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Carreira

1991–1997: Primeiros trabalhos
Jolie comprometeu-se a atuar profissionalmente aos dezesseis anos; porém, inicialmente, achou difícil passar em testes de elenco, uma vez que os produtores de elenco observavam que seu comportamento era "muito sombrio."[24] Ela apareceu em cinco dos filmes de estudante do seu irmão, realizados enquanto frequentavam a USC School of Cinema-Television, bem como em vários vídeos musicais, nomeadamente "Stand by My Woman" (1991), de Lenny Kravitz; "Alta Marea", de Antonello Venditti (1991); "It's About Time" (1993), de The Lemonheads; e "Rock and Roll Dreams Come Through" (1993), de Meat Loaf.[25]

Começou sua carreira profissional no cinema em 1993, quando desempenhou seu primeiro papel principal na sequência de ficção científica Cyborg 2, como um robô "quase humano" projetado para espionagem corporativa e assassinato. Ela ficou tão desapontada com o filme ao ponto de não fazer mais nenhuma audição por um ano.[24] Depois de um papel coadjuvante em Without Evidence (1995), estrelou no filme Hackers (1995). Janet Maslin, do New York Times, observou que a atriz se destacou em relação aos seus coelgas de elenco.[26] A produção não conseguiu lucrar nas bilheterias, mas desenvolveu um seguimento cult após seu lançamento em DVD.[27] Depois de ter estrelado Love Is All There Is (1996), adaptação moderna de Romeu e Julieta, a atriz apareceu no filme Mojave Moon (1996); sobre sua atuação neste, The Hollywood Reporter escreveu: "Jolie, uma atriz que a câmera realmente adora, revela um talento cômico e o tipo de sexualidade apaixonante que faz com que seja inteiramente confiável e que o personagem de Danny Aiello largaria tudo só para ter a chance de estar com ela."[28]

Em 1997, Jolie estrelou o filme Playing God, ambientado no submundo do crime de Los Angeles, com David Duchovny. A produção não foi bem recebida pelos críticos; Roger Ebert, do periódico Chicago Sun-Times, observou que a atriz "encontra um certo entusiasmo em um tipo de papel que costuma ser duro e agressivo, ela parece muito legal para ser a namorada [de um mafioso], e talvez seja."[29] Ela também interpretou uma stripper que abandona a sua performance para percorrer a cidade de Nova Iorque no vídeo musical de "Anybody Seen My Baby?", da banda The Rolling Stones.[30]

1998–2000: Revelação
As perspectivas de sua carreira começaram a melhorar após a atriz ter ganhado um Globo de Ouro por seu desempenho como Cornelia no filme biográfico de George Wallace 1997, no qual foi considerada como "um destaque na produção" pelo The Philadelphia Inquirer.[31] O filme foi igualmente muito bem recebido pelos críticos e ganhou, entre outros prêmios, o Globo de Ouro de Melhor Minissérie ou Filme de Televisão.[32] Por conseguinte, ela também foi indicada ao Emmy de Melhor Atriz Coadjuvante em Minissérie ou Telefilme.[33]

Sua primeira grande revelação aconteceu ao ter interpretado a supermodelo Gia Carangi no telefilme Gia (1998), o qual narra a destruição da vida e da carreira de Carangi como resultado de seu vício em heroína, seu declínio e morte por SIDA em meados da década de 1980. Vanessa Vance, da Reel.com, observou retrospectivamente: "Jolie ganhou um amplo reconhecimento por seu papel como Gia, e é fácil entender o porquê. Ela é feroz em sua performance — preenchendo-a com nervosismo, charme e desespero — e seu papel neste filme é, possivelmente, o mais belíssimo 'desastre' [sobre a vida de uma pessoa] já filmado."[34] Pelo segundo ano consecutivo a atriz ganhou um Globo de Ouro, desta vez para Melhor Atriz em Minissérie ou Telefilme,[35] e seu primeiro Prêmio Screen Actors Guild,[36] e foi nomeada ao Emmy na mesma categoria.[37]

