bounce e música Latina, com sons de gemidos sendo audíveis no pano de fundo para complementar a melodia dirigida por sons de palmadas típicas de flamenco e guitarras. O tema contém ainda uma secção de trompas mariachi e instrumentos arábicos como o oud e o ney. "Welcome to Hollywood", uma música de R&B influenciada por disco, é a versão a solo de Beyoncé de "Hollywood" (2007), canção de Jay-Z na qual ela faz uma participação. Ela aborda o cansaço que as celebridades sentem devido a fama. "Flaws and All", a sétima faixa, é uma canção R&B e trip hop na qual a vocalista demonstra apreço pelo amor recebido pelo seu amado, que vê além de todos os seus defeitos e a ama incondicionalmente. "Still in Love (Kissing You)", mais tarde substituída por "If", é uma regravação da balada pop "Kissing You", originalmente gravada pela cantora e compositora britânica Des'ree. "If" é uma balada na qual a protagonista se decepciona pelo modo pelo qual o seu amado a trata e acha que até mesmo a sua melhor amiga a trata melhor e lhe dá mais atenção. O título de "World Wide Woman", uma canção de ritmo acelerado, é um trocadilho com o termo world wide web. A edição deluxe também inclui "Listen", canção gravada para a banda sonora de Dreamgirls.
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𝑆𝑢𝑎 𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟 𝑒 𝑚𝑒𝑙𝘩𝑜𝑟 𝑓𝑜𝑛𝑡𝑒 𝑠𝑜𝑏𝑟𝑒 𝑩𝒆𝒚𝒐𝒏𝒄𝒆 𝑛𝑜 𝑚𝑒𝑎𝑑𝑑 𝘈𝘵𝘶𝘢𝘭𝘪𝘻𝘢𝘥𝘰 𝘥𝘪𝘢𝘳𝘪𝘢𝘮𝘦𝘯𝘵𝘦 𝘱𝘰𝘳: 𝐀𝐧𝐚 𝐀𝐦𝐞́𝐥𝐢𝐚