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Shannon Carl Leto é empreendedor, fotógrafo, baterista e co-fundador da banda de rock alternativo Thirty Seconds to Mars.

Nasceu em 9 de março de 1970, em Bossier City, Louisiana – EUA. Teve uma infância bastante difícil, começando logo pela separação de seus pais quando ele era apenas uma criança. Após isso, sua mãe casou-se novamente com um italiano, e foi dele que Shannon e seu irmão caçula, Jared, adquiriram o sobrenome Leto. Durante sua infância, Shannon e sua família mudaram-se constantemente para lugares como Colorado, Wyoming e até mesmo o Haiti.

Constance se juntou ao movimento hippie e incentivou seus filhos a se envolverem com artes. Leto ficou interessado em percussões a partir do momento em que ele e seu irmão começaram a tocar música juntos quando ainda eram crianças e seus modelos eram artistas de muitos meios diferentes. Aos 4 anos, Shannon iniciou sua jornada como baterista quando juntava as panelas de sua casa e batucava-as com colheres de pau.

“Eu vim de uma família muito artística. Havia telas e pinturas por todos os lugares, instrumentos, e todos os tipos de coisas. É meio que faz sentido. Eu comecei a tocar em panelas e frigideiras muito novo, então eu meio que flui nisso. Foi apenas uma progressão natural.”

Ele recebeu sua primeira bateria quando tinha dez anos de idade e começou a aprender por si mesmo e desenvolveu seu próprio estilo. Aos 12 anos, Shannon se juntou à uma banda da cidade onde nasceu, foi quando começou a fazer pequenos shows amadores mas não ficou na banda por muito tempo.

A partir daí, Shannon não teve uma adolescência muito boa. Abandonou a escola muito cedo pois afirmou uma vez que não conseguia ficar parado em um lugar por muito tempo. Cometia pequenos delitos com seu irmão Jared e os dois também acabaram se envolvendo com drogas.

“Eu estava em uma confusão, eu senti que não pertencia a lugar algum”.

Chamando a si mesmo como um “estranho” que odiava conformidades e regras.

“Tive qualquer oportunidade para quebrá-las.“

Seu irmão, Jared, conseguiu largar o vício e voltou a estudar até concluir o ensino médio, porém, Shannon não teve a mesma escolha chegando à um ponto em sua própria vida em risco.

Depois de quase perder a vida por conta das drogas, Shannon recorreu ao Jared lhe pedindo ajuda, pois Jared havia se mudado para Los Angeles onde almejava carreira artística e já havia conseguido pequenos papéis em comerciais de TV e pequenas séries que não duraram por muito tempo. Jared não pensou duas vezes em acolher seu irmão e logo conseguiu um pequeno papel para ele na série cult adolescente My So-Called Life (Minha Vida de Cão). Shannon interpretou Shane, um baterista do “Frozen Embryos”, banda fictícia de Jordan Catalano, personagem de seu irmão Jared na trama.

Logo depois, Shannon utilizava suas habiliades em fotografia e fazia sessão de fotos com seu irmão, muitas de suas fotos foram vendidas para agências. Em seguida, voltou às telonas sendo dublê e do Jared e também figurante na cinebiografia de um dos maiores corredores olímpicos americanos na década de 70 - Prefontaine, Um Nome Sem Limites e teve rápidas participações em Highway (Fuga Desenfreada) e Sol Goode.

Shannon desenvolveu novamente a paixão por música e voltou a tocar bateria, e começou a tocar músicas em um quarto com seu irmão, em 1998 fundaram o 30 Secons To Mars e antes de assinarem com a gravadora para lançarem seu primeiro álbum, Shannon fez pequenas participações e gravações com a banda The Wondergirls.

Quando Thirty Seconds to Mars começou, os irmãos Leto experimentaram tentar criar um som específico, cujo processo foi descrito como “muito orgânico”. Eles estavam tentando produzir “sentimento” ao invés de um som, a fim de recriar o sentido da comunidade que os marcou durante sua infância. Ele também afirmou que os shows da banda são um reflexo direto desse período de sua vida. Em 2002 lançaram o primeiro álbum do Thirty Seconds To Mars, a banda era composta por ele na bateria, Jared Leto nos vocais e guitarra, Solon Bixler também na guitarra e teclados e Matt Wachter no baixo. Logo depois que Solon Bixler deixou a banda, fizeram uma audição onde encontraram Tomo Milicevic que assumiu as funções de Solon, músico que o Jared afirma sempre que “Foi a escolha perfeita.” Em seguida, Matt Wachter saiu e então a banda está composta apenas pelo Shannon, seu irmão Jared e Tomo.