Seguindo O Método, de Lee Strasberg, Jolie preferia permanecer na personagem mesmo depois das gravações de suas cenas em muitos de seus primeiros filmes, e, como resultado, ganhou a reputação de ser difícil de lidar.[38] Depois que as filmagens de Gia acabaram, desistiu brevemente de atuar porque sentia que não tinha "nada mais para dar."[7] Ela se separou de seu marido Jonny Lee Miller e mudou-se para Nova Iorque, onde teve aulas noturnas de direção e roteiro na Universidade de Nova Iorque.[39] Encorajada por sua vitória no Globo de Ouro por George Wallace e pela recepção crítica positiva de Gia, retomou à sua carreira.[24] Após ter participado do filme Hell's Kitchen (1998), atuou em Playing by Heart (1998), o qual recebeu críticas predominantemente positivas e pelo qual ela foi particularmente elogiada,[40] ganhando o prêmio de Atriz Revelação pela National Board of Review.[41]

Em 1999, ela estrelou a comédia dramática Pushing Tin, ao lado de Cate Blanchett, Billy Bob Thornton e John Cusack, a qual teve uma recepção mista por parte dos críticos, e sua personagem — a sedutora esposa de Thornton — foi particularmente criticada.[42] Jolie co-estrelou com Denzel Washington em O Colecionador de Ossos (1999), interpretando uma policial que, relutantemente, ajuda um detetive tetraplégico a localizar um assassino em série. O filme arrecadou 151,5 milhões de dólares em todo o mundo, mas recebeu baixas avaliações críticas. Terry Lawson, do Detroit Free Press, concluiu: "Jolie, embora seja sempre agradável de olhar, foi lamentavelmente mal escalada.";[43] Pablo Villaça completou: "Com um material melhor em mãos, Jolie certamente ter-se-ia destacado."[44]

Em seguida, a atriz interpretou Lisa Rowe, uma paciente sociopata, em Girl, Interrupted (1999), uma adaptação do livro homônimo de Susanna Kaysen. Embora esperava-se que o filme marcasse um retorno de destaque para a carreira de Winona Ryder, a qual interpretou a personagem principal, foi Jolie quem recebeu grande aclamação dos críticos cinematográficos e deu um grande passo na indústria de Hollywood.[45] Para a Variety, Emanuel Levy observou: "Jolie é excelente como a garota extravagante e irresponsável."[46] Em sua revisão ao The New York Times, Stephen Holden escreveu que "a performance feroz e emocionante de Jolie captura o fascínio assustador deste filme aventureiro e brutal."[47] O crítico Roger Ebert elogiou seu desempenho, dizendo: "A atriz está se emergindo como um dos grandes espíritos selvagens de filmes atuais, um canhão solto que, de alguma forma, tem objetivo mortal."[48] Como consequência, ela ganhou seu terceiro Globo de Ouro,[49] seu segundo Screen Actors Guild[50] e seu primeiro Critics Choice[51] e Oscar,[52] todos na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante, além de ter sido premiada com o troféu de Atriz do Ano pelo Hollywood Film Festival[53] e Melhor Atriz Coadjuvante pela Associação Nacional de Proprietários de Teatro.[54]

"Suas atuações em Girl, Interrupted e, especialmente, Gia podem ser a interpretações [de um ator americano] mais poderosas dos últimos vinte anos. É impossível imaginar qualquer outra atriz nesses papéis; no seu melhor, Jolie faz com que quase todas as outras atrizes de sua geração pareçam tímidas."

— Allen Barra, crítico do Salon.com, a elogiar as performances de Jolie[55]
Em 2000, apareceu em Gone in 60 Seconds, que se tornou o seu maior filme de maior bilheteria até então, ganhando 237,2 milhões de dólares internacionalmente, e no qual teve uma pequeno participação como uma mecânica e ex-namorada de um ladrão de carro interpretado por Nicolas Cage. No que tange à participação da atriz, Stephen Hunter, para o Washington Post, escreveu: "tudo o que ela faz neste filme é ficar em pé e mexendo aqueles lábios carnudos e pulsantes que aninham tão provocativamente em seus dentes."[56]

2001–2004: Reconhecimento internacional

Jolie em 2003
Não obstante ter sido altamente elogiada por suas habilidades de atuação, Jolie não havia encontrado filmes que apelassem para um público amplo; contudo, alcançou reconhecimento internacional ao ter conseguido o papel de Lara Croft em Tomb Raider (2001). Nesta adaptação da popular série de jogos eletrônicos, exigia-se que a atriz aprendesse sotaque inglês e passasse por um extenso treinamento de artes marciais. Sua escalação para o papel gerou controvérsias, porque, de acordo com quem era contra, ela não tinha o físico apropriado, além do mais, era uma americana a interpretar uma personagem originalmente britânica, ela tinha tatuagens e outros fatores relacionados à sua vida pessoal os quais, teoricamente, tornavam-na incompatível para o papel. À vista disso, o diretor do filme, Simon West, defendeu-a desde quando os primeiros alardes midiáticos se formaram, fazendo com que aos poucos se dissipassem.[57] Durante as filmagens, a atriz dispensou dublês para as cenas de ação, e isso fez com que ela se ferisse.[58]

Embora o filme tenha gerado críticas negativas, ela foi geralmente elogiada por seu desempenho, principalmente físico. Segundo o consenso crítico do Rotten Tomatoes, "Angelina Jolie é perfeita para o papel de Lara Croft, mas [nem] mesmo ela não pode salvar o filme de um enredo sem sentido e sequências de ação sem impacto emocional";[59] Sebastian Zavala concordou, dizendo que a presença da atriz nas câmeras "é tão magnética."[60] John Anderson, do jornal Newsday, comentou: "Jolie torna a personagem-título um ícone virtual da competência feminina e da frieza"[61] Marcelo Forlani, em sua crítica ao Omelete, considerou-a perfeita para o papel.[58] O filme foi um sucesso internacional de bilheteria, ganhando 274,7 milhões de dólares em todo o mundo,[62] e se tornou o filme estrelado por uma mulher com melhor estreia, 48 milhões de dólares em três dias; após três semanas, ultrapassou a barreira dos cem milhões.[58] A película garantiu a Jolie a reputação internacional de "estrela de ação," e o crítico de cinema Scott Mendelson, da Forbes, publicou uma matéria cujo título se refere à atriz como a "primeira estrela feminina de cinema do gênero ação de grande sucesso."[63]

Jolie estrelou como a noiva por correspondência do personagem de Antonio Banderas em Original Sin (2001). O crítico Elvis Mitchell, do New York Times, questionou sua decisão de seguir a carreira com um "absurdo de soft-core."[64] A comédia romântica Life or Something Like It (2002), foi igualmente mal sucedida.[55] Em 2002, ela se estabeleceu entre as atrizes mais bem pagas de Hollywood, ganhando entre dez e quinze milhões de dólares por filme.[65]


A atriz na estreia de Alexander em dezembro de 2004
Jolie retomou seu papel como Lara Croft em Tomb Raider – The Cradle of Life (2003), o qual não foi tão lucrativo quanto o original, ganhando 156,5 milhões de dólares na bilheteria internacional;[66] além disso, estrelou o vídeo musical de "Did My Time", de Korn, usado para promover a sequência.[67] Seu filme seguinte foi Beyond Borders (2003), no qual interpretou uma socialite que tem um relacionamento com um trabalhador humanitário interpretado por Clive Owen. Apesar de não ter se saído bem nas bilheterias, o filme é o primeiro de vários projetos que fez com que Jolie se juntasse a causas humanitárias.[68] Kenneth Turan, do Los Angeles Times, reconheceu a habilidade da atriz em "trazer emoção e credibilidade ao papel."[69]

Em 2004, foram lançados quatro filmes com Jolie. Estrelando primeiramente o suspense Taking Lives como uma criadora de perfis do FBI convocada para ajudar a polícia de Montreal a prender um assassino em série. O filme recebeu críticas mistas; Kirk Honeycutt, para o The Hollywood Reporter, concluiu: "Jolie desempenha um papel que [ela] definitivamente se sente como algo que já fizera antes, mas adiciona um traço inconfundível de emoção e glamour."[70] Posteriormente, fez uma breve aparição em Sky Captain and the World of Tomorrow, uma aventura de ficção científica que foi filmada inteiramente com os atores em frente à chroma key, e dublou seu primeiro filme infantil, a animação Shark Tale. Seu papel coadjuvante como a rainha Olímpia do Epiro em Alexander, sobre a vida de Alexandre, o Grande, foi recebido com recepção mista, particularmente em relação ao seu sotaque eslavo.[71] Comercialmente, o filme fracassou na América do Norte, fazendo com que o diretor Oliver Stone atribuísse à desaprovação da descrição da bissexualidade de Alexander,[72] mas conseguiu internacionalmente uma receita total de 167,3 milhões de dólares.[73]