Em 2009, conheceu o DJ Antoine Becks e a parceria foi nomeada como CB7, em 2011 faziam pequenos shows nas after-parties dos shows do Thirty Seconds To Mars e em seguida, decidiram fazer uma turnê solo juntos, tocaram em diversos clubes noturnos pelo mundo. Shannon e Antoine Becks não colaboram mais nos dias de hoje. Além disso, também realizou performances em datas ocasionais com Street Drum Corps. Ele é conhecido por seu estilo dinâmico de tocar bateria e suas energéticas performances ao vivo, por isso foi lhe dado o apelido de “Shannimal”.

É conhecido por suas performances energéticas quando está ao vivo e pela sua capacidade de misturar técnicas de percussão tradicionais e experimentais. Durante a produção do primeiro álbum de estúdio do Thirty Seconds to Mars primeiro, ele tocou baterias eletrônicas quase que exclusivamente, influenciado por bandas como Pink Floyd, The Cure, Led Zeppelin e The Who, que ele considera “principalmente como grandes bandas conceituais; Bandas que tiveram profundidade; Bandas que foram dinâmicas”. Bob Ezrin, produtor do álbum, sentiu que Leto é “um dos bateristas mais inventivos com quem eu já trabalhei, ele não está satisfeito com a simples adição de uma batida. As partes de bateria são parte integrante da orquestração da gravação. Ele também é um grande baterista ao vivo, muito divertido de assistir, com uma presença e nível de energia fascinantes.”

Shannon mudou a maior parte para a acústica no lançamento seguinte da banda, o álbum A Beautiful Lie. Seu equipamento consiste em um kit híbrido que combina tanto elementos acústicos quanto elétricos. Seu técnico de bateria, Joseph Ciccone, mais conhecido como Kentucky, afirmou que “seu som é a sua técnica. Ele é um animal por trás dessa bateria, então eu amo lhe dar toneladas de coisas para bater.” Durante a produção de This Is War, Leto ampliou seu estilo com uma abundância de sons eletrônicos sintetizados criados por ele mesmo.

Ele compôs a faixa instrumental “L490” e tocou todos os instrumentos dela, incluindo todas as guitarras e canto. Experimentou diferentes instrumentos e tirou influências de uma gama de estilos variados para o álbum Love, Lust, Faith + Dreams. Steve Lillywhite, que co-produziu dois álbuns da banda, sentiu que Leto toca “muito diferente da maioria dos bateristas das bandas de rock. Seus ritmos cruzados explodem de uma forma esplêndida… Muito musical, extremamente original.”

Shannon foi autoritário em grande parte de sua batida.

“Eu sempre queria encontrar a minha maneira de fazer as coisas. Descobrir o que eu posso contribuir com minha própria voz. Havia tantos estilos quando eu era mais jovem. Eu não queria ficar trancado em apenas uma coisa.”

Durante sua juventude, Leto foi um fã devotado do rock progressivo e blues, ouvindo artistas como Fleetwood Mac, Janis Joplin, Jimi Hendrix, Pink Floyd, Led Zeppelin, e Boz Scaggs. Ele é inspirado pela música eletrônica, incluindo Depeche Mode e The Cure. Suas principais influências também incluem jazz banda Steely Dan, bem como metais pesados ​​grupos Mountain, Iron Maiden e Kiss. De acordo com Leto, esses artistas foram comercialmente viáveis, mas também respeitados por suas declarações e contribuições. Ele explicou que “nunca incidiu sobre os bateristas”, dizendo que se sentia mais ligado à música do que à um baterista em particular.

O jornalista Kelly King, colaborador de longa data da revista Drumhead, opinou que Leto é “a energia e graça atrás da bateria, alimentando o fogo que impulsiona sua banda.” Ele comentou que o músico é ao mesmo tempo confiante e agressivo em sua bateria e sentiu que “a necessidade para empurrar-se ao limite, para criar e explorar suas próprias capacidades artísticas é fundamental”. Ryan Jones, escreveu para Alternative Addiction que Leto é um dos bateristas mais dinâmicos do rock de hoje.

Em junho de 2008, ele se juntou ao Habitat For Humanity para trabalhar com Thirty Seconds to Mars na restauração de uma casa em Los Angeles através de um programa chamado “A Brush With Kindness”.

Ele recebeu o Prêmio Indie Drummer em 2012 no Drummies Awards e também foi indicado como Alernative Drummer em 2009 e 2011.

Shannon encontrou seu lugar ao sol com Thirty Seconds To Mars e a banda tem 18 anos de estrada com quatro álbuns lançados e o quinto já está sendo gravado e encontra-se 80% finalizado, segundo Jared Leto.

Além disso, em 2014 lançou-se como empreendedor e hoje tem sua marca própria de café chamada Black Fuel. A empresa comercializa não somente café como outros produtos de interesse do Shannon.

Atualmente, Shannon está em projeto novo com sua banda, o Thirty Seconds To Mars,ele está desenvolvendo o novo álbum da banda e também um documentário denonimado "A Day In The Life Of America". Em Março de 2018, eles darão início a nova turnê em apoio ao novo álbum intitulada "The Monolith Tour". O novo álbum tem lançamento previsto para 6 de abril de 2018.