2005–2010: Sucesso comercial e crítico
Em 2005, Jolie foi escalada para atuar na comédia de ação Mr. & Mrs. Smith, na qual estrelou ao lado de Brad Pitt, como um casal que descobre que ambos são assassinos secretos. O filme recebeu críticas mistas, mas foi geralmente elogiado pela química entre os atores principais, e se tornou um sucesso de bilheteria.[74] Roger Ebert disse que "o que faz o filme funcionar é que Pitt e Jolie se divertem juntos na tela e são capazes de encontrar um ritmo que lhes permite ser subestimados e divertidos, mesmo durante os desenvolvimentos mais alarmantes."[75] Manohla Dargis, do The New York Times, publicou: "Este é o espetáculo de Brad e Angelina e não muito mais. Isso é muito ruim, porque ambos os atores são capazes de mais."[76] Com uma arrecadação de 478,2 milhões de dólares em todo o mundo, Mr. & Mrs. Smith foi para a sétima maior bilheteria do ano[77] e permaneceu como o filme de ação mais lucrativo de Jolie até a década seguinte.[78]


Jolie com Brad Pitt no Festival de Cannes em maio de 2007
Depois de um papel coadjuvante como a esposa negligenciada de um oficial da CIA em O Bom Pastor (2006), Jolie estrelou como Mariane Pearl no drama de documentário A Mighty Heart (2007). Baseado no livro de mesmo nome, o filme narra o sequestro e assassinato de seu marido, o repórter Daniel Pearl, do Wall Street Journal, no Paquistão. Embora Pearl tenha escolhido pessoalmente Jolie para o papel,[79] surgiram críticas raciais e acusações de blackface.[80] O desempenho da atriz foi amplamente elogiado, inclusive pelo The Hollywood Reporter, com o analista Ray Bennett descrevendo-o como "bem medido e comovente," e interpretado "com respeito."[81] Ela recebeu indicações ao Globo de Ouro de Melhor Atriz em filme dramático,[82] Critics' Choice Movie, Independent Spirit, Satellite[51] e ao Prêmio Screen Actors Guild de Melhor Atriz,[83] e também dirigiu o documentário A Place in Time.[84] Ainda em 2007, interpretou a mãe de Grendel no épico Beowulf, criado através da captura de movimento. O filme foi criticamente e comercialmente bem recebido, sua receita foi de 196,4 milhões de dólares em todo o mundo."[78]

Em 2008, Jolie foi a atriz mais bem paga de Hollywood, ganhando entre quinze e vinte milhões de dólares por filme.[85][86] Enquanto outras atrizes foram forçadas a sofrer cortes salariais nos anos anteriores, o sucesso de bilheteria de Jolie trazia aos filmes que estrelava permitiu que ela ganhasse tanto quanto vinte milhões, mais uma porcentagem.[87] Ela atuou, ao lado de James McAvoy e Morgan Freeman, no filme de ação Wanted (2008), que arrecadou 341,4 milhões de dólares em todo o mundo.[78] O filme recebeu críticas predominantemente favoráveis. Escrevendo para The New York Times, Manohla Dargis observou que "Jolie estava perfeitamente no elenco como uma assassina super-assustadora, aparentemente amoral."[88] O brasileiro Pablo Villaça, do Cinema em Cena, publicou que "ela atravessa o filme no piloto automático, confiando em sua beleza para transformar Fox [sua personagem] numa figura relevante – e consegue (observem, por exemplo, a maneira sensualíssima com que ela deita sobre um trem em movimento e verão uma atriz plenamente consciente do poder de seu corpo sobre o espectador)."[89] A Time a posicionou no quinto lugar dentre as dez melhores atuações do ano.[90]

Jolie assumiu o papel principal no drama Changeling (2008), de Clint Eastwood.[91] Baseado nos Crimes de Wineville, que ocorreram em Los Angeles em 1928, o filme centra-se em Christine Collins, uma mulher que reencontra um menino que seria seu filho desaparecido, logo percebendo que ele, na realidade, não é seu filho. A atriz recebeu aclamação por parte da crítica especializada; Amir Labaki, em sua crítica escrita para a Folha de S.Paulo, descreveu este como o "seu melhor papel, [...] Jolie nunca esteve melhor," e complementou: "Fúria e fragilidade, inteligência e emoção, têmpera e ceticismo se mesclam num desempenho maior que prêmios, maior que filmes, maior que a vida."[92] Pablo Villaça elogiou a atriz, afirmando que ela "retrata com sensibilidade a dor de uma mãe que enfrenta a pior tragédia imaginável para quem tem filhos. Aliás, a performance de Jolie é tão eficiente que, mesmo que o filme não tente explicar as ações da mulher, compreendemos por que ela aceita levar uma criança estranha para casa."[93] Kirk Honeycutt, do The Hollywood Reporter, notou que "ela apresenta uma poderosa exibição emocional como uma mulher tenaz que reúne força sobre as forças que se opõem a ela, e nos lembra que não há nada tão feroz como uma mãe protegendo seu filho."[94] Jolie recebeu indicações ao BAFTA, Critics' Choice Movie, Empire, Globo de Ouro, Screen Actors Guild e ao Oscar de Melhor Atriz e venceu os prêmios Satellite e o Saturno na mesma categoria..[95][96][97][51] Também emprestou sua voz para a animação Kung Fu Panda (2008), seu primeiro trabalho principal em uma franquia infantil, reprisando mais tarde seu papel nas sequencias Kung Fu Panda 2 (2011) e Kung Fu Panda 3 (2016).[98][99]


Jolie no lançamento do filme The Curious Case of Benjamin Button em 2009
Depois da morte de sua mãe em 2007, Jolie começou a aparecer em menos filmes, explicando que sua motivação para ser uma atriz resultou das ambições de atuação de sua mãe.[100] Seu primeiro filme em dois anos foi o suspense de espionagem Salt (2010), no qual estrelou como uma agente da CIA que é perseguida depois que é acusada de ser um agente adormecido da KGB. Originalmente escrito para uma personagem masculina, com Tom Cruise cotado a estrelar, o agente Salt sofreu uma mudança de gênero depois que um executivo da Columbia Pictures sugeriu Jolie para o papel. Com receitas de 293,5 milhões de dólares, tornou-se um sucesso internacional.[78] O filme recebeu críticas geralmente positivas, com o desempenho de Jolie em particular ganhando elogios. O crítico William Thomas, da revista Empire, comentou: "Quando se trata de vender fantasias incríveis, loucas e desafiadoras até a morte, Jolie tem poucos concorrentes no negócio de ação."[101]

Estrelou ao lado de Johnny Depp o filme de ação The Tourist (2010), que recebeu avaliações pouco favoráveis dos críticos, embora Roger Ebert tenha defendido o desempenho de Jolie, afirmando que ela "faz sua versão mais terrível" e "interpreta sua mulher fatal com intensidade e com uma sexualidade arrebatadora."[102] Apesar de um começo lento nas bilheterias americanas, o filme arrecadou 278,3 milhões de dólares em todo o mundo,[78] aumentando o apelo de Jolie para com o público internacional.[103] Ela recebeu uma indicação ao Globo de Ouro por seu desempenho.[104]

Ainda em 2010, surgiram especulações de que ela iria interpretar Marilyn Monroe no filme The life and opinions of Maf the Dog, and of his friend Marilyn, baseado no livro homônimo de Andrew O'Hagan, cuja história segue os últimos dois anos de Monroe, vista da perspectiva de seu cachorro de estimação, um presente de Frank Sinatra em 1960. George Clooney interpretaria Sinatra. Apesar de tudo, não houve mais nenhuma resposta se a produção aconteceria.[105]

2011–presente: Expansão profissional
Em 2011, fez sua estreia como diretora cinematográfica em In the Land of Blood and Honey (2011), uma história de amor entre um soldado sérvio e uma prisioneira bósnia durante a Guerra da Bósnia (1992-95). Ela dirigiu o filme para que fosse reavivada a atenção para os sobreviventes, depois de ter visitado a Bósnia e Herzegovina duas vezes em seu papel como Embaixadora de Boa Vontade do ACNUR.[106] Para garantir a autenticidade, o filme teve apenas atores da ex-Iugoslávia — incluindo Goran Kostić e Zana Marjanović — e incorporou suas experiências de guerra em seu roteiro.[107] Após o lançamento, recebeu críticas mistas. Todd McCarthy, do The Hollywood Reporter, escreveu: "Jolie merece um crédito significativo por criar uma atmosfera tão poderosa e opressiva e encenar os eventos horríveis de forma tão credível, mesmo que sejam essas mesmas forças que farão com que as pessoas não queiram ver o que está na tela."[108] O filme foi nomeado ao Globo de Ouro de Melhor Filme em Língua Estrangeira[109] e Jolie foi nomeada uma cidadã honorária de Sarajevo por aumentar a consciência da guerra.[110]

"Eu sempre fui atraída por filmes de guerra. Sempre fui movida por eles, mas, até então, nunca quis dirigir um. Estava passando por um período em que andava pensando muito sobre meus dez anos viajando nessas situações [de guerra] e todas as pessoas que conheci que tinham passado por conflitos e como suas vidas foram afetadas."

— Jolie ao falar sobre estreia na direção.[111]
Ela foi considerada para os papéis de Meredith Vickers no filme Prometheus, Tiffany Maxwell em Silver Linings Playbook e Dra. Ryan Stone em Gravity, porém Charlize Theron, Jennifer Lawrence e Sandra Bullock, respectivamente, acabaram sendo escolhidas.[112][113][114] Após ausentar-se do cinema por três anos e meio, estrelou Maleficent (2014), uma re-imaginação em live-action da animação Sleeping Beauty (1959). A recepção crítica foi mista, mas o desempenho da atriz no papel da titular foi elogiado.[115] Sherri Linden, do The Hollywood Reporter, afirmou que Jolie" é o coração e alma" do filme, "e exerce um poder magnético e sem esforço."[116] Em seu fim de semana de abertura, Maleficent ganhou quase setenta milhões na bilheteria americana e mais de cem milhões em outros mercados, marcando o apelo de Jolie para audiências de todas as idades em filmes de ação e fantasia.[117] Por fim, arrecadou 757,8 milhões de dólares em todo o mundo, tornando-se o quarto filme de maior bilheteria do ano e o filme mais lucrativo da carreira da atriz.[78][118]


A atriz na estreia de Invencível em 2014
Jolie completou seu segundo trabalho como diretora em Unbroken (2014), baseado na biografia de Louis Zamperini (1917-2014), ex-atleta olímpico que sobreviveu a um acidente aéreo durante a Segunda Guerra Mundial e passou dois anos como prisioneiro de guerra em um acampamento de guerra japonês. O roteiro do filme foi escrito pelos irmãos Coen, e Jack O'Connell estrelou como Zamperini.[119] Inicialmente, houve uma recepção positiva, por isso, foi considerado como um provável candidato ao Oscar para as categorias de Melhor filme e Melhor Direção; contudo, posteriormente, acabou por receber críticas mistas e poucos prêmios de reconhecimento, embora foi nomeado um dos melhores filmes do ano pela National Board of Review e pelo American Film Institute.[120][121] Justin Chang, da Variety, notou que o filme é um "impecável artesanato com sobriedade," mas considerou "uma história extraordinária contada em termos obedientes, não excepcionais."[122][123] Financeiramente, Unbroken superou as expectativas da indústria em seu fim de semana de abertura,[124] eventualmente ganhando mais de 163 milhões de dólares em todo o mundo.[125]

Seu trabalho seguinte como cineasta aconteceu no drama marital By the Sea (2015), no qual estrelou com seu até então marido Brad Pitt, marcando a primeira colaboração de ambos desde 2005 em Mr. & Mrs. Smith. O filme foi um projeto profundamente pessoal para Jolie, que se inspirou na vida de sua própria mãe. Os críticos, no entanto, destacaram-no como um "projeto de vaidade," fazendo com que ele angariasse uma má recepção em geral.[126][127][128] Apesar de estrelar dois dos principais atores de Hollywood, o filme recebeu apenas uma versão limitada.[129]

First They Killed My Father, adaptação do livro homônimo de Loung Ung, estreou na Netflix no final de 2016. Além de ter dirigido o filme, Jolie co-escreveu seu roteiro com Ung, uma ativista de direitos humanos que sobreviveu ao regime Khmer Vermelho do Camboja.[130] Descrevendo-na como uma "cineasta habilidosa e sensível," Rafer Guzmán, do Newsday, elogiou-a por "retratar de forma convincente [o] inferno ilógico da era do Khmer Vermelho."[131] A obra foi nomeada ao Globo de Ouro e ao BAFTA de Melhor Filme em língua não inglesa.[132][133]

Jolie reprisou o papel de Maleficent em Mistress of Evil (2019), que recebeu avaliações desfavoráveis ​​por parte da crítica, mas arrecadou 490 milhões de dólares.[134] Seu próximos trabalhos serão em Come Away e Those Who Wish Me Dead.[135][136] Ela também se comprometeu a produzir e estrelar uma adaptação do romance The Kept (2014), de James Scott,[137] e foi contratada para interpretar Thena no filme de super-heróis Eternals, do Universo Cinematográfico Marvel.[138]